a saber,  opinião

Tchau, querida?

Durante quase seis horas, os deputados federais brasileiros manifestaram-se favoráveis ou contrários à abertura do processo de impeachment da presidenta (assim mesmo, com “a”) Dilma Rousseff.  Passava das 23 horas, horário de Brasília, quando o mínimo de dois terços da câmara (342 parlamentares) optou pelo sim. A partir desse momento, o processo segue para futuras votações no senado, onde também será julgado por aqueles políticos que representam a população brasileira naquela câmara. Do cômputo geral dessa primeira etapa, contudo, para além dos 367 “sim”, dos 137 “não”, das 7 abstenções e das 2 ausências, percebeu-se uma ampla variedade de justificativas para esses votos.

Apesar da discussão (e explanação) das motivações que geraram a protocolação do impeachment, grande parte daqueles que falaram nesta tarde de domingo pareceram apoiar-se em pontos que, para si, soavam mais fulcrais do que os decretos de liberação orçamentária e as ditas pedaladas fiscais (os quais, é importante salientar, são também questionados enquanto fatores legítimos para o afastamento de Dilma). O Brasil é um estado laico. Apesar disso, continuamente, Deus e Cristo foram acionados como base para explicar, mais comumente, o sim. Da mesma maneira, cônjuges, mães e pais, filhas e filhos foram sistematicamente empregados como justificativa para uma opção que, ao menos teoricamente, deveria ser reportada mais à população nacional e menos ao espaço privado do lar. Aquilo que vem se chamando de ideologia de gênero, em alusão à tentativa de levar às escolas uma discussão mais ampla acerca de questões de orientação sexual e de identidade de gênero, foi também mencionado como razão coerente para que se retirasse o Partidos dos Trabalhadores do poder.

Houve quem falasse com saudosismo da ditadura brasileira e, ainda, quem mencionasse, entre sorrisos, um dos militares responsáveis pela tortura infligida à atual presidenta. Nesses dois casos específicos, pai e filho, ambos deputados. Tudo pelo sim. Em contrapartida, o “não” acusou o impeachment de representar um golpe que almejaria, basicamente, à destituição de uma representante democraticamente eleita e ao fim de um projecto político e social que teria se desenvolvido sob as gestões de Lula e Dilma. Os parlamentares aí inseridos mencionaram a população LGBT, os negros, os indígenas, os trabalhadores rurais sem terra e também os trabalhadores urbanos, falaram na defesa da liberdade, dos direitos humanos e que, ao contrário de Dilma, que não contaria com crimes lhe sendo imputados, o mesmo não se poderia dizer de Cunha, deputado e presidente daquela câmara (e, em caso de impeachment, vice presidente do Brasil).

Entre votos e acessórios verdes e amarelos  ou vermelhos, ainda, o que se tornava visível eram as placas com os dizeres “adeus querida” e, como se bem pode observar, o tom misógino da sentença. Coadunando com um discurso que vem sendo acionado pela mídia hegemônica brasileira, e que também serve de inspiração para a mídia internacional (incluindo aí a portuguesa), Dilma vem sendo desacreditada, também, por questões de género. Definida como nervosa, impaciente, brava e, até mesmo, histérica, a presidenta é apontada como incapaz de estar onde está, o que é reiterado na fala de muitos desses parlamentares e em manifestações como as da placa. O que se viu ontem, e que não pode igualmente ser ignorado, portanto, é todo um discurso heteronormativo, e machista, acionado para a desqualificação de tudo aquilo que foge ao que, seguidamente, foi posto como “cidadão de bem” pela fala dos parlamentares. A tarde e a noite de domingo trouxeram um espetáculo lamentável. E a sensação que fica é a decepção. Ainda assim, existe a crença de que dias melhores virão, bem como a de que ainda há muito pelo o que se lutar.

 

Artigo de opinião de Felipe Viero Kolinski Machado, mestre em Ciências da Comunicação e doutorando em Ciências da Comunicação pela Unisinos (Universidade do Vale do Rio dos Sinos, Brasil). Até recentemente viveu em Lisboa, enquanto integrava o Centro em Rede de Investigação em Antropologia (CRIA)

42 Comentários

  • Francisco

    Pensava que este site era de “notícias e cultura LGBTI”, como de resto diz o cabeçalho. Pelo menos é à espera disso que o visito diariamente. Não entendo a publicação de um artigo de opinião sobre uma questão política que nada tem que ver com as questões LGBTI. Ainda que se tenha colado com cuspo o assunto no meio do texto.

