Porto e Lisboa organizam Marcha da Visibilidade Trans
No Porto a 30 de Março e em Lisboa dia 31 de Março. As principais cidades do país anunciam duas marchas pela Visibilidade Trans.
No Porto a concentração faz-se no Sábado, 30 de Março, no Parque Paulo Vallada, a partir das 13 horas para convívio com piquenique e oficina de cartazes. Segue-se o início da marcha a partir das 15h30. A organização da Transformar Portugal considera que "o Presidente da República, informado por uma falsa "ideologia de género" propagada por grupos antidemocráticos, e mobilizado por uma agenda política conservadora e bafienta, impediu o progresso e a segurança de todas as pessoas trans, incluindo crianças e jovens. Exigimos segurança, bem-estar e saúde, para todas as pessoas trans, até mesmo na infância! Saímos à rua porque o direito à autodeterminação de género não está garantido para todas as pessoas, devido ao critério violento de exclusão de pessoas migrantes nesta lei. Saímos à rua porque se não encaixarmos nas caixas binárias do cis-tema o nosso acesso a este direito ainda não é pleno. Saímos à rua porque sabemos a violência que nosses corpes enfrentam quando ocupam o espaço público. Saímos à rua porque sabemos que a discriminação racial torna estes mesmes corpes ainda mais vulneráveis a essa violência. Saímos à rua para exigir justiça para toda a população trans, incluindo de comunidades marginalizadas. Saímos à rua por nosses irmanes que não podem marchar connosco.
Saímos à rua para mostrar que existimos, estamos aqui e resistimos à crescente ameaça dos movimentos de extrema-direita que põem em causa os nossos direitos, a nossa dignidade, as nossas vidas. No ano em que se assinalam os 50 anos do 25 de Abril, torna-se urgente relembrar os valores e os princípios que nos trouxeram cá. Vidas Trans em Segurança! Fascismo nunca mais!"
Já em Lisboa, Domingo, dia 31 de Março, a Transparadise exigir uma mudança em prol de uma sociedade pensada para todes e anuncia que este ano a marcha terá dois momentos de concentração, permitindo que "se juntem a nós para marchar a partir de dois pontos diferentes. Queremos deixar bem claro, que a politica do medo e a estratégia de demonização das nossas vivências não nos irá atirar de volta para o armário. Não nos vão conseguir silenciar!
A marcha irá começar com uma concentração em frente à Assembleia da República, às 15:30h, de onde partiremos rumo à Câmara Municipal de Lisboa, na Praça do Município, para a segunda concentração da marcha, mantendo em mente a recusa do Moedas em hastear a nossa bandeira o ano passado - não esquecemos!
Em alternativa à Assembleia da República, *podem-se juntar à marcha, durante a concentração da Praça do Município, às 17h, de onde partiremos rumo ao Rossio, onde irão ser lidos os discursos, haverá o microfone aberto e performances. Quanto mais cresce o fascismo, mais alto gritamos! Quanto mais nos tentam reprimir, mais visiveis seremos!"
A organização deixa ainda a nota que "O percurso a partir da Praça do Município é mais fácil de fazer para pessoas com mobilidade reduzida do que o percurso entre a Assembleia da República e a Praça do Município. Tentaremos garantir o apoio necessário para todas as pessoas que queiram marchar a partir de qualquer ponto e solicitamos que nos avisem, previamente ou no início da marcha, se precisarem de algum apoio logístico. A marcha é de todes nós!"