Ao longo dos anos as diferentes formas de violência ocorridas nos relacionamentos íntimos entre pessoas do mesmo sexo estão a ser alvo de cada vez mais estudos académicos. Investigadores, bolseiros e até vítimas procuram o dezanove.pt como plataforma de divulgação. Alguns destes trabalhos são inclusive premiados. Por exemplo, no passado mês de Dezembro, a Associação Portuguesa de Apoio à Vítima concedeu uma menção honrosa à dissertação de mestrado da psicóloga Ana M. R. Santos. Santos decidiu investigar a "Violência nos Relacionamentos Íntimos entre Indivíduos do Mesmo Sexo”.
Um caso bicudo, este, para os movimentos LGBT portugueses e para o micro-universo activista do País: uma activista com prominência no meio acusada por duas ex-namoradas de violência física e psicológica está a obrigar as organizações a tomar decisões: remover a pessoa em questão do meio activista sem apelo nem agravo ou guardar o silêncio até que a justiça se pronuncie, mantendo-a “em funções” apesar das acusações que lhe são imputadas?
Acusações de violência física, psicológica, sexual e económica entre activistas lésbicas do movimentos LGBT português estão a gerar uma onda de solidariedade e indignação. Paula Antunes, responsável pelo Caleidoscópio LGBT, recusa todas as acusações de que está a ser alvo por parte de Mafalda Gomes e Isabel Martinez.