    Pelo que percebo o autor do texto tenta colar o avanço dos direitos LGBTI ao PT, implicando uma ameaça para os mesmos com a conquista do poder por outras forças políticas. Quando na verdade quem mais fez por esses avanços no Brasil parecem ter sido as instituições de justiça superiores. (Também em Portugal quando CDS e PSD chegaram ao Governo em 2011 alguns fizeram crer, erradamente, que seria o fim do casamento gay em Portugal).

    A tendência de algumas pessoas LGBTI de pensarem e agirem politicamente apenas com base na questão dos “direitos homossexuais” é francamente embaraçante. Aqueles que cegamente apoiam Clinton, simplesmente porque ela agora se diz grande defensora dos seus direitos, quando na realidade ainda há poucos anos tinha uma posição bem diferente são outro exemplo.

  • Anónimo

    “Aqueles que cegamente apoiam Clinton, simplesmente porque ela agora se diz grande defensora dos seus direitos, quando na realidade ainda há poucos anos tinha uma posição bem diferente são outro exemplo.”
    Nos EUA a quase totalidade da comunidade LGBT apoia Bernie Sanders. Basta ver o autêntico tiro no pé que a associação (L)GGG Human Rights Campaign deu quando resolveu apoiar a candidata de centro-direita Hillary Clinton, tendo inclusive a página no Facebook dessa associação ficado com uma média de 1.4 estrelas (eu próprio tirei o like por causa disso). A porção da comunidade LGBT que apoia Hillary Clinton é reduzida e limita-se praticamente aos defensores do status quo (que sempre são um bocado menos masoquistas que os comentadores de direita que por aqui abundam ocasionalmente).

  • Anónimo

    “Pelo que percebo o autor do texto tenta colar o avanço dos direitos LGBTI ao PT, implicando uma ameaça para os mesmos com a conquista do poder por outras forças políticas. Quando na verdade quem mais fez por esses avanços no Brasil parecem ter sido as instituições de justiça superiores.”
    E se a extrema-direita fizer um golpe de estado no Brasil, de que servem as instituições de justiça superiores? Os 2/3 que derrubaram Dilma são suficientes para derrubar a constituição. Se o PT (equivalente brasileiro do PS) não é perfeito em direitos LGBT (aliás, o único partido assumidamente pró-LGBT no Brasil é o PSOL, o equivalente brasileiro do BE), o que a extrema-direita vai fazer é continuar com o discurso de ódio, vai continuar a prender mulheres que interrompem a gravidez e vai opor-se a qualquer lei que criminalize a homofobia e/ou a transfobia. Fascistas como Bolsonaro deviam estar presos. Se o único defeito deles fosse serem corruptos (o que são, não passando assim de falsos moralistas), o Brasil seria um país muito melhor.

  • Anónimo

    “A tendência de algumas pessoas LGBTI de pensarem e agirem politicamente apenas com base na questão dos “direitos homossexuais” é francamente embaraçante.”
    Exacto, não deveríamos estar de forma alguma preocupados com a nossa própria segurança e com o nosso próprio bem estar.
    Como português apoio o partido que faz mais pelos direitos LGBT, o Bloco de Esquerda.
    Se fosse brasileiro apoiaria o partido que faz mais pelos direitos LGBT, o PSOL.
    Se fosse americano apoiaria o candidato que faz mais pelos direitos LGBT, Bernie Sanders.
    Deal with it.

