Katherine Miller, uma cadete lésbica entregou uma carta a resignar à Academia Militar de West Point devido à política “Não perguntes, não fales”, que proíbe as pessoas LGBT assumidas de prestarem serviço nas forças armadas norte-americanas. Miller, encontrava-se no terceiro ano (de um total de cinco) e era uma das melhores alunas da academia. No entanto, a ex-cadete declarou que não podia continuar a mentir sobre a sua sexualidade e que estava cansada quer das atitudes homofóbicas que a política conhecida por “don't ask, don't tell” instigava na academia, quer do assédio sexual a que era sujeita para manter a sua sexualidade em segredo.
Na carta de Katherine Miller pode ler-se: “Com esta carta pretendo dar um exemplo concreto das consequências de uma lei e política social falhada. Menti aos meus colegas e comprometi a minha integridade e identidade ao aderir a esta política militar.” Embora tenha referido que não se demitiu devido à pressão, a norte-americana declarou que sentiu que tinha de inventar uma história heterossexual para partilhar com os colegas, caso estes perguntassem, e tinha suportado comentários homofóbicos por medo “de que a minha opinião fosse alienada”. No horizonte de Katherine Miller está agora um curso na Universidade de Yale e continuar a lutar contra a política “Don't ask, don't tell”.
No topo da lista está a apresentadora Ellen DeGeneres (@TheEllenShow), que está casada com a actriz Portia de Rossi, com pouco mais de 5 milhões de seguidores. Segue-se no segundo lugar o blogger Perez Hilton (@PerezHilton) (com mais de dois milhões de seguidores). O actor e escritor Stephen Fry (@stephenfry) ocupa o terceiro lugar no pódio, com mais de milhão e meio de fãs. Nos restantes nomes do ranking encontram-se celebridades como Ricky Martin (@ricky_martin), Lindsay Lohan (@lindsaylohan), Neil Patrick Harris (@ActuallyNPH) ou Karl Lagerfeld (@Karl_Lagerfeld).
A divulgação de resultados do Projecto Educação LGBT veio demostrar o alcance que o projecto teve no último ano lectivo: 51 sessões de esclarecimento onde estiveram presentes cerca de 2700 pessoas. João Valério, 21 anos, membro da direcção da associação de jovens rede ex aequo, explica ao dezanove o que move este projecto, que conta com uma equipa com cerca de 30 oradores voluntários espalhados pelo país.
“El Comandante” desempenhou funções de primeiro-ministro de Cuba entre 1956 e 1976 e depois de chefe de estado entre 1976 até 2008, e acreditava que a diversidade sexual era uma consequência corrupta do capitalismo. Durante o regime, vários homossexuais foram enviados para campos de trabalho forçados para serem “reeducados” e para os libertar das suas “tendências contra-revolucionárias”.
Após uma ausência de quase quatro anos, naquela que é a sua primeira entrevista a um jornal estrangeiro desde Junho, o ex-líder cubano confessou que não prestava atenção ao problema da homofobia: “Naquele tempo tínhamos demasiados problemas, estávamos constantemente a ser sabotados e havia vários ataques armados contra nós.”
Nos últimos anos, Mariela Castro, sobrinha de Fidel e filha do seu sucessor, Raul Castro, encabeça o Centro Nacional para a Educação Sexual de Cuba e tem sido uma voz activa na campanha pela igualdade de direitos da comunidade LGBT, acesso ao casamento entre pessoas do mesmo sexo e à cirurgia para redesignação de sexo.
Em Cuba as relações entre parceiros do mesmo sexo foram despenalizadas em 1979 e desde 2008 são disponibilizadas operações gratuitas para mudança de sexo através do sistema nacional de saúde cubano.
Ximena Navarrete foi entrevistada pela Radio W do México depois de ter ganho o concurso de Miss Universo no mês passado. Quando lhe perguntaram a opinião sobre o casamento entre pessoas do mesmo sexo, Jimena respondeu:
“Acredito que temos de aprender a respeitar porque afinal são pessoas, tal como nós. Não há qualquer diferença e não creio que seja justo discriminar alguém por causa das suas preferências sexuais, não é? A verdade é que sou totalmente contra a discriminação, e que posso dizer, eu tenho muitos amigos homossexuais e adoro-os. São pessoas iguais, não há qualquer razão para os pôr de lado; não há qualquer razão para não os deixar desfrutar dos mesmos direitos com os seus parceiros”.
