Mais de cinco mil pessoas participaram na Marcha do Orgulho LGBT+ do Porto que decorreu este Sábado. Foi a maior marcha do orgulho de sempre ocorrida no Porto.
As ruas do Porto voltaram, pela 13ª vez, a ser ocupadas pelas bandeiras do arco-íris e pelas reivindicações dos activistas LGBTI. Mas, pela primeira vez, um conjunto de pessoas impediu uma associação LGBTI de acompanhar a totalidade do percurso da Marcha do Orgulho LGBT+ da cidade.
Tudo aponta para que tenha sido a maior Marcha do Orgulho LGBT de sempre na cidade do Porto. À 12ª edição da marcha que nasceu para não esquecer Gisberta Salce Júnior, barbaramente assassinada na cidade a 22 de Fevereiro de 2006, as bandeiras do arco-íris voltaram a sair às ruas da Invicta.
Um dos casais mais fofos de Portugal esteve na última Marcha do Orgulho LGBTI do Porto. MP & Bárbara foram notícia no dezanove.pt em Janeiro e em Fevereiro por mostrarem sem preconceitos o seu amor publicamente através de um canal no Youtube e do Facebook com milhares de seguidores.
Centenas de manifestantes voltaram a marchar este Sábado pela não violência de género e pela igualdade de direitos para lésbicas, gays, bissexuais transgéneros e intersexuais. Várias ruas do centro do Porto foram percorridas por manifestantes que envergavam cartazes, bandeiras e proferiam palavras de ordem.
A primeira marcha do Orgulho LGBT realizada fora da capital assinala este ano o seu 10º aniversário. Com a efeméride muda também de nome e passa a designar-se Marcha do Orgulho LGBTI do Porto. O I que agora surge junto da mais conhecida e usada sigla LGBT é o I de Intersexo, que assim se soma para dar visibilidade e premência na resolução das situações que afectam as vidas destas pessoas.
Um caso bicudo, este, para os movimentos LGBT portugueses e para o micro-universo activista do País: uma activista com prominência no meio acusada por duas ex-namoradas de violência física e psicológica está a obrigar as organizações a tomar decisões: remover a pessoa em questão do meio activista sem apelo nem agravo ou guardar o silêncio até que a justiça se pronuncie, mantendo-a “em funções” apesar das acusações que lhe são imputadas?
Acusações de violência física, psicológica, sexual e económica entre activistas lésbicas do movimentos LGBT português estão a gerar uma onda de solidariedade e indignação. Paula Antunes, responsável pelo Caleidoscópio LGBT, recusa todas as acusações de que está a ser alvo por parte de Mafalda Gomes e Isabel Martinez.