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Como será o Queer Porto?

Pela primeira vez a associação Janela Indiscreta, responsável pelo Queer Lisboa, vai apresentar um ciclo de cinema no Porto. Nos dias 3 e 4 de Outubro será exibida na Casa das Artes, uma retrospectiva sobre John Waters. Em 2015 será a vez da primeira edição do Queer Porto. João Ferreira, director do festival Queer Lisboa, explica o projecto.

 

dezanove: Há muito tempo que pretendiam levar o Queer para o Porto?

João Ferreira: Sim, a ideia de ir para o Porto tem muitos anos. Começou com a ideia de extensão, mas mesmo fazer uma extensão era complicado. Custa dinheiro e era preciso que algum cinema no Porto financiasse. Mas, na verdade, não gostamos muito de fazer extensões. Cada cidade tem a sua identidade e público. Tem de ter um programa pensado para aquele sítio.

Mesmo assim, a primeira presença não é um pouco conservadora? Um ciclo sobre John Waters não se destina a um público mais restrito?

Estamos a apostar no efeito mediático que o John Waters tem. Raramente é exibido em sala, são filmes muito dispendiosos. Demorámos muitos anos para fazer esta retrospectiva e a conseguir os patrocinadores. É de algum modo uma oferta que estamos a fazer ao Porto e um agradecimento pelo acolhimento que nos estão a dar. No fundo, será o ano zero do festival. Ainda não é a programação do Queer, mas um ciclo John Waters.

No futuro haverá uma grande diferença entre o Queer Lisboa e o Queer Porto?

Vai levar anos para que isso aconteça. Vamos ter de conhecer o público, perceber o que quer ver, quais as secções e géneros que podem ser mais interessantes. Vai ser um começar de novo. É muito aliciante. Não nos interessa a ideia de extensão. Queremos pensar no que é interessante fazer.

Em 2015 quantos dias terá o Queer Porto?

Estamos a pensar em quatro ou cinco dias.

Terá uma secção competitiva?

Para já não. O Porto funcionará como um festival sem competição. Em Lisboa só na nona edição é que começamos a ter competição. Dependerá do crescimento e dos apoios que conseguirmos angariar.

Que apoios tiveram de forma a ser possível levar o Queer para o Porto?

Para o John Waters temos o apoio da American Express, da Absolut Vodka, da Wrong Weather, da Casa do Livro e do Café Lusitano. Sem estes apoios não era possível avançar. Era necessária uma injecção de budget. Este ciclo é muito caro. Só em termos de aluguer de filmes são cinco mil euros. São mil euros por filme. Nós precisávamos mesmo que determinados apoios entrassem. O ICA – Instituto do Cinema e Audiovisual participa, obviamente, com uma parte substancial, mas precisávamos de ter patrocinadores interessados nesta nova ideia.