  • Filipe

    Do ponto de vista económico e financeiro o PT está a ser um desastre mas o que se passou ontem, e eu vi em directo, foi uma enorme palhaçada. Os outros partidos não têm melhores propostas para pôr o país a crescer de forma sustentada e para reduzir a corrupção. Tropicalismos…

  • Anónimo

    “Tropicalismos…”
    Fiquei algo incomodado com a xenofobia inerente neste comentário, como se este tipo de incidentes vergonhosos fossem exclusivos de países tropicais. Não são. Por exemplo, nos EUA neste momento a extrema-direita tem a maioria tanto no congresso como no senado. Em Portugal a direita também revela um nível bastante bastante baixo e até mesmo o centro-esquerda tem pessoas que, em vez de reagirem a críticas de forma construtiva, ameaçam com bofetadas. Aliás, se há algo que todos aqueles fascistas no congresso brasileiro são, é descendentes de colonialistas portugueses. Por isso, não, não são “tropicalismos”. É mesmo coisa de portugueses e seus descendentes.

  • Francisco

    Caro Anónimo,

    Contrariou essa minha frase distorcendo-a e levando-a ao ponto do ridículo. Se eu quiser fazer o mesmo consigo posso dizer que me parece que você votaria em qualquer partido que defendesse os direitos LGBTI mesmo que ele fosse um desastre para o seu país. Se calhar o Anónimo até votaria nalgum partido da extrema-direita desde que ele fosse pró-LGBTI.

    Este é o meu ponto. A vida de uma comunidade, de uma Republica, é muito mais do que os nossos interesses. O interesse comum de uma comunidade não é a soma dos interesses individuais de cada cidadão. Se eu votaria num partido homofóbico? Não. Eu resumo as minhas escolhas políticas à questão dos direitos gay? Não.

    Enquanto as pessoas LGBTI nos países onde os seus direitos já são constitucionalmente garantidos continuarem a considerar-se diferentes dos outros continuarão a ser tratados pelos outros como diferentes.

    Se eu pudesse mudar as coisas, não escolheria ser heterossexual. Estou em plena harmonia com a minha orientação sexual. No entanto eu não deixo que a minha sexualidade me defina como pessoa, que monopolize aquilo que eu sou. Eu, como todos os seres humanos, sou muitas coisas.

    Para terminar, posso lhe dizer que também eu me inclino a votar BE (se este não vier a puxar o tapete ao Governo por uma ninharia e se parar de sugerir idiotices inúteis). Mas se o fizer posso-lhe garantir que será por um vasto conjunto de motivos e não apenas porque são pró LGBTI. E também eu votaria Bernie Sanders com toda a convicção, de novo sem ter os direitos gays como motivo fundamental.

  • Anónimo

    “Enquanto as pessoas LGBTI nos países onde os seus direitos já são constitucionalmente garantidos continuarem a considerar-se diferentes dos outros continuarão a ser tratados pelos outros como diferentes.”
    Olha o victim blaming fresquinho. A culpa não é dos heteros homofóbicos nem nada do género, é mesmo das pessoas LGBT que lutam pelos direitos. E se acha mesmo que as leis resolvem tudo, vá consultar as estatísticas de crimes de ódio em países com leis avançadas como a África do Sul e o Brasil.
    Enfim, pessoas que acham que por leis serem aprovadas a discriminação desaparece por magia…

  • Francisco

    Ah, aquele que se diz ofendido com a xenofobia de outro e responde com xenofobia…

  • Sofro de opressão inversa

    “Ah, aquele que se diz ofendido com a xenofobia de outro e responde com xenofobia…”
    Onde é que está a xenofobia no comentário anterior? Aliás, pela escrita assumo que @ comentador@ anterior tem nacionalidade portuguesa e uma pessoa portuguesa dizer mal de políticos portugueses está um bocado longe de ser xenofobia… Mas isto deve ser complicado de explicar aos trolls ignorantes que por aqui abundam.

  • Filipe

    Caro, o Brasil não está ao nível dos EUA ou de Portugal em termos de transparência , meritocracia, serviços sociais, segurança e criminalidade…

    Nós não somos iguais, somos culturas diferentes, os EUA são uma democracia madura com enormes mobilidade social, quem não gosta do modelo do Texas vai para o Vermont e vice-versa, quem é gay e sente-se mal no interior vai para São Francisco, há espaço para todos, coisa que não sucede no Brasil.

    Portugal apesar de não ser a Holanda ou o Reino Unido tem instituições antigas e com uma solidez que não se encontra na Europa de Leste, muito menos no Brasil.

