Homens heterossexuais que foram vítimas de violência sexual podem vir a ter, ao longo da sua vida, contactos sexuais com outros homens. No entanto, essas experiências não significam necessariamente que sejam bissexuais ou homossexuais.
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Homens heterossexuais que foram vítimas de violência sexual podem vir a ter, ao longo da sua vida, contactos sexuais com outros homens. No entanto, essas experiências não significam necessariamente que sejam bissexuais ou homossexuais.
Os homens e rapazes também são vítimas de violência sexual — sobre isso não há dúvidas. Sabemos que um em cada seis homens é vítima de alguma forma de abuso sexual antes dos 18 anos. Também sabemos que o abuso não está relacionado com a orientação sexual das vítimas (ou de quem abusa). Ou seja, os homens vitimados podem ser heterossexuais, homossexuais, bissexuais ou pansexuais. No entanto, há especificidades para cada um destes grupos de homens e na Quebrar o Silêncio somos sensíveis às questões relacionadas com o abuso sexual de homens que têm sexo com homens (HSH).
A associação Quebrar o Silêncio lançou uma campanha destinada a homens que têm sexo com homens, no sentido de os ajudar a identificar situações de abuso sexual que por vezes passam despercebidas ou que não são reconhecidas enquanto tal.
O livro “De Que Falamos Quando Falamos de Violência Sexual Contra Crianças” de Ângelo Fernandes, será apresentado a 13 de Outubro na Fnac do Chiado, em Lisboa, às 19h. Este é um recurso para capacitar pais, mães e pessoas cuidadoras na prevenção do abuso sexual contra menores. O livro prefaciado por Maria Clara Sottomayor, Juíza Conselheira do Supremo Tribunal de Justiça, será apresentado pela especialista e socióloga Isabel Ventura e a cronista e pela autora Paula Cosme Pinto.
A associação Quebrar o Silêncio celebra hoje o seu 5º aniversário e para assinalar a data divulga dados relativamente ao apoio prestado.
No primeiro semestre de 2020, a Quebrar o Silêncio recebeu cerca de 10 novos casos por mês de homens e rapazes vítimas de violência sexual. São 59 novos pedidos de apoio de sobreviventes e um aumento de 18% face a 2019. No total, 310 homens e rapazes procuraram apoio durante os três anos e meio de actividade da Quebrar o Silêncio.
Chemsex é uma prática comum para alguns homens que têm sexo com homens (HSH).
A Quebrar o Silêncio faz dois anos e para assinalar o segundo aniversário a associação divulga vários dados sobre o apoio que presta a homens vítimas de violência sexual, incluindo informações sobre os pedidos de ajuda que aumentaram para o dobro. Em média, a associação apoia 15 pessoas por mês. A associação vai lançar ainda uma nova campanha de sensibilização.
Na próxima quarta-feira, dia 25 de Novembro, pelas 18 horas, sairá da Praça do Comércio, com destino ao Rossio, em Lisboa, a 5ª Marcha pelo Fim da Violência Contra as Mulheres. Esta acção, convocada por numerosas organizações da sociedade civil, procura dar visibilidade às graves formas de violência que se exercem sobre as mulheres, consequência de sistemas culturais e políticos que conferem primazia ao patriarcado.