Como vi(vi) o Orgulho LGBTI+ em Vila Real de Trás os Montes
No sábado de 25 de Maio de 2024, fui presenciar e lutar pelos direitos humanos e iguais para todas as pessoas principalmente as LGBTQIAPN+.
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No sábado de 25 de Maio de 2024, fui presenciar e lutar pelos direitos humanos e iguais para todas as pessoas principalmente as LGBTQIAPN+.
Vila Real de Trás-os-Montes volta a marchar com orgulho a 25 de Maio.
A Comissão Organizadora da Marcha do Orgulho LGBT+ de Vila Real anunciou no domingo passado a data da 6ª edição do evento.
Há mais uma data a somar ao calendário LGBTI de 2022.
Uma jovem trans de 15 anos e estudante na Escola Secundária Camilo Castelo Branco, em Vila Real, terá pedido para ir à casa de banho durante uma aula.
O compositor inglês Douglas Dare regressou aos discos em Fevereiro deste ano com o álbum Milkteeth, editado pela Erased Tapes. O artista vai actuar em Vila Real, na Guarda, em Portalegre e em Ílhavo nos próximos dias.
Este Sábado decorreu a 3.ª Marcha pelos direitos LGBT+ de Vila Real, organizada pela Catarse/Movimento Social. Um vídeo-resumo da autoria da plataforma Já Marchavas captou os momentos altos da manifestação.
A Marcha pelos Direitos LGBT de Vila Real voltou a sair à rua pelo segundo ano consecutivo.
Depois das marchas do Orgulho LGBT a semana passada em Coimbra, Faro e Bragança, a Catarse - Movimento Social organiza no próximo Sábado a 2ª Marcha pelos Direitos LGBT de Vila Real. A concentração começa pelas 15 horas na Praça Diogo Cão.
Este Sábado, 27 de Maio, Vila Real viu sair à rua reivindicações pelos direitos das pessoas LGBTI e a luta contra a homofobia, lesbofobia, bifobia, transfobia e intersexofobia.
Dia 27 de Maio (sábado) é a data apontada para a realização da primeira Marcha pelos Direitos LGBT em Vila Real. O evento é organizado pelo movimento Catarse. Os responsáveis prometem mais informações em breve, sendo que a hora apontada para o início da marcha são as 15h.
A 17 de Maio de 1990, a Assembleia Geral da Organização Mundial de Saúde decidiu retirar a homossexualidade da sua lista de doenças mentais. Em vários países o feito foi saudado e passou a ser assinalado o Dia Internacional de Luta Contra a Homofobia e Transfobia.
No passado dia 27 de Abril, quinta-feira, decorreu o cortejo académico da Queima das Fitas da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), que contou com um carro decorado com a temática LGBT.
Chama-se Shelter LGBT e pode traduzir-se uma iniciativa que pretende criar um lugar seguro para o diálogo e para o estabelecimento de amizades entre a comunidade lésbica, gay, bissexual e transgénero em Vila Real.
Dezenas de pais e mães, filhos e filhas, amigos e até um casal de avós esteve presente nesta tarde de Sábado a comemorar o primeiro aniversário da AMPLOS, no Centro de Estudos Sociais, no Picoas Plaza em Lisboa. A AMPLOS – Associação de Mães e Pais Pela Liberdade de Orientação Sexual foi criada há um ano por Margarida e Paulo, que fazem da luta contra a discriminação dos filhos LGBT, e do apoio que dão aos pais destes filhos, a sua bandeira.
Tal como nos restantes encontros que a AMPLOS organiza, na primeira parte do encontro realizou-se uma reunião apenas destinada a mães e pais. Nesta surgiram cinco mães estreantes. Depois de cantados os Parabéns, seguiu-se uma reunião aberta onde participaram vários jovens. A prenda de aniversário oferecida por Catarina, filha dos fundadores da AMPLOS, foi um documentário áudio realizado durante o festival de cinema Queer Lisboa. Ao longo do festival, Catarina recolheu testemunhos de filhos LGBT sobre a sua relação com os pais. Ao longo de 16 minutos foi possível ouvir jovens gays e lésbicas dizerem que “Não é uma relação perfeita. O meu pai não tem interesse nisso. A relação com a minha mãe é óptima”; “Não compreendo o que leva os meus pais a ter tão pouca capacidade de aceitação”; “Os filhos [gays e lésbicas] não são nenhum fenómeno do Entroncamento” ou “Amem os vossos filhos como eles são e ponto.” Em declarações ao dezanove, Catarina diz que “se os meus pais têm força para continuar a dirigir esta associação não é só por ser um tema que lhes diz respeito, mas porque todos os dias recebem o feedback positivo do seu trabalho. Tenho orgulho nos meus pais, mas também nos que vêm às reuniões e contactam a AMPLOS.”
O trailer do documentário educativo “2 Volte Genitori” inspirou Margarida Faria a avançar com um projecto do género em Portugal. A presidente da AMPLOS explicou ao dezanove o título do projecto europeu como “quando descobrimos que temos um filho gay é como sermos pais duas vezes”. Este projecto foi realizado em 2009 pela congénere da associação portuguesa em Itália, a AGEDO. No documentário são retratadas as vivências de pais e mães italianos e a sua relação com os filhos LGBT e como lidaram com o seu coming out. Ao longo do documentário, do qual foi possível ver excertos no dia de aniversário da AMPLOS, os testemunhos oscilam entre “quando li a carta do meu filho parecia que estava a levar com um punhal”, passando pelo “heteros ou gays serão sempre nossos filhos” ou rematando com um entusiasmante “foi uma felicidade termos vindo [com a nossa filha e a sua namorada ao Pride de Roma].”
A AMPLOS foi-se ampliando
Margarida Faria faz o balanço deste último ano ao dezanove: “Começámos por ser dois, hoje somos 50”. A presidente da AMPLOS revela que “se há 35 anos me tivessem dito que estaria hoje a lutar pela justiça e pelos direitos mais básicos eu não acreditaria, e teria desanimado e ter-me-ia zangado; não me zanguei então, zanguei-me agora. Foi preciso sentir em minha casa o que os homossexuais sentem há séculos para compreendê-lo." Constituída com o propósito de lutar contra a discriminação sexual, após reuniões com jovens da rede ex aequo e com a ILGA Portugal, rapidamente lhe juntou a identidade de género e a luta pelo direito à parentalidade, porque “os nossos filhos têm direito a ser mães e pais e queremos que todos tenham uma situação socialmente reconhecida e legal”, diz, convicta, esta mãe.
Apoio sem preconceito e sem fronteiras
Além do apoio dado pela rede ex aequo, ILGA Portugal, Centro de Estudos Sociais, APF – Associação para o Planeamento da Família, associação cultural Cadeira de Van Gogh, a empresa Rumores de Nuvens que ajudou a conceber o site que já obteve mais de 25 000 visualizações, Margarida Faria cita que foi através de uma mãe que se conseguiu o apoio da marca sueca de cosméticos Oriflame, para publicação de panfletos informativos e da faixa, que “orgulhosamente levamos na marcha pride do Porto e de Lisboa, e cujo nome ficou inscrito sem qualquer preconceito”. Foi a primeira vez que os pais estiveram oficialmente representados nestes eventos. Margarida menciona ainda que a existência de uma associação autónoma se justifica “porque há pais e filhos que querem falar com uma mãe”.
A AMPLOS realiza encontros regulares em Lisboa e no Porto, estando previsto para o próximo ano que possam começar a realizar-se encontros em Coimbra.
Paulo Monteiro
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