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Happn, a app que veio juntar o melhor do Grindr e do Tinder

“Porque motivo vamos a websites de encontros quando, na vida real, encontramos tanta gente todos os dias?”

Foi com base nesta observação que Fabien Cohen, Didier Rappaport e Antony Cohen decidiram criar uma app para telemóvel que nos dá um super-poder: voltar a encontrar a pessoa com quem nos cruzámos na rua e, eventualmente, entrar em contacto com ela. Foi assim que nasceu em Janeiro de 2014 em Paris a Happn, seduzindo rapidamente milhares de utilizadores.

A Happn é uma espécie de mistura de Grindr com Tinder (melhorados), pois tem algumas das funcionalidades daquelas apps, mas com um conceito inovador: identificar e (tentar) contactar as pessoas com quem nos cruzamos na vida real

 

Como funciona?

A app é gratuita, instala-se a partir das lojas comuns (App Store, Google Play ou Windows Phone Store), é bastante simples e intuitiva. O registo faz-se utilizando o perfil do Facebook, partilhando os respectivos dados e fotos. A utilização é ainda mais simples: basta definir o nosso género e qual(is) o(s) género(s) em que estamos interessados.

À medida que o utilizador se vai cruzando na rua com outros utilizadores da app, os seus perfis vão surgindo na app, com a indicação de quando e onde se cruzaram, permitindo escolher se agrada (com “<3”) ou não (com “X”). Se o interesse for mútuo, temos um “match”, o que permite entrar em contacto com o outro utilizador através de mensagem privada.

Existe ainda a possibilidade de enviar um “Charme” (pago para os homens) a quem ainda não se tenha apercebido de que se cruzou connosco ou eventualmente nos tenha marcado com um “X”, funcionando como um incentivo a reconsiderar.

 

Hugo Melo

22 Comentários

  • Miguel R

    Não se se será tanto um “melhor de ambos” quanto um “pior de ambos”. Na teoria é muito bonito e romantico, encontrar alguém aleatoriamente na rua e forjar uma relação, mas na vida real dá muito mais azo a rejeições em direto e perseguições indesejadas nalguns casos, porque há sempre aquela pessoa que não sabe ouvir um “não”

  • Filipe

    Concordo.

    O futuro não passa pelas redes sociais. Passa por as pessoas assumirem-se e conhecerem os seus parceiros na escola, faculdade, local de trabalho, com amigos em comum, como fazem a larga maioria dos heterossexuais. Em Portugal ainda estamos muito longe dessa realidade mas a pouco e pouco as coisas vão melhorar.

  • Anónimo

    As pessoas indesejadas que não sabem ouvir um “não” tanto podem ser pessoas que acabámos de conhecer como supostos amigos de longa data ou às vezes até mesmo familiares.

  • Anónimo

    Para as pessoas poderem assumir-se convém que lhes seja dada a segurança para tal. E em muitos sítios, especialmente em Portugal, não há condições para uma pessoa se assumir sem sofrer fortes repercussões. Daí as redes sociais serem o método preferido para encontrar alguém com quem ter uma relação.

  • Anónimo

    A mudança de mentalidades é importante mas, mesmo com mudança de mentalidades há que ter em conta a demografia: a percentagem de pessoas LGBT é bastante reduzida. Mesmo que a aceitação seja maior como em Espanha ou na Holanda, continua a ser difícil conhecer outras pessoas LGBT de quem gostemos (pois o facto de ser LGBT por si só é insuficiente, do mesmo modo que gostamos de conviver com algumas pessoas hetero mas não gostamos conviver com todas as pessoas hetero).