    Não vale a pena tapar o sol com a peneira. Sim, tropicalismos. Gosto do Brasil e dos brasileiros em geral mas não podemos ignorar os factos que estão em dezenas de relatórios internacionais sobre corrupção, criminalidade, democracia, mobilidade social, liberdade económica, etc. Basta pesquisar no Google.

    Todo aquele espectáculo pareceu-me degradante, aquilo seria impensável na Europa Ocidental ou nos EUA.

    Dar igual oportunidade às pessoas para se revelarem independentemente da sua origem sem tecer opinião preconceituosas é uma coisa, outra bem diferente é considerar que somos todos iguais e os países são todos iguais, misturar isto é perigoso. Não somos, e a América Latina está muito atrasada em relação à Europa e aos EUA.

  • Mariazinha Shane Junos

    Filipe, ainda respondes a estes comentários que nunca comentam os posts…?
    Só anda por aqui para comentar o que os outros comentam e começa sempre com uma frase da vitima entre aspas. Já devias estar vacinado…

  • Anónimo

    “Todo aquele espectáculo pareceu-me degradante, aquilo seria impensável na Europa Ocidental ou nos EUA.”
    Ah sim, nos EUA onde os candidatos literalmente comparam o tamanho dos seus órgãos genitais e dizem aos apoiantes que podem bater em adversários porque eles pagam-lhe os advogados. E na Europa Ocidental onde num certo país há ministros que ameaçam com bofetadas (se bem que essa ameaça era tão concretizável como as da Coreia do Norte). Talvez os europeus e americanos sejam mais discretos, mas não são muito melhores.

  • Anónimo

    “quem não gosta do modelo do Texas vai para o Vermont e vice-versa, quem é gay e sente-se mal no interior vai para São Francisco”
    E quem é que vai pagar as viagens de avião para o Vermont ou para São Francisco? Quem é que lhes vai arranjar um emprego em especial tendo em conta o alto custo de vida nesses locais? É você? Então pare de dizer que tudo se resolve passando a viver noutro sítio. Mesmo quando não há fronteiras continua a haver barreiras económicas.

  • Anónimo

    “Portugal apesar de não ser a Holanda ou o Reino Unido tem instituições antigas”
    A democracia portuguesa (que por acaso até é das mais democráticas do mundo) tem 42 anos. Não é propriamente “antiga”.

  • Filipe

    Nos EUA estão-se genericamente nas tintas para as barreiras económicas, as pessoas frequentemente mudam de vida, de povoação e de Estado sempre que acham que terão uma vida melhor, sendo que uma vida melhor implica melhores perspectivas económicas. Ninguém faz contas a isso da viagem, e ninguém está à espera que o papá Estado pague a sua felicidade com subsídios. Viva e trabalhe um ano nos EUA e depois conte o que viu. Se não gosta do Texas, tente a área de Boston.

  • Filipe

    Os de Esquerda também descendem de colonos portugueses, ou não? Vi muita gente a votar contra a Dilma que tinha pele escura. Serão descendentes de colonos?

  • Filipe

    Você sabe a diferença entre instituições e regime político? Eu não disse que a democracia era antiga. Disse sim que as instituições eram. Sabe quanto anos tem a Universidade de Coimbra, a título de exemplo?

  • Filipe

    Nos EUA não é comum ver-se deputados acusados de corrupção ou com suspeitas de serem corruptos a «cascar» num político com essas suspeitas. Foi isso que aconteceu no Brasil e é isso que é um espectáculo degradante.

    Já agora, não me consta que nas últimas décadas haja casos em países do Ocidente de deputados vaiados numa sessão do Parlamento por terem esta ou aquele orientação.

    Tudo serve para deitar abaixo os «terríveis» países da Europa Ocidental e os EUA onde existem colonos brancos racistas machistas homofóbicos transfóbicos cristãos «fássistas», onde o neo-liberalismo de Bruxelas e de Washington condenou a população à mais atroz miséria, pior que na democrática e progressista Cuba, Venezuela, China ou Coreia do Norte…

  • Anónimo

    “Ninguém faz contas a isso da viagem, e ninguém está à espera que o papá Estado pague a sua felicidade com subsídios.”
    Você acredita mesmo nos disparates que escreve? Ou acha que os EUA se limitam ao nordeste? É que no resto do país há muita gente pobre, presa por “ofensas” como fumar erva ou simplesmente por serem de uma etnia da qual a polícia não gosta. Já para não falar no sistema de saúde americano que é a chacota dos países desenvolvidos e inclusive fica atrás dos sistemas de saúde de alguns países da América Latina e do Médio Oriente. Mas você pelos vistos andou a ver demasiada Fox News, já para não falar de que revela um autêntico desconhecimento da razão para que servem subsídios. Analfabeto político é o que você é!

