Whitney Houston – “I wanna dance with somebody”
Vi o filme, tinha pressa em vê-lo, afinal de contas a minha tia ensinava-me a dançar ao som de “I wanna dance with somebody”, quando eu tinha, apenas, quatro anos.
Ainda guardo essas memórias, de quando colocávamos a cassete na aparelhagem de som. Alguns anos mais tarde, aos sábados, aguardava o início do programa Top +, na esperança de que passassem o videoclipe da canção “I will always love you” – a balada mais popular das festas dos anos 90.
O que eu desconhecia, décadas atrás, eram os problemas que Whitney tinha com as drogas e, muito menos, que ela teria vivido um romance com uma mulher. O filme, que estreou em 2022, começa exactamente por aí, pela relação que a cantora teve com Robyn, sendo que Whitney teve de abandonar esse relacionamento, com o objectivo de proteger a sua carreira. Tentando não entregar todas as cenas do filme, digamos que o mesmo nos deixa a pensar no rumo que a sua vida acabou por tomar. O que poderia ter sido diferente se Whitney tivesse tido a oportunidade de viver, livremente, o seu amor por aquela mulher, vestindo as roupas que queria e apresentando-se de um modo mais genuíno? O que teria mudado no seu percurso, na sua vida pessoal e na forma como geriu as suas frustrações?
O que poderia ter sido diferente se Whitney tivesse tido a oportunidade de viver, livremente, o seu amor por aquela mulher, vestindo as roupas que queria e apresentando-se de um modo mais genuíno? O que teria mudado no seu percurso, na sua vida pessoal e na forma como geriu as suas frustrações?
Vejam o filme, remexam nas vossas memórias e tirem as vossas conclusões. Eu aproveito para deixar aqui a minha: os nossos talentos irão sempre mais além, se tivermos o privilégio de sermos livres.
Foto: Tristar Pictures
Márcia Lima Soares