Francisca Solange (59 anos) vai manifestar-se esta terça-feira, a partir das 10h30, na Universidade Lusíada do Porto, para expor a transfobia da instituição.
Licenciada em Direito, Francisca Solange acusa a universidade de exigir-lhe 400 euros para mudar a sua identidade no certificado de habilitações, além de querer que apresente uma declaração que comprove a alteração de identidade, que ocorreu em 2014. Francisca Solange, que precisa de ter um certificado de habilitações actualizado para que se possa inscrever na Ordem dos Advogados, argumenta ainda que o documento que a instituição de ensino superior exige nem sequer existe.
“Apesar de ser licenciada e ter feito totalmente com média de 16/20 valores a fase curricular do Mestrado em Direito Criminal, tudo por mérito próprio! Pelo facto de ser transgénera feminina, um dos responsáveis da universidade, exigiu-me documentos impossíveis, só para alterar a minha identidade e nome nos ficheiros da faculdade, mais a quantia de 400 euros”, expôs Francisca Solange no Facebook. “Ajudem-me a lutar, não só por mim, mas, por todas as minorias discriminadas e por vezes massacradas que ainda acontece no nosso país e no mundo”, refere no mesmo post.
Um Comentário
Anónimo
Antes de mais, agradeço à dezanove a inclusão na sua página, destas injustiças de que tenho sido alvo! Esclareço que, apesar de ter sido tratada com desdém pelo dirigente da Faculdade Lusíada, desde do processo iniciado com o requerimento de alteração do nome e sexo em todos os Certificados e Diplomas daquela Universidade de Direito, o tratamento transfóbico, surgiu principalmente com a exigência de uma declaração da conservatória que tinha feito a alteração. Nessa parte, houve sem quaisquer dúvidas, tratamento discriminatório em relação a outras pessoas não transgéneras e atacou de forma humilhante a minha dignidade de pessoa humana! Desta forma, posso afirmar, haver por parte desse dirigente e por parte da instituição se esta, não vier publicamente desmentir a acusação que formulei publicamente no portão principal da mesma, mediante centenas de estudantes naquela faculdade, durante sensivelmente 4 horas, sendo das 10:25 às 14:20 horas!
É minha intenção, se não houver recuos na decisão absurda, contrária à lei e mais, contrária a quaisquer direitos fundamentais e garantidos na nossa Constituição e obviamente contra os Direitos Humanos garantidos na Declaração Universal de Direitos Humanos, apresentar queixa no Tribunal Europeu dos Direitos Humanos, contra a Instituição Universidade Lusíada.
Muito obrigada pela oportunidade, oportunamente publicarei atualizações, conforme forem surgido!