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Turismo LGBTI: Como é que Milão em Itália se está a promover como destino LGBTI friendly?

milao lgbt gay friendly

Com a sombra da recém-chegada ao poder de Giorgia Meloni, Itália acolheu entre 26 e 29 de Outubro a 38ª Convenção Global da IGLTA (Associação Internacional de Turismo LGBTQ+), trazendo até si mais de 550 agentes de turismo LGBTI oriundos de 39 países que procuram ultrapassar a crise pandémica, económica e a incerteza que paira sobre este sector. Assinalável o facto desta ter sido a maior conferência da IGLTA alguma vez realizada fora dos Estados Unidos.

O Turismo continua a ser a menina dos olhos de Itália pelo que se aposta em optimizar diferentes nichos para maximar os benefícios que esta indústria pode trazer a cada região. E foi aproveitando o nicho LGBTI que as empresas e associações LGBTI de Milão, em conjunto com as entidades turísticas, decidiram apostar na realização da 38ª Convenção da IGLTA. Com o retrocesso de Direitos a ser uma realidade em alguns países, o segmento LGBTI procura, como já se sabe, segurança no acto da eleição do seus destinos de férias, sejam prolongadas ou meras escapadinhas.

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Itália encontra-se muito bem ligada através de transporte aéreo a partir de Portugal. Em cerca de duas horas e meia chega-se ao destino em que os portugueses se sentem bem gastronomicamente falando como todos já sabem.  Mas o que há de LGBTI para oferecer na região da Lombardia? 
A começar pela herança de Leonardo Da Vinci, o mais importante gay de todos os tempos e terminando nas sessões fotográficas para casais do pessoas do mesmo sexo nas paisagens naturais da região, passando por visitas temáticas à casa onde se filmou o filme "A Casa de Gucci" ou à vila de Crema onde se rodou o filme "Call Me By Your Name", o Turismo de Milão quer afastar-se do título de ser uma mera cidade de negócios para se mostrar diversa, inclusiva e aberta à comunidade LGBTI.
A mudança deu-se em 2015 com a exposição mundial que renovou bairros e a imagem milanesa. Pouco depois o bairro queer friendly Porta Venecia decidiu pintar as paredes da estação de metro com as cores do arco-íris. Desengane-se quem pense que a acção de restringiu apenas ao mês do Orgulho LGBTI. O arco-íris veio para ficar e dá acesso aos vários bares e hotéis do bairro onde pessoas queer são bem acolhidas, trabalham e onde desenvolvem os seus negócios e sempre a par da multietnicidade dos seus habitantes.
 
Então o que fazer nesta região em alguns dias? Damos-te sete sugestões:
  • Ver de perto as obras do génio Leonardo da Vinci, o gay mais famoso de todos os tempos, espalhadas por várias igrejas e museus. "A Última Ceia" encontra-se na Igreja de Santa Maria delle Grazie e os bilhetes têm de ser comprados com antecedência. Outro complemento é visitar a Pinocoteca Ambrosiana, que contém uma colecção de desenhos e ilustrações de Leonardo da Vinci.

    leonardo da vinci gay tour

  • Visitar a Catedral (Duomo) com as suas 3400 estátuas. É a terceira maior do mundo e há a possibilidade de subir ao telhado que se transforma num autêntico miradouro sobre toda a cidade.
  • Assistir a uma ópera num dos mais famosos locais para o efeito do mundo, o Teatro alla Scalla de Milão. Também aqui comprar um bilhete com antecedência é fundamental. Para além do italiano, as óperas são legendadas em inglês para não se perder pitada do enredo.
  • Participar num tour que revisita o filme "Call me by your name" na localidade de Crema a cerca de 1 hora de carro de Milão.

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  • Visitar as casas onde se filmou o filme "A Casa de Gucci" protagonizado por Lady Gaga e Jared Leto. Por exemplo a Villa Necchi Campiglio, em Milão, ou a Villa Balbiano, junto do lago Como. 
  • Ter uma experiência diferente! Participar numa aula de culinária italiana a dois; fazer sessão fotográfica na encantadora região vizinha de Piedmonte - escolhida por cada vez mais casais LGBT internacionais para celebrar as suas uniões - ou, simplesmente, ir de compras a um dos maiores outlets da Europa, o Designer Outlet Serravalle.
  • A partir daqui visitar a região dos Lagos Italianos: Maggiore, Como e Garda ou, em alternativa, ir para outras cidades italianas através da rede de transportes e visitar, por exemplo, os Museus do Vaticano, numa perspectiva gay e ficar a par da história não revelada sobre um dos maiores artistas de todos os tempos: Miguel Ângelo.

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Agradecimentos pela colaboração neste artigo: ENIT (Conselho Italiano de Turismo), Município de Milão (Yes Milano), agência Sonders&Beach Italy/Quiiky Travel , IGLTA (Associação Internacional de Turismo LGBT ) e a AITGL (Associação Italiana de Turismo Gay e Lésbico).
 
Crédito das Fotos: Sonders&Beach Italy/Quiiky Travel
 
Paulo Monteiro 
 

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