Devido a estas declarações a nova Miss Universo recebeu elogios do cantor Ricky Martin que a felicitou publicamente através da rede social Twitter.
No ano passado, a californiana Carrie Prejean, que perdeu a coroa de Miss EUA, declarou ser contra o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Esta postura fez-lhe ganhar a simpatia da direita cristã, no entanto, a reputação da californiana foi abalada depois de ter vindo a público um vídeo da miss com cenas de sexo caseiro.
A estação de televisão Porto Canal vai estreiar no dia 11 o programa “Vidas na Casa”, um reality show que será gravado no espaço de acolhimento dos jovens que frequentam a CASA – Centro Avançado de Sexualidades e Afectos. O canal de cabo Porto Canal adianta que o programa será conduzido por Manuel Damas, sexólogo e presidente da CASA, e que conta com a participação de jovens que procuram na CASA “apoio para seus variados problemas”. A notícia foi conhecida no mesmo dia em que o centro celebra o primeiro aniversário.
A CASA é uma associação, sediada no Porto, que quer combater a violência de género, lutar pela universalidade do direito à felicidade e promover a igualdade. A temática LGBT tem sido central na sua actuação tendo, além de debates, em Julho organizado juntamente com o bar Pride, a festa Love Pride, no teatro portuense Sá da Bandeira.
O presidente da CASA tinha já adiantado ao dezanove alguns dos projectos em que estava envolvido. Em breve, sob chancela da Leya, será editado o livro “Os portugueses são analfabetos sexuais… e emocionais” onde pretende analisar a fundo o comportamento dos portugueses, fruto de mais de 20 anos de actividade clínica e de investigação na área da sexualidade.
Comparativamente com o ano lectivo anterior, o projecto, que pretende formar professores e alunos a partir do 7º ano de escolaridade, realizou durante o ano de 2009/2010 mais 11 sessões de esclarecimento (num total de 51) em 12 distritos do país para cerca de 2700 pessoas, das quais 2545 eram jovens (no ano anterior presenciaram as sessões cerca de 1800 jovens).
As sessões de esclarecimento são organizadas pela rede ex aequo desde 2005 e contam com uma rede de oradores voluntários distribuídos pelo país e com brochuras educativas co-financiadas pela Fundação Europeia da Juventude do Conselho da Europa.
Nos anos 50 do século passado, Tennessee Williams viu a sua vida pessoal exposta na revista Time, com o escritor Louis Kronenberger a revelar a sua orientação sexual. Nos anos 70 falou, por várias vezes, à imprensa e à televisão a propósito da sua homossexualidade. Faleceu em 1983.
Em declarações ao Jornal de Notícias, Isilda Pegado, presidente da Federação Portuguesa pela Vida, admite desconhecer as alterações propostas, mas aponta o dedo ao sentido de oportunidade do Governo. “No regresso do ano político, as grandes prioridades do país não são estas questões. Não é isto que interessa às pessoas”, diz a ex-deputada do PSD que liderou a “Plataforma Cidadania e Casamento". Pegado acrescenta que “a realidade e experiência humana mostram que este tipo de legislação só cria mais conflitos sociais. Não é um funcionário do registo que deve dizer o que é um homem e uma mulher. A própria natureza encarrega-se de o fazer no nascimento de qualquer cidadão” comenta. Isilda Pegado adianta ao Jornal de Notícias, que “o Governo dá uma imagem de que está a seguir a agenda do Bloco de Esquerda e a legislar para meia dúzia de pessoas e para pequenos grupos de pressão”. “Olho para estas leis como custos civilizacionais”, remata.