  • Anónimo

    “Nos EUA não é comum ver-se deputados acusados de corrupção ou com suspeitas de serem corruptos a «cascar» num político com essas suspeitas.”
    Ah pois. Aquela ocasião em 1998 em que os republicanos ficam escandalizados com o que o presidente Bill Clinton fazia na sua vida privada não aconteceu…

  • Anónimo

    “pior que na democrática e progressista Cuba, Venezuela, China ou Coreia do Norte…”
    Que surpresa, tinha que vir o espantalho Filipe. Já para não falar na ignorância atroz ao comparar Cuba e Venezuela com a Coreia do Norte. Senhor espantalho, goste ou não da Venezuela, a Venezuela é uma democracia burguesa em que, ao contrário do Brasil onde o impeachment de Dilma foi decidido pelas famílias dos deputados, a possível saída de Chávez da presidência foi sempre referendada. Ao contrário de um certo país chamado Portugal onde o governo PSD/CDS que estava a atingir níveis baixíssimos de popularidade mantinha o controlo do parlamento e não havia eleições antecipadas para o destituir. Além disso, não consta que na Venezuela um presidente seja eleito sem ser o candidato mais votado, como nos EUA. Por isso você não passa de um analfabeto político. Informe-se mas é!
    E quanto a Cuba, não é por um regime político (que obviamente tem os seus problemas) não ser uma democracia ao estilo das democracias burguesas que passa a ser o pavor que você diz. A Suíça também tem um regime político praticamente único no mundo e não o vejo a dizer que a Suíça é uma ditadura. Informe-se, por favor.

  • Anónimo

    LOL um gajo que já defendeu Salazar a acusar a Venezuela de ser uma ditadura.

  • Filipe

    Onde e quando defendi Salazar? Gajo? Lol

    Se dizer que havia coisas boas no Estado Novo é defender Salazar…

    Então digo e repito: havia e perderam-se. E não me venham a perguntar quais. Investiguem. E o Fernando Dacosta diz o mesmo e é gay e de Esquerda. E o António Saraiva era de Esquerda e dizia o mesmo.

    Vocês não percebem que com essa tentativa de calar quem tenta analisar e pensar as coisas por si só aumentam a aura de mito em torno da personagem. Depois queixem-se no futuro…

  • Filipe

    Um pouco antes disso a Esquerda ficou escandalizada em Portugal por Sá Carneiro aparecer em público com a Snu. Mas isto não interessar recordar.

    Já agora, os seguidores do Chávez praticaram homofobia sobre o Caprile (que é da Direita). E esta hein?

  • Filipe

    Grande chacota, é de lá que saem todas as grandes inovações médicas e farmacêuticas…

  • Santovani Papandreu

    Discussão acéfala entre um Filipe e um Anónimo. Get a room!
    Dezanove: qual o interesse disto? Que as pessoas deixem de cá vir e de se interessar por comentar?

  • Hipocrisia

    Qual é o seu problema com a discussão? Não se pode debater opiniões? Prefiro esta discussão àqueles comentários em que as pessoas se queixam de haver pessoas a comentar ou em que recorrem a discurso de ódio explícito e no entanto o dezanove não mostra problemas em aprovar tais comentários.

