Saltar para: Post [1], Pesquisa e Arquivos [2]

Dezanove
A Saber

Em Portugal e no Mundo

A Fazer

Boas ideias para dentro e fora de casa

A Cuidar

As melhores dicas para uma vida ‘cool’ e saudável

A Ver

As imagens e os vídeos do momento

Praia 19

Nem na mata se encontram histórias assim

O teu guia LGBTI+ do NOS Alive 2025 - Never Stop Dreaming

NOS ALIVE 2025

O NOS Alive está de regresso ao Passeio Marítimo de Algés, nos dias 10, 11 e 12 de Julho deste ano. Embora o cartaz ainda não esteja totalmente fechado, o dezanove.pt traz-te um primeiro balanço de alguns dos nomes confirmados até ao momento.

10 de Julho (quinta-feira)

Noah Kahan - Palco NOS

O cantor, compositor e autor do sucesso Stick Season, fará a sua estreia em Portugal no primeiro dia do NOS Alive. A sua carreira, marcada por colaborações com artistas como Post Malone, Kacey Musgraves, Brandi Carlile, Hozier, Gracie Abrams e Sam Fender, tem-lhe permitido conquistar uma base de fãs crescente. A sua mais recente digressão, We’ll All Be Here Forever World Tour, levou-o a actuar em estádios e arenas esgotados em todo o mundo. Durante a tour, os seus concertos foram transmitidos ao vivo com o objectivo de angariar fundos para o The Busyhead Project, a sua iniciativa de apoio à saúde mental. Noah tem-se afirmado como um símbolo de vulnerabilidade, desafiando a masculinidade tóxica e abordando a sua própria jornada com a saúde mental. Ao longo de várias entrevistas, tem promovido a criação de um ambiente seguro onde os homens possam expressar as suas emoções sem medo.

Talvez por conta do tweet que fez em 2023, as suas músicas tornaram-se também um hino para as comunidades marginalizadas.

 

Olivia Rodrigo - Palco NOS

A cantora, compositora e actriz filipino-americana Olivia Rodrigo está de regresso a terras lusas no dia 10 de Julho. Após bater recordes com o seu álbum de estreia, SOUR, a artista continuou a quebrar barreiras e a explorar novas sonoridades em GUTS, o qual levou à realização de uma World Tour que passou por Portugal em Junho do ano passado.

Olivia Rodrigo fez história ao tornar-se na primeira artista feminina em quase uma década a estrear os seus dois primeiros álbuns no topo da Billboard 200. Para além disso, é a artista mais jovem da história da Hot 100 a colocar três sucessos no número 1. As suas músicas são uma verdadeira viagem emocional, permitindo que nos identifiquemos com as suas experiências. O equilíbrio entre o retrato do que é ser uma rapariga adolescente e a sua escrita madura e crua torna a sua música única e profundamente impactante.

Em vários dos seus concertos, Olivia Rodrigo tem demonstrado o seu apoio à comunidade LGBT, erguendo bandeiras em sinal de solidariedade. Além disso, a sua música “Lacy” tem gerado diversas teorias, sendo uma das mais comentadas a de que a canção é sobre um amor platónico entre duas mulheres.

 

11 de Julho (Sexta feira)

Von Di - WTF Clubbing

A Match Attack, uma das agências musicais mais relevantes do panorama nacional, regressa com a sua curadoria ao palco WTF Clubbing no dia 11 de Julho, prometendo uma noite repleta de talentos, tanto nacionais como internacionais, como Von Di.

A produtora, artista e DJ, residente em Lisboa, leva até o Passeio Marítimo de Algés a sua energia contagiante, com uma sonoridade que mistura house, bass e electrónica. Von Di destacou-se não apenas por ser mulher numa indústria predominantemente masculina, mas também pelo seu conceito de "one woman show": ela compõe e produz para si mesma e para outros artistas, além de saber animar a plateia de forma única. Ao NOS Alive, certamente trará algumas faixas de Make Me Move, o EP que lançou no ano passado.

 

Sam Fender - Palco NOS

O cantor inglês Sam Fender traz as suas músicas a Portugal pela primeira vez no dia 11 de Julho, prometendo encher o Palco NOS com uma onda de esperança e alegria. Depois do sucesso do seu álbum de estreia, Hypersonic Missiles (2019), o artista já tem mais dois trabalhos no seu repertório: Seventeen Going Under (2021) e People Watching (2024). Este último inclui uma canção com o mesmo nome, escrita em homenagem à sua falecida amiga Annie Orwin.

Sam Fender é também amplamente reconhecido pelo seu activismo em causas sociais, nomeadamente na defesa dos direitos humanos. O cantor britânico foi um dos signatários de uma carta que apelava ao banimento de todas as formas de terapia de conversão para pessoas LGBT, e também apoiou publicamente o cessar-fogo em Gaza. Além disso, tem falado abertamente sobre a sua passada jornada com o alcoolismo, a pobreza e o PHDA.