"É uma medida positiva que vai reconhecer a existência dos transexuais na lei portuguesa e vai facilitar a integração social das pessoas transexuais", disse à agência Lusa, Paulo Côrte Real, presidente da associação ILGA Portugal. "Há muito que [a ILGA] reivindica uma lei de igualdade de género", uma vez que "as pessoas transexuais no fundo não existiam na lei" afirmou o activista. Esta alteração vai ter consequências na vida dos transexuais, porque, actualmente o processo era "longo" e "invasivo".
Sérgio Vitorino, do colectivo Panteras Rosa considera a iniciativa positiva, mas entende ser "um início muito tímido na resolução das questões das pessoas transexuais". "Facilitar o acesso das pessoas à mudança de género e mudar o nome nos documentos é muito importante porque as pessoas vivem numa marginalização em termos de acesso ao mercado de trabalho que é absolutamente dramática" comenta Vitorino. O activista adianta que "[estas] pessoas têm um documento que nega o género para o qual foram concebidos" e embora seja uma questão importante, não deixa de ser "superficial e não resolve a maioria dos problemas" dos transexuais.
«Proposta de Lei que regula o procedimento de mudança de sexo e de nome próprio no registo civil e procede à alteração do Código do Registo Civil:
Esta Proposta de Lei, a enviar à Assembleia da República, visa simplificar o procedimento de mudança de sexo e de nome próprio no registo civil para as pessoas a quem clinicamente tenha sido diagnosticada uma mudança da identidade de género (transexualidade).
Este novo procedimento justifica-se pelo facto de a complexa solução actual para estes casos, que exige uma intervenção judicial, não ser a mais adequada, por razões de justiça e por este ser o caminho mais seguido a nível europeu.
Em primeiro lugar, não faz sentido que as pessoas que queiram proceder a uma mudança de sexo e de nome próprio no registo civil tenham que propor uma acção em tribunal, que é o que sucede hoje em dia. Na verdade, nestas acções judiciais, o tribunal praticamente se limita a reconhecer os relatórios clínicos e a confirmar por sentença um diagnóstico científico. Desta forma, não se justifica obrigar as pessoas interessadas a propor acções em tribunal com os custos inerentes de tempo e dinheiro, bem como pelo desgaste psicológico envolvido.
O procedimento criado através da presente Proposta de Lei visa, portanto, permitir que as pessoas a quem foi diagnosticada uma mudança de identidade de género possam alterar o seu sexo e o seu nome próprio no registo civil, sem necessidade de propor uma acção judicial.
Em segundo lugar, a solução adoptada pela presente Proposta de Lei é a que mais favorece uma plena integração social às pessoas a quem tenha sido clinicamente diagnosticada uma mudança de identidade de género.
Finalmente, deve referir-se que esta solução já vigora em diversos países, como a Alemanha, a Espanha, a Itália, o Reino Unido e a Suíça. Na verdade, há mais de 20 anos que vigora a legislação alemã, suíça e italiana sobre a mudança de identidade de género. E também há já mais de 20 anos que o Conselho da Europa recomendou aos Estados-membros o reconhecimento legal desta situação.
O procedimento consagrado na presente Proposta de Lei permite que as pessoas a quem tenha sido clinicamente diagnosticada uma mudança de identidade de género possam requerer, em qualquer conservatória do registo civil, a alteração do sexo e do nome próprio, bastando apresentar um relatório elaborado por equipa clínica multidisciplinar de sexologia clínica que comprove o respectivo diagnóstico. O conservador deve decidir sobre o pedido apresentado no prazo de oito dias.
Este regime proposto dá expressão ao compromisso do Governo de “combater todas as discriminações e, em particular, a envidar todos os esforços no sentido de proporcionar a todas as pessoas, independentemente da sua orientação sexual e identidade de género, o pleno usufruto dos direitos constitucionais. Com este passo, acreditamos contribuir para uma sociedade mais justa, estruturada no respeito pelos direitos fundamentais, pela democracia e pelo valor da inclusão de todas as pessoas”.»