  • Anónimo

    http://www.msn.com/pt-pt/noticias/nacional/estudante-portugu%C3%AAs-v%C3%ADtima-de-agress%C3%A3o-racista-na-pol%C3%B3nia/ar-BBsfciU?li=BBoPWjC

    E ainda há mais :

    – “Os estudantes polacos estiveram em Portugal e foram recebidos de forma calorosa, pensada, gentil, para não dizer amigável. Os estudantes portugueses vêm cá e acontecem estas coisas”.
    Coisas que só acontecem a gente “tropicalista”, pensarão os polacos…

    – “O caso já foi levado ao consulado de Portugal na Polónia.”. Esta não percebi se foi mesmo a sério ou se é anedota…

  • Anónimo

    “Grande chacota, é de lá que saem todas as grandes inovações médicas e farmacêuticas…”

    Eu não estava a falar da investigação mas sim do acesso a cuidados de saúde, que deixa muito a desejar. Todos os anos morrem milhares de pessoas nos EUA por lhes ser recusado tratamento por o mesmo ser demasiado caro. Além disso, nesse seu adorado país as contas médicas são a principal causa de falências, quando na maioria dos restantes países desenvolvidos (e em alguns não tão desenvolvidos) isso nunca acontece.

    É igualmente contraditório que os ditos defensores da “liberdade económica” defendam um sistema destes visto que é precisamente no sistema americano que o cidadão comum gasta mais de 15% do PIB em saúde (enquanto em países com esperança média de vida superior à americana a média está em 10%).

    Mas explique lá porque defende um sistema que está mais que comprovado que não funciona, é porque depois haveria falta de temas para séries e cinemas?

    E para além de o sistema americano não ser particularmente amigo das pessoas pobres, também não é particularmente amigo das pessoas LGBT (quando os seguros de saúde podem negar cuidados de saúde a pessoas LGB em nome da “liberdade religiosa” e podem negar tratamentos a pessoas trans alegando que são “escolhas”) e de pessoas com HIV especialmente quando há canalhas que acham que podem lucrar com a venda de medicamentos que foi a comunidade científica a produzir e não eles. Tudo em nome da propriedade privada e do mercado “livre”.

    Mas não, os problemas só existem na América Latina…

  • Anónimo

    “Um pouco antes disso a Esquerda ficou escandalizada em Portugal por Sá Carneiro aparecer em público com a Snu. Mas isto não interessar recordar.

    Já agora, os seguidores do Chávez praticaram homofobia sobre o Caprile (que é da Direita). E esta hein?”

    Evidência anedótica?

  • Anónimo

    “Se dizer que havia coisas boas no Estado Novo é defender Salazar…

    Então digo e repito: havia e perderam-se. E não me venham a perguntar quais. Investiguem.”

    Ah, o Filipe é daquelas pessoas que faz uma afirmação mas recusa-se a apresentar provas dizendo aos outros para serem eles a procurarem-nas. É o mesmo que chegar um advogado a um tribunal e dizer “Você cometeu um crime! Não me venha perguntar qual, prove-o!”.

  • Anónimo

    “E o António Saraiva era de Esquerda e dizia o mesmo. “
    O António Saraiva era de esquerda… Que anedota, a sério, se o seu objectivo era fazer-me rir conseguiu. Ó filho, você vive mesmo em Marte. Isso ou está sob o efeito de substâncias bastante fortes.

  • Anónimo

    “Vocês não percebem que com essa tentativa de calar quem tenta analisar e pensar as coisas por si só aumentam a aura de mito em torno da personagem.”
    Ah sim, o Filipe é o grande defensor do livre pensamento. Aliás, para o Filipe repudiar um ditador é contraproducente. #LógicaOuFaltaDela

  • Anónimo

    Hipocrisia: pena o Dezanove não ter incorporado os comentários com o facebook, para fazer um gosto no seu comentário. Mas pronto, aqui fica um “like”.

  • Mariazinha Shane Junos

    “àqueles comentários em que as pessoas se queixam de haver pessoas a comentar ou em que recorrem a discurso de ódio explícito”

    – é exactamente o que a menina troll passa a vida a fazer a mando lá do seu partido

  • Hipocrisia

    Porque raio é que a menina está a começar um comentário com aspas? Nunca comenta os posts, apenas sabe responder aos comentários…

    (espero que tenha percebido a ironia)

  • Anónimo

    Hipocrisia:
    Se está à espera que esta Miss Anónima, aka, Mariazinha Shane Junos Alvissaras Knowles etc. (com tantos nomes deve ser, no mínimo princesa) entenda a ironia, bem pode esperar sentado/a…