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Diogo Infante: “A lei só me reconhece a mim, mas o nosso filho não tem dúvidas”

Numa altura em que a adopção de crianças por casais do mesmo sexo volta a estar em cima da mesa, o jornal Observador aborda o tema num extenso artigo da autoria de Bruno Horta.

No artigo intitulado “E se os homossexuais pudessem adoptar”, o actor faz, pela primeira vez, declarações públicas sobre o tema depois de se ter casado em Outubro de 2013. Ao Observador, Diogo Infante revela que ele e o marido têm “uma dinâmica familiar em que ambos assumimos o papel de pais, a lei só me reconhece a mim, mas o nosso filho não tem dúvidas”.

Recorde-se que a adopção da criança ocorreu em 2011, isto é, previamente ao casamento do actor com o agente Rui Calapez, com quem já vivia. Na altura que tornou a adopção do filho pública, o actor ainda solteiro declarou: “Quero que seja público e com dignidade. Adoptei uma criança. Tive um filho. Tenho um filho” […] “Tem sido uma dávida maravilhosa exercer a paternidade na sua plenitude com tudo o que isso pressupõe e, por outro, tem sido o redefinir das prioridades”. Na mesma entrevista referia: “Não consigo expressar sem me emocionar o quanto ele me dá a mais do que eu lhe dou. Todos os pais dizem isto, eu sei, mas é preciso vivê-lo para o sentir na pele. Sinto-me muito abençoado”.

Ironicamente, se Diogo Infante, agora casado, quisesse adoptar uma segunda criança não podia.  

2 Comentários

  • Isabel Prates

    É sempre um prazer enorme ler uma entrevista ou declaração de alguém que é tão conhecido pela sua profissão e idoneidade como pelo respeito que impõe na sociedade pela sua postura íntegra e discreta.
    O actor Diogo Infante é uma dessas cada vez mais raras criaturas e nutro por ela toda a admiração – quer a nível profissional quer pessoal.
    Igualmente importante é que pessoas como ele, respeitadas e admiradas por tantos, tenham a coragem de comentar em público a sua vida privada por forma a partilhar a sua experiência e a alegria de uma vida familiar normal e bem resolvida. Para ele um grande bem haja pela clareza e simplicidade das suas afirmações. Porque ser parte de um casal e ser pai é isso mesmo: algo de normal, independentemente do género dos cônjuges envolvidos. Triste é saber que se fosse hoje, por ser casado com o homem que ama, já não poderia dar o amor e o lar estável à criança a que chama filho…Portugal, no seu melhor…

  • Pedro

    Não é Versace que else agora não possa adoptar a lei permite que else o faça sozinho.não o podem fazer é como casal