  • Filipe

    O Porto, por exemplo, tem um milhão e meio de habitantes na área metropolitana. São portanto potencialmente 50 a 100 mil LGBTs. Não é pouco. Contudo, na noite vejo sempre as mesmas caras. Ao longo dos anos conheci dezenas de histórias de vida de pessoas no armário na cidade. O que vi foi um medo por vezes irracional da família. No norte muitas famílias são excessivamente controladoras, não é só com os gays. Querem mandar em tudo, e muitas mães e avós são possessivas, abafam e obrigam os jovens a uma vida que não querem. A terem uma profissão que não querem, a estarem com quem não querem. Os jovens rebaixam-se porque não têm para onde ir, o desemprego é alto, não têm como pagar os estudos, os salários são baixos. É esta a realidade que vi ao longo de anos. Mas tenho alguma esperança e digo que com o tempo vai mudar porque começo a ver algumas pessoas a libertarem-se. E estão a fazê-lo depois dos 30, depois de terem uma vida económica e profissional estável. Ainda há um longo caminho a percorrer mas espero pelo dia em quem um jovem de 18 anos não tenha medo de ir a um bar gay na cidade ou de meter conversa com um rapaz que acha que é gay numa disco qualquer. E acrescento outro ponto: há um enorme preconceito contra a noite gay no Porto, dentro da cabeça de muitos gays, que não realidade só existe porque não se aceitam. Já ouvi muitos comentários abomináveis contra a noite gay e contra quem frequenta a noite gay vindos da boca de homossexuais. O problema portanto não está no facto de sermos uma reduzida percentagem.

  • João Delgado

    Eu posso ser da zona de Lisboa e não ser do Porto mas partilho a mesma linha de pensamento do Felipe

    Ainda existe uma grande parte dos gays que ainda vivem muito no armário e que muitas das vezes usam estas aplicações como forma de poder terem contacto com outros gays sem se assumirem.
    Eu estudei numa faculdade em Lisboa que estava muito no armário, onde a homossexualidade era constantemente usada como um insulto, inclusiver a propia praxe era homofóbica com em que tinha cânticos em que a homossexualidade era usada como insulto.
    Cheguei inclusiver a falar com pessoal que só podia falar comigo pelo face ,através de um perfil criado so para o efeito de falar com gays, mas não podia falar cara a cara comigo la dentro para não ser descobertos.
    Alem de que algumas das mentalidades, mesmo de alguns gays, é que os gays podiam exitir mas que não podiam dar nas vista, e foi “engraçado” ter encontrado no manhunt um perfil de um rapaz que na faculdade me criticava nas costas por eu “ser muito assumido e dar muito nas vistas”

    Cá em Lisboa acho que o preconceito contra a noite gay já não é assim tão elevado, apesar de ainda existir, mais nas cidades e terras das redondezas esse preconceito ainda exite.
    Lisboa pode ser uma cidade mais livre, mas ainda acho que esta é um bocado conservadora e mesmo os gays ainda são um bocado conservadores, ainda existem muitos armários e ainda se houve muito a historia de se querer ser “um gay discreto e só gostar de gays discretos” e de criticar e julgar negativamente os outros que dão mais nas vista e são mais assumidos

    A minha família também tentou sempre controlar a tinha homossexualidade e condenar-me ao armário, eu que sempre me impôs e sempre lutei contra isso, mas tentam sempre apagar esta minha características

    As redes sociais não “são boas nem mas” mas são aquilo de que fazemos delas e do que procuramos delas.
    Tem as suas potencialidade para proporcionar o que cada pessoa pretende desta, mas também tem os seus riscos. A que saber usar estas, ter os devidos cuidados e bom senso e,levar as coisas com calam, não criar grande expectativas para não termos grande desilusões, e saber muito em aquilo que se quer e não ter medo de o dizer nem de perguntar o que a outra pessoa procura de forma a não nos magoarmos nem não magoarmos ninguém , e não vamos estar a julgar as pessoas só porque estas fazes o querem aquilo

  • Filipe

    «Eu estudei numa faculdade em Lisboa que estava muito no armário, onde a homossexualidade era constantemente usada como um insulto, inclusiver a propia praxe era homofóbica com em que tinha cânticos em que a homossexualidade era usada como insulto.
    Cheguei inclusiver a falar com pessoal que só podia falar comigo pelo face ,através de um perfil criado so para o efeito de falar com gays, mas não podia falar cara a cara comigo la dentro para não ser descobertos.
    Alem de que algumas das mentalidades, mesmo de alguns gays, é que os gays podiam exitir mas que não podiam dar nas vista, e foi “engraçado” ter encontrado no manhunt um perfil de um rapaz que na faculdade me criticava nas costas por eu “ser muito assumido e dar muito nas vistas”»

