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Afinal a Igreja Católica não quis acolher os homossexuais

A proposta de documento tal como anunciado esta semana para aprovação do Sínodo dos Bispos não vingou. A maioria dos bispos reunidos em sínodo não aprovou o documento que previa uma maior aceitação e inclusão, por parte da Igreja Católica, dos homossexuais, dos divorciados e dos casados em união de facto. 

 

O Papa Francisco tem vindo a demonstrar abertura para a aceitação dos homossexuais na Igreja Católica, mas a proposta de acolher os homossexuais na Igreja não reuniu os dois terços necessários dos votos dos bispos para que a proposta fosse incluída no relatório final. A votação ocorreu este Sábado e envolveu 181 bispos. A pedido do Papa Francisco, pela primeira vez, a votação ocorreu de forma pública.

O resultado desta votação é explicado pelo ainda conservadorismo reinante entre alguns bispos, que não estão de acordo com a posição do líder da Igreja Católica. 

As críticas ao Papa Francisco não ficaram, no entanto, em branco. Raymond Leo Burke, um dos cardeais que há um mês subscrevera uma carta aberta em que apelava ao Papa para que se mantivesse intransigente na defesa do casamento foi transferido. "O papa não é livre para alterar os ensinamentos da Igreja em relação à imoralidade dos actos homossexuais ou à insolubilidade do casamento ou qualquer outra doutrina da fé", afirmou então Leo Burke, agora transferido para um posto honorário fora da Cúria. 

As associações de defesa dos direitos dos LGBT lamentaram a ausência de acordo do Vaticano. “Os homossexuais de África ou da Europa de Leste continuam a sofrer com a violência, por vezes incentivada pelas igrejas. É urgente que o Vaticano tome uma posição contra estas violências homofóbicas”, disse Elisabeth Saint-Guily, co-presidente do movimento cristão homossexual “David et Jonathan”.

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