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“Onde há amor, há heróis”: O vídeo da ILGA Portugal em prol da parentalidade

Uma escola, um filho, um pai, um quotidiano como tantos outros. O desafio em formato vídeo foi lançado por Cátia Domigues e por uma equipa de jovens cinéfilos que quiseram “fazer uma curta publicitária em torno de questões LGBT para o festival de curtas em Nova Iorque”, refere Isabel Advirta, vice-presidente da associação ILGA Portugal.

O resultado que retrata esta família arco-íris (mais sobre o conceito aqui), foi agora conhecido e já está a circular na internet (vídeo infra) desde esta quinta-feira.

Ao dezanove.pt a argumentista Cátia Domingues explica que “o tema do LGBT era uma coisa que, à partida, nos interessou e a escolha pela questão específica de travestismo foi simplesmente por não ser tão falada, não é tão perspectivada como se calhar algumas outras. Quisemos preencher esse espaço que ainda havia através de um ângulo mais impactante e ao mesmo tempo inocente.  A ideia de todo o vídeo ser do ponto de vista de uma criança de 7 anos, cujo imaginário a leva a pensar que o pai é um super-herói como os dos filmes e bandas desenhadas, veio consequentemente.” A jovem argumentista remata “com este projecto nascido da proactividade queremos, mesmo, é que se abordem os novos conceitos familiares para que se promova a empatia com a comunidade.”

Co-relacionado com o enredo do vídeo encontra-se o reconhecimento legal da adopção por ambos os membros de casais do mesmo sexo e cuja discussão regressará ao Parlamento durante o mês de Setembro. Actualmente está a decorrer uma petição online dirigida ao Primeiro-Ministro Pedro Passos Coelho sobre o tema.

Paulo Monteiro
 

3 Comentários

  • Paulo Cunha

    Pois, pode não ser a mais falada mas tinham de utilizar o maior clichê? Nada contra o travesti mas tinham de mais uma vez ir pelo óbvio? Assim reforça-se o estereótipo, senhores!

  • fernando

    Gostei muito do vídeo, no entanto, para ter impacto político e na mudança de mentalidades (como o vídeo realizado no UK acerca do casamento!), penso que a opção do travestismo n foi das melhores. Pq n um video com dois pais ou duas mães com profissões mais “normais”? Dessa forma, atrairíamos mais gente para a “nossa causa”.

  • Sergio

    Eu gostei do vídeo. Tambem acho que deviam haver mais clips deste género com dois pais ou duas mães, sem necessariamente incluir o travestismo. Mas neste caso a ideia base da estória é o facto de o miúdo ver o pai a “disfarçar-se para salvar o mundo” por isso encaixou na perfeição.
    Por isso, apoio a criação de vídeos com os outros tipos de “famílias arco-íris” mas dou os parabéns aos criadores deste. 😉
    Sérgio