a fazer,  a saber

#EscolaSemHomofobia: Manifestações em todo o país

No seguimento do protesto dos alunos em Vagos contra um caso de lesbofobia, vão decorrer quatro manifestações de protesto contra a homofobia em espaço escolar.

 

Alunos de Lisboa, Porto, Funchal e Coimbra sairão às ruas esta terça-feira, dia 6 de Junho, para protestar contra a homofobia nas escolas. Num manifesto divulgado publicamente pode ler-se que “Portugal está muito aquém da realidade da discriminação e falta de visibilidade da comunidade LGBT nas escolas e no combate à homofobia no ensino Básico e Secundário. Somente informando e esclarecendo os alunos sobre as questões LGBT na disciplina de Cidadania ou em Educação Sexual e promovendo campanhas de combate à homofobia nas escolas, o Ministério da Educação pode fazer avanços no combate a este tipo de discriminação tão presente no meio escolar.” 

As manifestações terão lugar em frente de representações do Ministério da Educação ou locais públicos das diferentes cidades a partir das 18 horas:

Lisboa: edifício do Ministério da Educação, Avenida 5 de Outubro;
Funchal: Avenida Zarco, edifício do Governo Regional;
Porto: DG dos Estabelecimentos Escolares, Direcção de Serviços da Região Norte, Rua António Carneiro. 
Coimbra: Rua General Humberto Delgado, 319

Os protestos físicos far-se-ão acompanhar de partilhas nas redes sociais com a hashtag: #ESCOLASEMHOMOFOBIA 

Este protesto foi convocado por mais de 20 associações de estudantes e de defesa dos direitos das pessoas LGBT.  “Repudiamos e condenamos a atitude discriminatória da direcção da Escola Secundária de Vagos e mostramo-nos solidários com os alunos desta escola que organizaram este protesto pacífico”, subscrevem estas duas dezenas de entidades.

Recorde-se que o incidente de Vagos originou pedidos de esclarecimento junto do Ministério da Educação por parte do Bloco de Esquerda e um comunicado da CIG.

 

Álbum de fotos do protesto em Lisboa aqui.

Vídeo aqui.

7 Comentários

  • Anónimo

    No entanto a juventude portuguesa mostra ser bem mais avançada que os seus pais e avós. Se por um lado não tenho muita confiança nas gerações mais velhas (basta ver o que estas fizeram em países como o Reino Unido e os EUA ao apoiarem a extrema-direita xenófoba e anti-científica), por outro lado tenho toda a confiança nos jovens, quer portugueses (que combatem a homofobia dos seus professores e dos seus pais), quer ingleses (que apoiam Jeremy Corbyn) ou americanos (que apoiaram Bernie Sanders, um dos poucos políticos minimamente decentes naquele país).

  • Anónimo

    Parece que o leitor anónimo que deixou um comentário às 18:01 também aderiu à cultura dos factos alternativos.

  • Emigrante

    A Xenofobia existe tanto à Esquerda como à Direita. Actualmente está sem dúvida mais representada à Direita, por sectores sociais que apoiam Trump, por parte daqueles que apoiaram o Brexit, pelos apoiantes de Le Pen. Contudo se tivermos uma perspectiva histórica do problema constataremos que a Esquerda também tem uma triste História de xenofobia. Por exemplo, o Partido Comunista francês décadas atrás era fortemente xenófobo, contra os imigrantes. O Estaline deportou e perseguiu pessoas de etnias distintas, no ano passado a música que venceu a Eurovisão relembrava um desses episódios.

    Gente xenófoba, racista ou homofóbica existe tanto à Direita como à Esquerda.

  • Emigrante

    A sensação que tenho em Portugal é que hoje em dia muita gente apoia os LGBT porque em termos sociais «fica bem». Diz-me muita gente que a grande mudança ocorreu com a aprovação do casamento entre pessoas do mesmo sexo e a saída do armário de várias figuras públicas. No entanto sinto que se o discurso político virar ao contrário boa parte da população virará a casaca, especialmente as gerações acima dos 40 anos. Em Portugal não há as maravilhas que um casal canta no youtube, é tudo muito frágil e historicamente recente. Em Espanha e em Inglaterra a mudança social antecedeu a mudança na política, em Portugal tem sucedido o contrário, e muito graças a meia dúzia de pessoas ligadas ao PS como a deputada Isabel Moreira. Reparem que não temos nenhum político de relevo que se assuma, nem nenhum gestor de topo, futebolista, médico. As saídas do armário têm ocorrido essencialmente em sectores ligados à TV, teatro, cinema, literatura, áreas onde nos tempos do Estado Novo se dava uma tolerância em relação aos homossexuais, pois pensava-se que era coisa de artistas e portanto tolerava-se… desde que obviamente não houvesse escândalo público. Mesmo nas artes é sabido que muitos actores e modelos estão a manter a sua sexualidade em segredo e até têm relações hetero de fachada porque acreditam que assim a sua carreira não será prejudicada.

  • Anónimo

    “Por exemplo, o Partido Comunista francês décadas atrás era fortemente xenófobo, contra os imigrantes.”
    Fonte, sff.