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A primeira política portuguesa que assume ser homossexual

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Graça Fonseca, secretária de Estado da Modernização Administrativa, deu uma extensa entrevista ao Diário de Notícias. Fonseca, uma das responsáveis pelo Simplex e pelo Orçamento Participativo de Portugal aborda, entre outros, o tema da discriminação. Na entrevista, conduzida por Fernanda Câncio, Graça Fonseca assume ser homossexual e explica o por quê da importância desta afirmação política.

“Acho que isso é importante [as pessoas afirmarem publicamente que são homossexuais] (...) acho que se as pessoas começarem a olhar para políticos, pessoas do cinema, desportistas, sabendo-os homossexuais, como é o meu caso, isso pode fazer que a próxima vez que sai uma notícia sobre pessoas serem mortas por serem homossexuais pensem em alguém por quem até têm simpatia. E se as pessoas perceberem que há um seu semelhante, que não odeiam, que é homossexual, isso pode fazer que a forma como olham para isso seja por um lado menos não querer saber se essas pessoas são perseguidas, por outro lado até defender que assim não seja.”

E se as pessoas perceberem que há um seu semelhante, que não odeiam, que é homossexual, isso pode fazer que a forma como olham para isso seja por um lado menos não querer saber se essas pessoas são perseguidas, por outro lado até defender que assim não seja.

A importância da empatia para com as pessoas LGBT é bastante sublinhada pela militante do PS e ex-vereadora da Câmara Municipal de Lisboa: “Acho que as leis não bastam para mudar mentalidades, não bastam para mudar a forma como olho para o outro, que aquilo que muda a forma como olhamos para os fenómenos tem muito que ver com empatia [...] se a virem como pessoa, como ser humano, isso pode de alguma maneira, nem que seja inconscientemente, mudar a forma como veem algum tipo de fenómeno.”

Graça Fonseca, de 46 anos, continua: “Estou na política há 17 anos e tenho-me mantido sempre com um nível de notoriedade relativamente baixo. […] É indiferente se estou com um homem ou com uma mulher. Não altera em nada a forma como faço o Simplex, como faço o orçamento participativo.”

Questionada sobre a importância de outras pessoas darem o mesmo passo de visibilidade, Graça Fonseca é clara: “ Acho que era importante. Mas acho que ninguém tem essa obrigação. […] Mas, mais do que gostar que houvesse outras pessoas a fazer o mesmo, acho que seria importante”.

Em 2017 Graça Fonseca é a primeira mulher na política portuguesa a assumir publicamente a sua orientação sexual depois de outros políticos como Miguel Vale de Almeida, Alexandre Quintanilha e de Jorge Nuno Sá o terem feito nos últimos anos.

 

Podes aceder à entrevista completa aqui

 

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