De 20 a 22 de Junho, alguns trabalhadores e trabalhadoras da EGEAC irão protestar em Lisboa contra o que classificam como o branqueamento do genocídio na Palestina, denunciando o uso da cultura para ocultar violência. As acções ocorrerão em vários equipamentos da empresa municipal, incluindo o Cinema São Jorge e Capitólio espaços onde decorre o EuroPride. Trabalhadores do Teatro São Luiz também integram este protesto.
O movimento retoma críticas feitas há um ano, quando mais de uma centena de funcionários assinou um manifesto pedindo à EGEAC uma posição clara sobre a situação na Palestina — apelo que continua sem resposta. Um dos episódios citados é a cedência do Cinema São Jorge para a celebração do aniversário da criação do Estado de Israel, evento que os trabalhadores associam à Nakba palestiniana, marcada por milhares de mortes e deslocamentos forçados.
A participação da EGEAC no EuroPride 2025 também é alvo de crítica. Segundo os trabalhadores, o evento está associado a práticas de pinkwashing, ao usar a causa LGBTQIA+ para encobrir crimes cometidos por Israel. A nomeação para o evento de Diogo Vieira da Silva, ex-chefe de imprensa da embaixada israelita, como comissário municipal do EuroPride mesmo que não tenha sido concretizada, é vista como um gesto político contraditório com os valores defendidos por estes trabalhadores.
A mobilização também menciona a normalização da violência em Portugal, citando o recente ataque ao trabalhador da cultura Adérito Lopes por elementos da extrema-direita.
Sob o lema “Cultura é resistência – Genocídio não é cultura”, os trabalhadores convocam a sociedade civil a juntar-se às três acções públicas anunciadas:
20 de Junho (sexta) – Cinema São Jorge – 18h
21 de Junho (sábado) – Capitólio – 18h
22 de Junho (domingo) – Teatro São Luiz – 17h