 

FINNEAS - Palco Heineken

O cantor, compositor e produtor norte-americano FINNEAS, irmão de Billie Eilish, está prestes a fazer a sua grande estreia a solo em Portugal. Vencedor de múltiplos prémios da Academia e GRAMMYs, o artista conta já com três trabalhos a solo: Blood Harmony (2019), o seu primeiro EP, Optimist (2021) e o mais recente For Crying Out Loud (2024). Além da sua carreira a solo, FINNEAS é amplamente reconhecido pelas suas colaborações, seja como produtor ou co-autor de faixas, com artistas de renome como Ashe, Ringo Starr, Lizzy McAlpine, Justin Bieber, Halsey, Demi Lovato, Kid Cudi, girl in red, James Bay, Selena Gomez, Camila Cabello e Tove Lo. O cantor também deu cartas na representação, tendo actuado em séries e filmes como Bad Teacher, Glee e Life Inside Out. 

FINNEAS viu-se envolto em grande polémica no ano passado, ao ser acusado de queerbaiting por ter beijado o seu guitarrista em palco, num concerto em Brooklyn. Apesar de nunca ter feito qualquer comentário acerca da sua orientação sexual, o cantor sempre defendeu publicamente a sua irmã, Billie Eilish - que se viu forçada a assumir a sua homossexualidade, devido às constantes especulações e acusações de queerbaiting.

 

MOTHER MOTHER - Palco Heineken

No dia 11 de Julho, a banda de indie rock canadiana Mother Mother leva a sua energia vibrante ao palco Heineken. Composta por Ryan Guldemond (voz, guitarra), Molly Guldemond (voz, teclados), Jasmin Parkin (voz, teclados), Ali Siadat (bateria) e Mike Young (baixo), a banda viu o seu sucesso internacional catapultado com o lançamento do seu oitavo álbum, Inside (2022). No seu mais recente e impactante álbum Grief Chapter – o nono da banda – o grupo canadiano leva as suas fronteiras criativas e musicais a novos patamares. Contando com uma abordagem ambiciosa tanto na composição como nos detalhes mais subtis, leva-nos a explorar temas profundos como a vida, a morte, o luto e a liberdade que surge da aceitação do inevitável.

Em 2020, algumas músicas dos seus álbuns antigos tornaram-se virais no TikTok, e a comunidade LGBTQ (especialmente pessoas trans e de género não binário) começaram a identificar-se com as suas letras - uma delas é All Gone, que nos traz os seguintes versos: “I got the government to change my name, yeah/ Change it all together/The silly thing, it never had a ring/ As though it skipped a letter, letter, letter”.

 

girl in red - Palco NOS

Marie Ulven, a norueguesa conhecida por girl in red, é uma das figuras mais proeminentes da música queer nível internacional. Ganhou reconhecimento e conquistou o coração do público com o lançamento do seu aclamado álbum de estreia, if i could make it go quiet (2021), que aborda principalmente a sua jornada de saúde mental e as suas lutas internas com a depressão e pensamentos intrusivos. Em 2023, foi escolhida por Taylor Swift para ser a artista de abertura da sua inovadora The Eras Tour - para além disso, Marie realizou ainda uma digressão própria pelo Reino Unido e pela Europa, destacando-se com um concerto esgotado no Hammersmith Apollo.

A história do seu nome poderia ser a de qualquer outra mulher lésbica: Marie percebeu que estava apaixonada pela sua melhor amiga e tentou encontrá-la num concerto, mas sem sucesso. Quando reparou que a amiga usava uma sweater vermelha, a cantora enviou-lhe uma mensagem a dizer “girl in red”.

 

The Teskey Brothers - Palco Heineken

Os Teskey Brothers, a banda australiana composta pelos irmãos Josh e Sam Teskey, subirão ao palco Heineken no dia 11 de julho, marcando também o seu regresso aos palcos. Com influências de nomes como Peter Green, Otis Redding e Ray Charles, e um repertório recheado com três álbuns premiados, os irmãos prometem um espectáculo repleto de emoção e uma experiência quase espiritual.

A sua música Forever You and Me foi lançada como apoio à igualdade do direito ao casamento, numa altura de eleições na Austrália - 100% dos fundos arrecadados com a mesma foram doados à Minus18 e Twenty10, organizações LGBTQ.

 

St. Vincent - Palco Heineken

St. Vincent, a cantora de indie rock natural de Oklahoma, apresenta o seu sétimo álbum de estúdio no Passeio Marítimo de Algés. Annie Clark começou a sua carreira sob o nome de St. Vincent em 2007 com o álbum Marry Me, rapidamente se afirmando como uma das artistas mais inovadoras e fascinantes da música contemporânea. O seu mais recente trabalho, All Born Screaming, conquistou o prémio de Melhor Álbum Alternativo na 67ª edição dos Grammy Awards, onde St. Vincent também foi premiada com as estatuetas de Melhor Canção Rock e Melhor Performance Alternativa.

