"Dissemos trivialidades, como as pessoas crescidas, mas de súbito percebi, com espanto e alegria, que o vazio do meu coração, o sabor insípido dos meus dias, tinham um único motivo: a ausência de Andrée. Viver sem ela não era viver. A irmã de Villeneuve sentou-se na sua cátedra e eu repeti para mim mesma: «Sem Andrée, deixo de viver.» A minha alegria transformou-se em angústia: mas então, questionei-me, o que seria de mim se ela morresse?"
Felizmente, observamos uma intensa ascensão da teoria e política Queer no nosso contexto actual e, obviamente, o interesse pelos preceitos que envolvem essa corrente referida está diametralmente relacionado ao também crescente movimento de um conservadorismo fanático/retrógrado/repressor que, lamentavelmente, tem tomado força e conquistado um número significativo de adeptos.
Na sequência de diversos trabalhos de performance em torno das vidas de artistas, obras e percursos marcantes da história das ideias, Miguel Bonneville estreia esta semana um novo solo: “A importância de ser Simone de Beauvoir”.