O rumo da União Europeia (UE) está determinado para os próximos cinco anos. Os membros do Parlamento Europeu foram escolhidos nas passadas Eleições de Junho de 2024 e, subsequentemente, os altos cargos das instituições europeias foram intensamente negociados e acordados. Os votos reflectiram uma tendência confirmada na Europa, de aumento de votos em partidos não só de centro-direita, como direita conservadora e extrema-direita.
Mais uma vez, a Hungria demonstra atacar pessoas e famílias LGBTQIA +. Esta quinta-feira, dia 13 de Abril, o parlamento húngaro aprovou uma lei que permite a qualquer pessoa "denunciar de forma anónima casais homossexuais com filhos, em conformidade com os limites impostos pelo Governo à comunidade LGBTQIA+ (Lésbicas, 'Gays', Bissexuais, Transgénero e Intersexo) em prol da protecção infantil."
Foi no passado dia 16 de Fevereiro que o Tribunal de Justiça Europeu decretou que “os valores da UE”, como o estado de direito, “definem a identidade da União Europeia como ordem legal” e denunciou países que vêem estes valores como algo ao qual só precisam de aderir enquanto membros candidatos e que podem futuramente negligenciar.
O primeiro-ministro da Hungria anunciou hoje que pretende realizar um referendo sobre a lei anti-LGBTI. A proposta de referende surge depois da Comissão Europeia ter iniciado um processo de infracção contra o país.
Não podia ser mais exemplar. Ao mesmo tempo que a equipa portuguesa derrotava a húngara (num estádio que custou uma fortuna corrupta, e onde se ouviram, impunes, insultos homofóbicos contra os jogadores portugueses), o parlamento húngaro (que já não representa de facto o povo, tal o âmbito das mudanças constitucionais feitas por Orbán) aprovava uma cópia da lei da "propaganda gay" russa.
Apesar dos protestos e preocupação de pessoas que defendem os direitos das pessoas LGBTI, foi aprovada ontem, dia 15 de Junho, uma nova lei na Hungria que proíbe que se divulguem conteúdos LGBT junto de crianças e jovens com menos de 18 anos.