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O português que está a ajudar a quebrar preconceitos no mundo financeiro

O português António Simões, presidente do banco HSBC no Reino Unido, ocupa o primeiro lugar de uma lista dos 50 líderes homossexuais de negócios e empresas que se assumiram e que podem ser considerados bons modelos para a sociedade. A lista foi publicada pelo jornal Financial Times, após uma selecção da responsabilidade da associação de executivos LGBT OUTstanding in Business

 

“Sempre vivi num ambiente com muito apoio dos amigos e da família. Quando comecei a trabalhar, o ambiente não era tão inclusivo como é hoje”, disse António Simões ao jornal Público, referindo que nunca se deparou com qualquer tipo de discriminação. Após selecção, os responsáveis tinham de dar autorização para constar na lista.

Com 38 anos, António Simões é casado e, a nível profissional é ainda responsável para a Europa pela área de retalho e gestão de fortunas do HSBC. É também membro fundador do Conselho da Diáspora Portuguesa, associação apoiada pelo Presidente da República, Cavaco Silva. Na lista das 50 personalidades surgem profissionais de empresas como Société Générale, BP, American Express e IBM.

 

7 Comentários

  • F

    Corajoso da parte dele assumir-se desta forma como um exemplo! Tomara que mais pessoas da comunidade LGBT seguissem o seu exemplo

  • Pedro Dias

    Mas nem sempre foi assim.
    Há 27 anos fui convidado a sair da empresa suíça CIBA GEiGY , hoje NOVARTIS , por ter sido visto no TRUMPS , considerado local impróprio para Quadros Superiores do Grupo.

  • PP

    Pedro,

    e essa pessoa que te viu lá, era homofóbica?

    Que eu saiba, homofóbicos não vão ao Trumps! 😀

  • joao

    Há 27 anos as coisas eram bem diferentes. Ainda poderia acontecer hoje. e acontece….. mas acho que seria bem menos provável.

  • Pedro Dias

    “Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades”.
    E ainda bem que é assim.
    Por isso muito me honra ter sido sócio fundador da Associação “TUDO VAI MELHORAR”.
    Comigo há precisamente 30 anos,passou-se o contrário, do reportado relativamente a António Simões.
    Depois de ter feito um “turnaround” considerado quase impossível e ter dado milhões a ganhar à empresa multinacional onde trabalhava.
    Pagaram-me, felizmente muito bem, para sair de uma multinacional, da qual era Director Geral em Lisboa, quando descobriram que eu frequentava o TRUMPS.
    E não era uma multinacional qualquer já na altura.
    Hoje está integrada na NOVARTIS, com sede em Basileia, um dos maiores Grupos Farmacêuticos do Mundo, onde tenho a certeza absoluta prevalecem os mesmos critérios, e onde António Simões, Pedro Dias, e quaisquer homossexuais assumidos, jamais passarão de chefes de secção, havendo naturalmente muitos Quadros Superiores que o são, mas escondidos atrás de casamentos ou divórcios heterossexuais.
    Hoje temos homossexuais no Governo e nas Autarquias, aos mais elevados níveis, mas ousam dizer ou mostrar que o são? Ousam sair com os seus companheiros? Ousam casar? Claro que não, seria o fim das suas carreiras políticas.
    Enquanto não é público e notório, até é aceitável.
    Quando se torna público e notório é uma afronta, uma provocação aos valores sociais.
    Vá lá perceber-se!