    Eu também estudei numa faculdade com essa praxe, com professores Opus Dei homofóbicos, por vezes e curiosamente a maior homofobia vinha das raparigas na praxe e não dos rapazes (!), mas curiosamente dizia-se no «mundo gay» que o meu curso era dos que tinha mais gays na cidade, eu achava mentira, só com o tempo percebi… mas entretanto mudou um pouco e sei que agora já há alguns alunos assumidos entre os colegas, a associação académica já fez uma ou outra actividade de sensibilização LGBT e sei que dois alunos já fizeram dois estudos sobre homossexualidade. Portanto em 10 anos muito mudou e é isso que me dá alguma esperança. Quando estudei não havia uma única pessoa assumida, mas basta haver uma para fazer toda a diferença. Pelos vistos em Lisboa também há os mesmos problemas, mas no Norte a dimensão é outra, e todos os jovens são afectados, embora os LGBT sofram mais.

  • João Delgado

    Apesar de eu achar que Lisboa pode ser a melhor cidade em termos de abertura para os lgbts, esta não é nenhum paraiso como muita gente quer fazer pensar, ainda existe muita coisa a melhorar.
    Em Lisboa existe um grande vantagem de haver espaços direccionados o que são abertos a população LGBT, agora Lisboa não pode ser só vista neste aspecto, porque na vida do dia a dia ainda existe homofobia e ainda existe armários, muita gente só é assumida e só é livre nesses espaço direccionados ou abertos. As coisas felizmente tem estado a melhorar, mas ainda existe muito trabalho a fazer nesse aspecto, eu sai da minha faculdade a um ano e meio e quando sai, o ambiente ainda era muito fechado e ainda estava tudo muito no armario.

    E depois temos de ver quer Portugal não é só Lisboa nem o Porto, exite uma grande quantidade de LGBT que vivem longe e que não tem acesso alugares onde possam ter assesso a lugar e agrupos onde possam estar a vontade, a exiitem muitas localidade em Portugal onde ainda é extrementente complicado assumir-se como LGBT e onde é dificl encontar e conhecer LGBT ai na rua ou no cafe de forma “mais natural” pelo que ainda exitem uma grande solidão e isolamento nesse especto.
    Estas rede sociais pode ser um forma de tentar diminuir essa solidão e esse isolamento, é preciso é saber usa-las, não acho que faça sentido esse grande preconceito contra estas redes social e eu propio ja conheci e falei com pessoas nessas redes sociais que eu gostei de as ter conhecido

    E um promenor, não é só os gays que usam redes sócias, os hetrossexuais também as usas para os mesmo fins, simplesmente isso já conciderado socialmente normal e natural

  • Miguel R

    Falando diretamente do Algarve aka desterro gay, onde não há praticamente cultura LGBT, é claro que há sitios onde é mais fácil ser-se gay – e mais difícil se olharmos para a rússia ou para a índia.
    acho que a maior diferença entre os gays e os heteros relativamente a apps, é o propósito com que é utilizado. as pessoas hetero que conheço que usam o tinder não o usam para… dar umas? e por muito romanticos que sejamos, sendo realistas uma grande percentagem de ultilizadores de grindrs hornets ou outros que tais vão usar as apps maioritariamente com esse intuito. principalmente pelos pontos aqui referidos pelo Filipe e pelo João. a facilidade de falar atrás das apps é muito maior. encoraja se o contacto sexual meio ás escondidas – os tão comuns “discretos – porque é mais fácil de gerir do que tentar qualquer coisa ás claras. E embora como digo acima haja sitios mais amigáveis para se viver enquanto homossexual, enquanto nós próprios não deixamos de usar as apps como escudos e máscaras, nunca vamos passar da cepa torta. seja esta app ou qualquer outra que apareça no futuro, enquanto as pessoas e os pontos de vista não mudam, nada muda.

  • Anónimo

    “enquanto nós próprios não deixamos de usar as apps como escudos e máscaras, nunca vamos passar da cepa torta”
    Deixamos de usar as apps e corremos o risco de sofrer agressões físicas e psicológicas por sermos quem somos? Não é por haver países mais homofóbicos que automaticamente deixa de existir homofobia em Portugal. Se se sentem confortáveis para sair do armário, acho isso excelente. Mas não assumam que todas as pessoas LGBT estão na mesma situação.

