Paul B. Preciadoé um dos filósofos feministas que mais tem se destacado nos debates da teoria queer e dos estudos de género deste século. Conhecido pela auto-administração de testosterona ao longo de 236 dias – metáfora política à contestação dos corpos e das sexualidades que permanecem sobe a tutela dos Estados -, publica Testo Yoqui, obra que partiria da sua experiência, enquanto homem trans, para desbravar como as estruturas de poder político e indústrias fármaco-pornográficas influenciam as experiências individuais e como se vive e constrói o corpo.
A peça "Things I Know to be True" produzida pelos The Lisbon Players está em cena no Teatro do Bairro até 30 de Abril. A peça de autoria do dramaturgo australiano Andrew Bovell, encenada por António Carlos Andrade, traz, de acordo com a sinopse: “uma exploração complexa e intensa das dinâmicas familiares – e matrimoniais – pelo olhar de quatro irmãos e irmãs que procuram encontrar-se a si mesmos para lá do amor e das expectativas dos seus pais”.
A rede ex aequo é uma associação de jovens lésbicas, gays, bissexuais, trans, intersexo (LGBTI) e apoiantes. Desde a sua origem em 2003, que “procura dar resposta à necessidade de apoiar os jovens LGBTI face ao bullying, ao isolamento, à violência e ao abandono aos quais muitos destes jovens tendem a ser sujeitos”.
Foi sob o lema «Não é ideologia, não é patologia, fim à transfobia, DIREITOS TRANS JÁ» que mais de 500 pessoas percorreram ontem pelas ruas do Porto. Dezassete anos depois do assassinato de Gisberta, realizou-se ontem a edição inaugural de uma marcha pela visibilidade, pela voz e pelo «lugar na cidade e na sociedade» das pessoas trans.
Hasteada pela primeira vez o ano passado em Lisboa neste mesmo dia, a bandeira trans vai voltar a levantar-se na Praça do Município de Lisboa. Cumpre-se deste modo a deliberação aprovada na quarta-feira por maioria na reunião pública da Câmara Municipal.
No dia em que Lisboa e Porto marcham pela visibilidade trans, publicamos novas “Cartas para Gisberta”, uma iniciativa lançada pelo dezanove.pt há cerca de um mês. Estes textos juntam-se agora aos que foram publicados em 2019, contribuindo para iluminar a sua memória viva. E que neste dia sirvam também para nos mobilizar para a luta inadiável pelos direitos das pessoas trans.
As organizações A Traça, rede ex aequo, Somos Blergh, União Libertária, Transformar Portugal e Projecto Anémona anunciaram a 1ª Marcha de Visibilidade Trans na cidade do Porto, no dia 31 de Março pelas 18h, na Praça dos Poveiros.
Patrícia Ribeiro é a primeira cantora transexual portuguesa. Em 2016 foi detida e condenada pelo crime de extorsão a um empresário, cumpriu pena e saiu em liberdade no final de 2022. A cantora iniciou um novo ciclo na sua vida e relembra os momentos marcantes do início de carreira.
“Não queríamos parecer-nos com nenhuma mulher, não queríamos delinear nenhuma luta, não nos sentíamos presas em corpos errados, não sabíamos o que fazíamos. Mas na rua baptizavam-nos com essa velha palavra enterrada e assinalavam a nossa beleza que era como uma casa. Travesti! – diziam, e isso bastava para formatar a imaginação e a rejeição de toda uma sociedade que já se tinha adaptado a essa forma de identificação.”
Com apenas nove anos, Sofia Otero, ganhou Urso de Prata no Festival de Berlim como melhor protagonista do filme “20000 espécies de abelhas” no passado dia 25 de Fevereiro, tornando-se a pessoa mais jovem a ganhar este prémio.
Seek Bromance, a mais recente performance cinematográfica de Samira Elagoz, estreou em Portugal nas salas do Cinema S. Jorge, em Lisboa, no passado dia 22 de Fevereiro. A obra venceu o Leão de Prata na Bienal de Veneza em 2022.
Daniela Arroyo é a nova concorrente escolhida para representar Puerto Rico no concurso Miss Universo. A particularidade? Ela é também a primeira mulher transgénero a representar o país.
No 73ª Edição do Festival de Berlim, na secção Encontros, irá estrear este sábado (18 de Fevereiro) o documentário “Orlando, My Political Biography”, de Paul B. Preciado – um filme ensaio sobre as pessoas trans e não binárias.
Partindo sobre questões de género e sustentabilidade, a artista Aura irá apresentar o seu espectáculo '7 ≈ 8', entre os dias 2 e 4 de Março, na Rua das Gaivotas 6, em Lisboa, transformado o espaço num ambiente imersivo e etéreo.
Os dados do relatório anual de 2022 efetuado pela ANTRA (Associação Nacional de Travestis e Transexuais) revela-nos que o Brasil é, pelo 14º ano consecutivo, o país com maior número de homicídio de pessoas transgénero.
"Say their names", clamou há tempos o movimento anti-racista nos EUA, porque era preciso humanizar, identificar e reconhecer o sujeito negro alvo de todas as violências históricas e agora, vítima diária mortal às mãos do Estado naquele país.