A procura pelo corpo perfeito é um fenómeno cultural profundamente enraizado nas sociedades contemporâneas, influenciado por uma complexa interacção entre cultura, média, saúde mental e expectativas sociais.
Estamos no mês do orgulho LGBTQI+, um mês em que por todo o mundo são diversos os eventos que celebram o orgulho e cultura LGBTQI+. São também, neste contexto de celebração da diversidade, das lutas e direitos alcançados, que surgem inúmeras expressões de intolerância e de ódio contra o reconhecimento legal das pessoas LGBTQI+.
Como é possível que, perante isto, perante uma pandemia silenciosa de suicídios, desencadeados por falta de empatia, por discriminação, por bullying, em função da orientação sexual, das características sexuais, da identidade e da expressão de género, ainda há quem tenha a falta de vergonha de falar em «ideologia de género» e em querer proibir a Disciplina de Educação para a Cidadania?
Setembro é o mês da prevenção do suicídio e por forma a assinalar esta causa a Juventude Cruz Vermelha de Bragança (JCV) e o Departamento de Psiquiatria e Saúde Mental da UNidade Local de Saúde de Bragança, organizaram em colaboração com o artista Benjamin Lopes e com a curadoria de Ana Clara Gonçalves, a exposição “Serão mesmo fraquezas?” que poderá ser visitada a partir do próximo dia 10 de Setembro na Delegação da Cruz Vermelha de Bragança.
As relações de amizade e de carinho que mantenho com pessoas trans despertou em mim a necessidade de me juntar às suas demandas, às suas lutas e no debelar das suas desigualdades.
A 5 de Março de 2015 um jovem de 23 anos foi encontrado morto numa camarata da Base Aérea de Beja. Esta quinta-feira, a Procuradoria-Geral da República (PGR) informou que o Ministério Público decidiu arquivar o inquérito que investigava este caso. Recorde-se que o militar sofreria de bullying homofóbico, o que terá alegadamente provocado o seu suicídio.
Santiago tinha 30 anos e vivia numa cidade do distrito de Lisboa. A sua história de vida é igual à de tantos outros jovens: Depois de ter estudado e trabalhado em locais onde a discriminação imperou, decidiu voltar a estudar e a procurar trabalhos onde se sentisse melhor.
Leelah Alcorn, de 17 anos, suicidou-se ao atirar-se para a frente de um camião na madrugada do passado dia 28 de Dezembro. Leelah nasceu com o nome de Joshua Ryan Alcorn, mas identificava-se como uma rapariga. O caso continua a ser mediatizado.
A população de Accrington, noroeste de Inglaterra, vai realizar esta segunda-feira uma vigília diante da sede do jornal Daily Mail. Esta concentração ocorre após o suicídio de Lucy Meadows, uma professora transexual da localidade.
Já são conhecidos os primeiros testemunhos de apoio aos jovens LGBT vítimas de bullying em Portugal e que foram gravados no âmbito da campanha Tudo Vai Melhorar, a versão portuguesa de “It Gets Better”, criada em 2010 pelo activista Dan Savage, após várias mortes de adolescentes que chocaram a América.