Conhecida por ser discreta em relação à sua vida pessoal, Annie Clark revelou em 2014 que “(...) acredita na fluidez de género e sexualidade”. Após relacionamentos com figuras públicas como Cara Delevingne e Kristen Stewart, ficou claro durante a cerimónia dos Grammy que St. Vincent é agora casada com uma mulher, com quem tem uma filha.

 

12 de Julho (Sábado)

Nine Inch Nails - Palco NOS

A banda de Trent Reznor, os Nine Inch Nails, dispensa apresentações. Fundada em 1988, os NIN marcaram os anos 90 com êxitos como Closer e Head Like a Hole, e conquistaram dois Grammys de Melhor Performance Metal. Em 2016, Reznor acolheu o produtor britânico Atticus Ross como membro oficial da banda. Mais recentemente, Reznor e Ross colaboraram nas produções de Luca Guadagnino, Challengers (onde venceram o Globo de Ouro para Melhor Banda Sonora) e Queer.

Ao longo da carreira dos Nine Inch Nails, diversas canções alimentaram especulações sobre a orientação sexual do vocalista, com temas que abordam a transgressão sexual, a fuga da norma e vídeos que evocam a dinâmica BDSM. No palco NOS, podemos esperar um espectáculo intenso, que promete trazer-nos uma versão um nadinha mais pesada da febre de sábado à noite.

 

Bright Eyes - Palco Heineken

Eles são três - Conor, Mike e Nate - e vêm do Nebraska. No dia 12, farão a sua estreia em Portugal, trazendo a melodia do indie rock ao Passeio Marítimo de Algés.

Formada em 1995, a banda é conhecida pela sua música carregada de mensagens subliminares e por uma sonoridade única. Activos entre 1995 e 2011, regressaram aos palcos e aos discos em 2020, ano em que lançaram o álbum Down In The Weeds, Where the World Once Was. Para o NOS Alive, trarão certamente o seu mais recente trabalho, Five Dice, All Threes, lançado no ano passado.

Há três semanas, a banda norte-americana anunciou o Poison Oak Project, uma iniciativa de apoio à comunidade LGBTQ+, com especial foco nas pessoas trans. Com este projecto, os Bright Eyes estabelecem parcerias com organizações locais e nacionais (como a Plus 1 e o LGBT National Help Center) para arrecadar fundos e facilitar o acesso a recursos nas mais diversas áreas, nomeadamente no campo da saúde mental. Para o público em geral, é possível fazer uma doação voluntária ou participar em sorteios e leilões através do site do projecto.

 

Amyl and the Sniffers - Palco Heineken

Se acharam o nome ousado, aguardem até ver Amyl and the Sniffers no palco. A banda australiana, formada em 2016 e composta por Amy Taylor (vocalista), Bryce Wilson (baterista), Declan Mehrtens (guitarrista) e Gus Romer (baixista), é famosa pela sua energia e pela vontade de desafiar fronteiras.

No palco Heineken, apresentam o seu mais recente álbum Cartoon Darkness, lançado em Outubro do ano passado. Uma das faixas, Jerkin, teve o seu videoclipe divulgado no site oficial da banda, devido a conter uma imagem explícita de nudez frontal. Amy Taylor explicou que o álbum é “sobre a crise climática, guerra, inteligência artificial, andar sobre as cascas de ovos da política e as pessoas sentirem que estão a ajudar ao terem uma voz online, quando na verdade estamos apenas a alimentar a máquina de dados das Big Tech, o nosso deus moderno. É sobre o facto de que a nossa geração é alimentada com informação. Parecemos adultos, mas somos crianças para sempre encapsuladas numa concha. (...)

Em várias entrevistas, a banda afirmou que os seus concertos são espaços seguros, e que agressões, racismo e classismo não serão tolerados. Amy Taylor acrescentou, em entrevista à Bricks Magazine em 2020, que “(...) o punk é apoio, e as pessoas que precisam de apoio são as marginalizadas.”

 

CMAT - Palco NOS

A cantora irlandesa de country pop CMAT fará a sua estreia em solo português no dia 12 de Julho. A sua música — frequentemente comparada aos sons de Dolly Parton, Lily Allen e Kate Bush — conquistou fãs em todo o mundo após o lançamento do seu álbum de estreia, If My Wife New I'd Be Dead, em 2022. A artista ganhou notoriedade pela sua abordagem humorística e introspectiva na composição, abordando temas como o amor, o desgosto e as lutas pessoais de forma leve, mas igualmente comovente.

No NOS Alive, podemos também esperar ouvir temas do seu segundo e mais recente álbum, Crazymad, for Me, que explora uma perspectiva futurista: CMAT, aos 47 anos, volta atrás no tempo para se salvar da relação que destruirá a sua vida.

A cantora é assumidamente bissexual e é considerada um ícone para muitos membros da comunidade LGBTQ+.

 

Maria Raposo

 

Publicidade