Depois da primeira edição realizada em 2023, o LACRE - Laboratório de Arte Cuír e Resistência regressa de 2 a 14 de Setembro para uma segunda edição pelo Coletivo Afrontosas, entre o Espaço Alkantara e o Goethe-Institut Portugal.
A cantora e actriz Puta da Silva adopta uma nova identidade artística: Àkila (a.k.a Puta da Silva). A mudança de nome visa facilitar o acesso a novos públicos, mas o seu objectivo continua o mesmo.
“A VIDA ESTÁ CHEIA DE DUALIDADES: noite e dia, preto e branco, yin e yang, Bem e Mal, nascimento e morte, amor e medo. Não se pode ter um sem o outro. São precisos dois elementos para haver a atracção magnética que cria energia. É esta a ordem natural: tudo, em contraste, está em equilíbrio perfeito. Sempre me senti masculino e feminino ao mesmo tempo. Mesmo sendo contraintuitivo, sentia-me mais masculino como drag do que fora desse papel, pois sabia que era capaz de invocar mais poder assim - com o poder a ser uma moeda normalmente exclusiva dos homens. Sendo um negro feminino, uma violação das normas da sociedade pelo simples facto de existir, o drag era uma forma de reclamar o poder que sempre me fora negado.”
Incluir pessoas LGBT na história envolve conhecer a sua biografia e a sua contribuição para a igualdade de género e visibilidade das minorias. Por esta razão, considero importante celebrar o aniversário de Ruth Charlotte Ellis: mulher abertamente lésbica, afro-americana que teve uma vida longa no contexto em que viveu.
Depois de "Aventureira Marielle e o Dia da Fotografia", Marielle chega novamente até nós com mais uma aventura: é o dia de pintar o seu quarto, mas ela não sabe que cor escolher... Existem tantas maravilhosas! Mas, e quando se trata da cor da nossa pele? Será que encaramos o assunto da mesma forma?
Há algum tempo que desejo entender melhor a origem do Mês do Orgulho ou Pride Month. Ao fazer pesquisas aprendi um pouco sobre uma figura muito importante deste mês no qual se celebra a diversidade: Marsha P. Johnson. Muitos conhecem a sua figura, mas mais interessante é conhecer a sua história e o seu papel para o mundo LGBTQIA+.
O romance "Se o Disseres na Montanha", publicado em 1953, é a obra que introduziu James Baldwin como um escritor visionário e um filósofo das complexidades raciais e sexuais na América do século XX. Através deste romance inaugural, Baldwin não só estabeleceu o tom para a sua obra, mas também desafiou as convenções literárias da época, tornando-se um clássico incontornável da literatura americana. Baldwin cresceu em Harlem e foi profundamente influenciado pelo ambiente cultural e social que o Renascimento do Harlem ajudou a moldar. O Renascimento do Harlem foi fundamental para estabelecer uma nova maneira de expressão e auto-consciência para os afro-americanos, abordando temas de identidade racial, opressão, e liberdade, que Baldwin também explora intensamente em suas obras.
Audre Lorde (1934-1992) nasceu em Nova Iorque, filha de pais imigrantes oriundos da região do Caribe. Passou a infância em Harlem, onde experienciou o racismo ao ponto de, na rua, pessoas de pele branca lhe cuspirem por ter a pele escura. Em casa, o ambiente familiar era de grande disciplina, muitas vezes exercida através de castigos físicos. As dificuldades que a cor de pele, o peso acima do padrão e a miopia grave lhe traziam não a impediram de ser uma das melhores alunas da turma na escola. À medida que a sua irreverência foi crescendo, deixou de conseguir coabitar com a disciplina imposta pelos pais. Aos 17 anos, depois de concluir o ensino secundário, decidiu sair de casa e foi viver para Stamford. Partilhou casa e teve vários trabalhos precários para conseguir pagar as despesas, que incluíam os estudos que frequentava paralelamente na universidade.
Bia Ferreira, cantora negra e lésbica usa a palavra como tecnologia do desconforto. A luta contra o racismo e a lgbtfobia é feita pela palavra e pela participação do público. O concerto nos Jardins de Verão da Fundação Calouste Gulbenkian terminou com o canto colectivo que serviu de aviso para aqueles que negam os impactos do racismo e da homolesbotransfobia na vida concreta das pessoas: “A conta vai chegar!!!
No mês da Consciência Negra a exposição “Queer Angola” inaugura o Museu Lusófono da Diversidade Sexual tendo como foco o combate à discriminação contra pessoas LGBT
"Aventureira Marielle e o Dia da Fotografia" – o primeiro livro infantil escrito por uma autora negra, com uma personagem principal negra portuguesa. E que livro!