  • Filipe

    Ontem reallity show português uma concorrente (Bernardina) perguntou a um rapaz que lá está «se gostava mais de ir ou de levar» e ele respondeu «as duas». Tudo num clima de grande naturalidade. Esse rapaz, ao que parece, é gay ou bi assumido e já é a segunda ou terceira vez que participa neste programa. A única vez que recebeu comentários homofóbicos estes vieram de uma concorrente romena que mais tarde colocou nas redes sociais declarações algo homofóbicas. Como se sabe a Europa de Leste ainda tem uma mentalidade muita atrasada em termos de direitos LGBT.

    O que pretendo com este testamento é dizer que muita coisa já mudou nos últimos 15 anos. Já começa a não haver medo da exposição pública e são estes pioneiros que vão ajudar a mudar as mentalidades. Há 15 anos seria impensável uma conversa destas com a maior das naturalidades na TV portuguesa.

  • Filipe

    O que vi ao longo dos anos foi um enorme medo da família e dos amigos. Um medo irracional, patológico. Acho que somos um país de egodistónicos, mas a egodistonia é uma doença psiquiátrica…

    Portugal é um país onde abundam as mães castradoras e as famílias possessivas. Há muito medo incutido e muitas redes de dependência criadas. Obviamente sair do armário é mais fácil em sociedades mais livres, não só em termos políticos, mas em termos sociais. Em sociedades onde seja fácil ganhar a independência financeira, onde seja fácil estudar sem depender da família, onde as famílias aceitem bem a independência dos jovens e não tentem impor opções de vida com chantagens emocionais (o filho do arquitecto que tem de ser arquitecto, o bom aluno que tem de ser médico, o rapaz que chega aos 30 e é pressionado para ter namorada e ter filhos).

    José Gil, esse grande filósofo, fala muito deste medo doentio que permanece na nossa sociedade. É o medo do ridículo que impede as pessoas de se expressarem como são. É o medo de se dizer o que se pensa. É o medo de expressar uma opinião. É o medo de fazer ou dizer algo que possa «ficar mal». É o medo de dizer não à família. É o medo de dizer aos pais que somos adultos e não têm o direito de se intrometer na nossa vida privada. É o medo de perder «amigos» que partem quando assumimos a nossa orientação. É o medo de enfrentar a mãe, mais que o pai. Medo, medo, medo. E mentira. A mentira que surge como resposta ao medo e leva a um jogo de identidades falsas para esconder a identidade sexual.

    Tudo isto é doentio. Àqueles que lerem isto, digo-vos: vão olhar para trás quando chegarem a uma certa idade e vão perceber que viveram uma mentira. E foram infelizes, perderam a juventude. Desnecessariamente. Isto não é um apelo que para comecem uma vida «louca» de boémia gay (a promiscuidade é mais comum em sociedades homofóbicas…). Apenas para que resolvem a vossa mente. Apenas isso. Curem o que está dentro da vossa cabeça, quebrem as amarras, passem a gostar de vocês. E oponham a coragem ao medo.

  • Mud

    É verdade, tudo isso é doentio mas igual problema é a exposição que os media oferecem a Carlos Costa’s e que confundem a sociedade, dando sinais completamente errados de que somos todos iguais à amostra. Em Dezembro, estive uns dias no Porto e perguntei no hotel se havia discotecas gay abertas a meio da semana e a resposta foi: – “Acho que shows de travestis só há ao fim de semana ali para o Bonjardim”.

  • Anónimo

    “A única vez que recebeu comentários homofóbicos estes vieram de uma concorrente romena que mais tarde colocou nas redes sociais declarações algo homofóbicas. Como se sabe a Europa de Leste ainda tem uma mentalidade muita atrasada em termos de direitos LGBT.”
    Lá por haver muitos países mais homofóbicos que Portugal, isso não quer dizer que a homofobia não existe em Portugal. E já que fala em redes sociais, desafio-o a ler as caixas de comentários dos jornais portugueses. A maior parte dos comentadores homofóbicos são portugueses.

