No Dia Internacional Contra a Homofobia e Transfobia ouviram-se na Escola Secundária de Pedro Nunes, em Lisboa, histórias dramáticas e reais sobre bullying. A secretária de Estado dos Assuntos Parlamentares e da Igualdade, Teresa Morais, recordou o caso de um rapaz de 13 anos que ligou “repetidas vezes para a linha do provedor da Justiça e pedia para ser institucionalizado porque era vítima na escola e porque, em casa, também não tinha apoio da família. Foi a primeira vez que uma criança pediu para ser institucionalizada”, lembrou, citada pela TVI24. Teresa Morais foi uma das participantes da conferência “O bullying enquanto manifestação de homofobia no meio escolar”, que decorreu na escola.
O psiquiatra Daniel Sampaio contou a história de um aluno que numa aula decidiu cruzar a perna e ouviu do fundo da sala um colega gritar: “Descruza as pernas, ó bichona”. “Ninguém disse nada. Nem os colegas nem o professor condenaram a atitude”, lamentou Daniel Sampaio, citado pela TVI24, acrescentando que normalmente “as testemunhas não intervêm porque têm medo de ser vítimas dos agressores, que desempenham um papel importante no grupo”.
André Tenente, aluno do 12º ano, relatou uma experiência pessoal: “O problema está na escola, nos professores e na direção das escolas que às vezes sabem o que se passa mas não fazem nada. Eu fui vítima de bullying”.
Também foi recordado que quatro em cada dez jovens homossexuais, bissexuais ou com dúvidas quanto à sua orientação sexual são vítimas de bullying homofóbico nas escolas portuguesas, de acordo com um estudo do ISCTE/rede ex aequo. “Quarenta por cento dos jovens entre os 12 e os 20 anos que eram homossexuais, bissexuais e que ainda não tinham bem definida a sua orientação sexual disseram ter sido vítimas de bullying homofóbico”, disse Susana Carvalhosa, a propósito da principal conclusão do trabalho. A mesma pesquisa refere que 85 por cento dos jovens dizem já ter ouvido comentários homofóbicos na sua escola. Menos de um sexto das situações culmina com algum tipo de repreensão à pessoa agressora.
André Tenente, aluno do 12º ano, relatou uma experiência pessoal: “O problema está na escola, nos professores e na direção das escolas que às vezes sabem o que se passa mas não fazem nada. Eu fui vítima de bullying”.
Também foi recordado que quatro em cada dez jovens homossexuais, bissexuais ou com dúvidas quanto à sua orientação sexual são vítimas de bullying homofóbico nas escolas portuguesas, de acordo com um estudo do ISCTE/rede ex aequo. “Quarenta por cento dos jovens entre os 12 e os 20 anos que eram homossexuais, bissexuais e que ainda não tinham bem definida a sua orientação sexual disseram ter sido vítimas de bullying homofóbico”, disse Susana Carvalhosa, a propósito da principal conclusão do trabalho. A mesma pesquisa refere que 85 por cento dos jovens dizem já ter ouvido comentários homofóbicos na sua escola. Menos de um sexto das situações culmina com algum tipo de repreensão à pessoa agressora.
3 Comentários
Nuno
Estes estudos estão desactualizados, pois não são só vitimas de bullying ou ciberbullying os jovens dos 12 aos 20 anos! Actualmente sou alvo de cyberbullying, mas como não sou jovem já não interessa as autoridades! Solicitei um advogado para resolver a situação mas o mesmo mandou-me 2 mails a dizer que não vai resolver nada, da policia disseram para denunciar o meu perfil nas redes sociais correspondentes para o caso não ir para a frente! O pior no meio disto tudo é que sei quem faz estas acusações graves com a criação de perfis falsos contra mim e essas pessoas não podem ficar impunes. As autoridades portuguesas não fazem nada, mas depois vemos os policias e magistrados a fazerem coisas nojentas como eu ja vi! um policia e um conhecido magistrada em zonas diferentes cada qual de pe fora do carro e alguem ajoelhado, mas a rezar nao estavam de certeza!
Quando sao pessoas comuns não fazem nada agora quando é alguem com algum poder até aparecem nas televisoes a defenderem!!!
Por amor da santa, mas todos temos direitos iguais, não são so jovens bem como adultos!
por vezes e como me aconteceu a mim sao pessoas da comunidade LGBT, a tentarem me envergonhar pela orientação que escolhi, mas por infelicidade deles ou como costumo dizer, a inveja deles é o meu sucesso e e orgulho-me imenso de ser como sou!
Temos que denunciar sempre! Afinal estamos num pais onde temos direitos iguais independentemente da nossa orientação!
Freddie
«a tentarem me envergonhar pela orientação que escolhi» Desde quando é que alguém escolhe a sua própria orientação sexual?! Tanto quanto sei, ninguém escolhe o que já nasce e se desenvolve connosco. Ninguém escolhe ser discriminado pela sua própria identidade sexual; pois se pudéssemos nasceríamos todos heterossexuais e cisgéneros… Eu pelo menos sei que não escolhi ser gay.
cristina
para muitas pessoas, ainda hoje, infelizmente, acreditam que a homossexualidade é opção. É como se gostássemos de ser diferentes e porque não ter uma orientação que dizem ser “contra natura” no entanto acredito que se todos falássemos abertamente sobre a sexualidade, sem tabus a homofobia deixaria de existir. Na Califórnia existe um movimento que acho interessante “Visibility Matters” importa a visibilidade porquê? porque todos temos um ou dois amigos gays ou nós somos esse amigo gay e devemos ser exemplo dentro do que somos e como agimos. Eu tinha um amigo homofóbico que hoje em dia passa horas a falar comigo e com a minha namorada sem ter as piadas que tinha no inicio. Não foi fácil nem para ele nem para nós, engolimos alguns sapos e hoje ele diz que se todas fossem como nós ele aceitava melhor, vamos acreditar que mostrando que afinal amamos e não é só uma questão sexual as pessoas mudam e até nós conseguimos ser mais tolerantes e pacientes com os homofóbicos.