Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Dezanove
A Saber

Em Portugal e no Mundo

A Fazer

Boas ideias para dentro e fora de casa

A Cuidar

As melhores dicas para uma vida ‘cool’ e saudável

A Ver

As imagens e os vídeos do momento

Praia 19

Nem na mata se encontram histórias assim

Lésbicas demonstraram o seu orgulho no Soweto

"Justiça para Zoliswa Nkonyana. Zoliswa foi assassinada por ter ousado dizer: “não somos marias-rapazes, somos lésbicas"

 

Sob o tema “Abraçar a Diversidade”, milhares de lésbicas sairam ontem às ruas do Soweto  para celebrar a sua sexualidade e humanidade no Dia do Orgulho Gay. A cidade do Soweto situa-se contígua à capital, Joanesburgo, e foi estabelecida em 1963, para juntar sob uma mesma administração, um conjunto de bairros exclusivos para negros durante o período do Apartheid.

O Soweto Pride é organizado pelo Forum for the Empowerment of Women (FEW), que promove a tolerância da diversidade sexual em bairros desfavorecidos. O evento relembrou ainda as vítimas e sobreviventes de crimes motivados pelo preconceito no Soweto – incluindo imigrantes que enfrentam violência xenófoba e outros grupos minoritários que são estigmatizados e discriminados.

Ao programa político no final da marcha seguiu-se um programa cultural para celebrar as lutas e vitórias da comunidade negra lésbica em particular, o movimento das mulheres lésbicas, bissexuais e transgénero. Várias personalidades dos campos político, religioso e comunitário foram convidadas para uma palestra onde denunciaram crimes motivados por ódio.

O Soweto Pride é também uma oportunidade para a comunidade lésbica sul-africana criar um espaço político e social de visibilidade. Phindi Malaza, a coordenadora da programação do Pride declarou que este evento oferece a oportunidade para a sociedade expressar a sua solidariedade e apoio à comunidade LGBT e continuou “o objectivo do Soweto Pride é assegurar que as lésbicas que aqui vivem deixem de ser vítimas de ataques homofóbicos ou qualquer outro tipo de crime. Queremos que estas mulheres se sintam seguras e protegidas não só neste dia, mas sempre.”

Dikeledi Sibanda da FEW apontou que o tema escolhido para este ano foi a maneira encontrada para incluir o público em geral, mesmo que não pertença à comunidade LGBT. No entanto, foi o homicídio de Zoliswa Nkonyana, em 2007, com apenas 19 anos de idade que chocou o país e mais contribuiu para aproximar o público da comunidade LGBT. Recorde-se que segundo as estatísticas as lésbicas sul-africanas são alvo de mais de meio milhão de estupros por ano.

As comemorações do Pride em Joanesburgo estão marcadas para o próximo Sábado.

 

Já segues o dezanove no Facebook?