Para Anders Lindström, porta-voz da companhia aérea sueca, este será "um casamento com tudo o que há de mais tradicional. Vai haver um bolo de casamento e as pessoas vão poder dançar a bordo", afirmou à agência France Press. Anders Lindström explicou que a empresa quer atrair o mercado gay, lésbico e bissexual dos Estados Unidos. A cerimónia irá ocorrer dentro do espaço aéreo sueco, onde o casamento entre pessoas do mesmo sexo é legal. No entanto, os noivos e os convidados deverão viajar apenas na classe executiva, que ficará isolada dos olhares de terceiros, para não ofender os passageiros que não concordam com estes casamentos. "Não queremos chocar ninguém. Esperamos não ofender ninguém. Estamos em 2010, apesar de tudo", afirmou Lindström.
Durante a crónica cor-de-rosa do programa de ontem do Você na TV, co-apresentado por Manuel Luís Goucha, falava-se na alegada oferta de um relógio de diamantes de Cristiano Ronaldo à namorada Irina Shayk e se isso implicaria dormir com alguém a troco de um bem material. A troca bem humorada de comentários entre os cronistas Lili Caneças e Flávio Furtado levou o apresentador a abordar o assunto com a pivot do Jornal da Uma da TVI, Ana Guedes, que se preparava para anunciar os destaques do bloco noticioso. A jornalista reagiu com humor mencionando em directo o namorado de Goucha. O apresentador do programa das manhãs da TVI ficou por instantes sem palavras.
Recorde-se que no final do ano passado Manuel Luís Goucha foi alvo de uma rábula no programa "5 para a Meia-Noite", da RTP 2. Na emissão de 28 de Dezembro, conduzida por Filomena Cautela, um dos convidados em estúdio, João Manzarra, foi desafiado a escolher “a apresentadora do ano” entre um conjunto de nomes: Filomena Cautela, Cláudia Vieira, Carolina Patrocínio e o apresentador da TVI. Goucha não gostou e disse que iria processar a estação e o programa. Ao 24 Horas, o apresentador de televisão declarou que “não sou apresentadora, sou homem, mais homem que muitos homens que maltratam as mulheres. Uma coisa são as rábulas com actores, outra coisa são estas graçolas labregas e gratuitas”.
Um mês antes Manuel Luís Goucha tinha aparecido pela primeira vez a público com o companheiro com quem mantém uma relação fazendo capa da revista Lux, "com o Rui [Oliveira] tenho uma relação de grande amizade e cumplicidade" referiu.
A legalização da homossexualidade é contra a Constituição portuguesa, defende o padre Orlando Freitas Morna, num artigo de opinião publicado na edição de hoje do Jornal da Madeira. O sacerdote explica no jornal, que é propriedade do Governo Regional da Madeira, a sua tese: “A Constituição portuguesa defende o bem comum de toda a Sociedade, de todos os portugueses, ou seja, um bem que sirva a Comunidade que todos formamos e não para ser inútil e egoísta. Uma vida que se fecha sobre si mesma não e vida é morte!”.
No mesmo artigo, o padre Freitas Morna, escreve, sem explicar, que “a homossexualidade é condenada na Declaração Universal dos Direitos Humanos, feita pela ONU”. A posição da Igreja Católica sobre o assunto, é, aos olhos do autor, extremada. Freitas Morna sustenta que na Bíblia “o pecado dos homossexuais é um pecado que 'brada aos Céus', e chama-se o pecado da sodomia, porque Sodoma, cidade da Palestina, onde se praticava a homossexualidade foi destruída pelo fogo , por castigo de Deus, como aviso também para o futuro”.
Mas como explicar a origem da homossexualidade? “O homossexualismo vem duma má educação e convivência doentia continuada das mesmas pessoas”. Outra explicação: “Se fosse o homossexualismo devido à constituição física biológica de cada um, então nas farmácias poderíamos encontrar medicamentos para fazer homossexuais e lésbicas, o que não é verdade.”
O Governo Regional da Madeira já referiu, por várias vezes, que mantém o Jornal da Madeira pela necessidade de assegurar a “liberdade de imprensa” no arquipélago. Apesar do título ser propriedade do governo, cabe à Diocese do Funchal nomear o director e um membro do conselho de administração.