  • Miguel R

    Sr Anónimo, o que estou a dizer não é para sair toda a gente do armário, e irmos tocar ukeleles e ver musicais.
    Ninguém tem que o fazer, mas tem que concordar comigo que o que disse não deixa de ser verdade. Quantas vezes entrava nessas apps e via perfis de homens casados com mulheres que eram extremamente homofóbicos e pediam o tal do “straight acting”, e que muito provavelmente depois ainda se juntam com outros que tais e participam das tais agressões, porque a proteçao que se oferece aos que não podem sair do armário não é igual á impunidade dos que querem lá ficar e tratar mal as pessoas LGBT que se assumem. O que eu estou a dizer é que se usam as apps não como “forma de conhecer novas pessoas” tanto como “forma de descobrir a próxima queca descartável, porque assim não tenho que gerir uma relação e posso continuar como estou, e depois venho para aqui dizer que as mentalidades em portugal são um atraso e toda a gente é homofóbica”.
    Se funcionar para si, uma vida de esconder-se, atrás de fotos do peito e frases de engate, com medo como se estivesse a fazer algo de errado por exercer a sua sexualidade eu não o julgo, mas acho que ensinar isso aos miudos que com 15/6/7 anos começa a aperceber se hoje em dia que são gays e vão ver o grindr ou o hornet ou o famigerado manhunt, que fazem bem em passar a vida escondidos e com medo, se calhar até com mulher e filhos e um caso ou dois por fora, não é o caminho para a frente.

  • João Delgado

    Excelente comentário

    Também partilho esta tua visão/opinião, concordo e vejo muito do que a aqui foi descrito

    Ainda há muito medo de as pessoas se assumirem aquilo que se são e enfrentar a família, os amigos e a sociedade, não falo só dos LGBT, porque este medo é uma coisas generalizada na nossa sociadade

  • Anónimo

    Eu nunca disse às pessoas para se esconderem. Pelo contrário, acho que elas devem assumir-se. Mas devemos compreender que nem toda a gente tem a oportunidade de o fazer sem sofrer repercussões graves na sua vida. O caso dos homens casados com mulheres que têm vidas duplas e que são homofóbicos, bem como o caso dos políticos que estão no armário em partidos que costumam votar contra os direitos LGBT, é completamente diferente. Estar no armário não é desculpa para se ser homofóbico.

  • Filipe

    O grande problema de uma elevada percentagem de portugueses homo ou bissexuais não está no coming out público.

    Eu não defendo que as pessoas sejam «obrigadas» a dizer à família, amigos, à sociedade, que têm esta ou aquela orientação. Pessoas adultas não devem satisfações a ninguém sobre a sua intimidade. Contudo compreendo que no caso das figuras públicas esta opção tenha um impacto muito positivo e mudem a vida de muita gente para melhor.

    O cerne do problema da população homo portuguesa é este: não se assumem perante si próprios! Têm medo do espelho! Não se aceitam! Rejeitam a sua identidade! Têm por vezes até nojo de si, são masoquistas e há uma espécie de auto-mutilação interna! Depois vivem paranóicos em função da criação de uma máscara hetero. Passam o dia a falar de «gaijas boas», têm vergonha de admitir que gostam de um livro ou de um artista porque pode levar a que alguém «desconfie», arranjam uma relação ou relações com mulheres mais ingénuas e depois até exibem afectos em público à frente dos pares para dar uma de «macho», e muitos são terrivelmente homofóbicos. A alguns dá-lhes para a beatice e metem-se na Igreja como catequistas ou até na Opus Dei.

    Tudo muito doentio, falso, perverso, com muitas mentiras, sofrimento, frustração, solidão, masoquismo, martírio…

    Os espanhóis, que são parecidos connosco em muita coisa, já mudaram há muito…

    Os portugueses são muito parecidos aos italianos e aos gregos…

  • Anónimo

    Absolutamente de acordo.

    Mas diria mais….as aplicações que deveriam contribuir para facilitar conhecer gente mais facilmente, ainda por cima se aproveitam dos Users e….tem a lata de Cobrar para que essa aproximação seja mais fácil e sem estigmas.
    Assim, só fornecendo dados pessoais ( e dando-te a conhecer ou confiar no desconhecido) é que se consegue ….Tentar sair do armário sem medo,