O catolicismo estimulou sempre o anti-semitismo que nunca foi apenas alemão. Na Europa em geral, os judeus eram discriminados desde que o cristianismo se tornou a religião do Estado, e pelas medidas tomadas por bispos cristãos durante séculos.
Leis proibiam o casamento entre judeus e cristãos, proibiam judeus de frequentar universidades, de exercer cargos públicos, obrigando-os a usar distintivos, a viver em guetos, etc.
A 1 de Setembro de 1939 a Alemanha invadia a Polónia. O Papa Pio XII começou a receber, pouco depois, informações da própria igreja polaca, sobre as atrocidades que os alemães cometiam à população civil e o genocídio que se organizava a judeus e ciganos, e nada fez ou disse, para denunciar tal crueldade, antes pelo contrário, procurou justificar e compreender o ataque alemão dizendo que “a Polónia infelizmente tinha atraído contra ela o ataque alemão devido a certos excessos cometidos contra as populações germânicas”. A Igreja era cúmplice e conivente de todas as atrocidades do regime nazista. Em muitos países participou ativamente, e inclusive padres foram guardas de campos de extermínio, como no caso de Jasenovac, Croácia, onde os números apontam para 700 000 a 1 000 000 de vítimas.
E agora diz o Papa que homossexualidade não é crime mas é pecado? E a igreja não será um pecado que vive do crime?
A Igreja sabe bem o seu carácter de imperialista e governista, sempre soube envolver-se com imperadores e governos resultando em períodos de perseguição e morte. Não tem contacto nenhum com a realidade, nem quer, pois sabe que a liberdade humana do pensamento questiona os seus mitos e irrealidades. Apenas com o logro, o engano, a perseguição, o medo a Igreja Católica mantém os seus fieis. O futuro não lhe é nada favorável, irá perder adeptos fruto de ser uma instituição demagoga pelo seu currículo sanguinário, corrupto e controverso.
Raul Milhano Teles
2 Comentários
Zé Onofre
Boa Noite
“Apenas com o logro, o engano, a perseguição, o medo a Igreja Católica mantém os seus fieis. O futuro não lhe é nada favorável, irá perder adeptos fruto de ser uma instituição demagoga pelo seu currículo sanguinário, corrupto e controverso.”
Antes de avançar tenho que lhe dizer que não sou católico, nem crente.
Se Igreja Católica até um passado recente foi isso tudo, concordo.
Se na Igreja Católica ainda há muitos defensores do seu “passado” que consideram heroico, certamente que ainda há muitos.
Que a Igreja Católica se aliou, ou muitas vezes acobertou,a Governos e regimes que cometeram
crimes contra a dignidade humana, é verdade.
Que muitos Estados se aproveitaram do “Poder da Igreja”, para submeter os seus povos, é verdade.
Que a Igreja Católica se imiscuiu nos assuntos de Estado,(ao arrepio do que Cristo, segundo eles ensinou – ” a César o que é de César a Deus o que é de Deus – que não lhe diziam respeito, para ajudar a derrubar Governos com que discordava ideologicamente, é verdade.
Que a Igreja Católica tem defendido princípios morais do “velho testamento” e menos a mensagem que a própria Igreja Católica diz que Cristo nos deixou “Amai-vos uns aos outros”, mas que na sua prática ao longo dos séculos não tem seguido, é verdade.
Que houve momentos no passado em que alguns Católicos criticaram o Luxo, o Poder Temporal da Igreja, e o seu Desprezo pelos mais pobres, pelos diferentes, …, isso também é verdade.
Que já no século XX houve Papas que tentaram mudar o rumo da Igreja e integrá-la nas mudanças sociais, também é verdade.
Que ainda hoje nos Corredores do Vaticano há Cardeais que consideram o Vaticano II como obra do Anticristo, é verdade.
Que João XXIII tentou mudar renovar a prática da Igreja Católica e que Francisco está a tentar fundamentar a prática da Igreja mais no Evangelho – Não vim para salvar os que acreditam, mas para me aproximar dos outros – ´penso que também é verdade.
Não se intitula de Sumo Pontífice, mas tão somente Bispo de Roma.
Não vive no Palácio/Corte dos Papas Cesaristas.
Sai para a rua para se inteirar dos problemas dos fiéis da sua diocese.
Aproxima-se dos crentes de todas as religiões, Judaica, Muçulmana, e todas as outras. Não as tolera, porque não está convencido da superioridade da Igreja Católica sobre as outras, mas respeita-as como iguais.
Que tem aberto as Portas da Igreja aos que até ao seu mandato como Bispo de Roma estavam afastados, aceitando que divorciados estejam “em comunhão” com os restantes Católicos.
Que tem dito que Deus é Amor e como Amor a Igreja Católica não pode excluir nenhum ser humano, seja qual for a sua condição tem de ser acolhido.
Ao afirmar que a acumulação da riqueza por Nações e indivíduos, é uma “grave ofensa”, não a Deus, ou não somente a Deus, mas à dignidade de toda a Humanidade
Toda estes passos doutrinais de aproximação da Igreja ao Humano com os seus problemas, com as suas dificuldades, com os seus desesperos, com as suas condições levam a que muitos tradicionalistas lhe rezem pela alma, estando ainda ele vivo.
Estou convencido que Francisco, Bispo de Roma, o Papa, não dá passos mais ousados, porque não sendo o Vaticano uma Democracia, mas um estado Teocrático, talvez Francisco tenha menos poder no seu Estado, que um presidente ou um primeiro ministro de um estado parlamentarista e com uma democracia liberal.
Espero para bem de todos, e não só dos Católicos, que o próximo Bispo de Roma continue a desmontar uma Igreja exclusivista e a seguir no caminho da inclusividade de todos.
Talvez então, a “homossexualidade” não só deixe de ser crime, mas também deixe de ser Pecado.
Se o próximo Bispo de Roma for um tradicionalista, como por exemplo um João Paulo II, recuaremos não os anos deste Papa, mas muito mais atrás.
Tenhamos esperança.
Zé Onofre
Anónimo
O Papa que pense o que quiser. Eu cá pecarei de consciência tranquila.