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Um duro retrato da violência no namoro em Portugal

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O Observatório da Violência no Namoro (ObVN) está a comemorar o primeiro ano. Em 12 meses de funcionamento, esta plataforma de denúncia informal de situações de violência no namoro vividas directamente ou testemunhadas por terceiros registou 151 denúncias.

 

Assim, 83 denúncias foram efectuadas por ex-vítimas, 60 por testemunhas e 8 por vítimas actuais. Das 151, 143 denúncias foram efectuadas por pessoas do sexo feminino e 8 por pessoas do sexo masculino. Os crimes ocorreram, em 36.4% dos casos, no Porto e, em 21.2% das situações, em Lisboa. Em terceiro lugar encontra-se o distrito de Braga, com 7.9% dos registos. Em 90.7% e em 94.7% dos casos, respectivamente, as vítimas são do sexo feminino e os agressores do sexo masculino.

A idade média das vítimas é de 23 anos e a dos agressores é de 25 anos. A maioria das vítimas (92.1%) é caracterizada como sendo heterossexual. Em 72.2% dos casos os agressores são ex-namorados e em 27.8% das situações namorados actuais das vítimas. O local de maior incidência da violência é a casa (73.5%), seguido da via pública (50.3%), dos estabelecimentos públicos (33.1%) e da escola (19.9%). A maioria dos crimes ocorreu mais do que uma vez (59.6%). Em 21.2% dos casos a violência foi praticada online. A tipologia de violência mais prevalecente é a violência psicológica (90.7%), seguida da violência física (53.6%), da violência social (33.1%), do stalking (29.1%) e da violência sexual (17.2%). Em 9.9% dos casos as vítimas foram alvo de ameaças de morte. Apenas 13.9% das vítimas apresentaram queixa às autoridades. 23.8% das vítimas necessitaram de receber apoio médico e 3.3% delas tiveram de ser hospitalizadas. Em 8.6% das situações relatadas as vítimas correram risco de vida. Como principais causas da violência as/os denunciantes destacam o ciúme (68.9%), o consumo de álcool ou de outras substâncias (25.2%), os problemas mentais do agressor (35.2%), os problemas familiares (17.2%) e a conduta da vítima (17.2%).

O ObVN é uma iniciativa da Associação Plano i no âmbito do Programa UNi+, financiado pela Secretaria de Estado para a Cidadania e Igualdade e desenvolvido em parceria com o Instituto Universitário da Maia/Maiêutica.

 

Fonte: Plano i