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Turismo LGBT: Clovis Casemiro da IGLTA: "Se dermos visibilidade para o consumidor este é um passo para a empregabilidade"

clovis casemiro iglta

A IGLTA (International Gay and Lesbian Travel Association) organizou a sua 38ª Convenção Anual em Milão no passado mês de Outubro. Falamos com Clovis Casemiro, Coordenador dos Membros da Associação sobre o impacto deste evento no pós-pandemia num sector determinante para muitos países e em que se aposta cada vez mais no Turismo LGBT.

 
dezanove: Que balanço e destaques gerais farias da 38ª Convenção Anual da IGLTA que decorreu em Milão no mês passado?
Clovis Casemiro: O maior destaque vai com certeza para o facto de termos reunido 550 profissionais de 39 países, todos com foco no turismo LGBT. Da nossa parte, do idioma português, fico muito feliz pelo facto de Portugal e do Brasil terem estado presentes tanto pela EMBRATUR (órgão responsável federal); pelo Rio Grande do Norte, um estado e destino cada vez mais forte e que está realmente buscando o turista LGBT; a cidade do Rio de Janeiro, através do Rio Convention and Visitors Bureau, a rede Accor que estava representada pela Vice-Presidente da Sustentabilidade da empresa e que é responsável por levar a ACCOR LGBT para dentro da IGLTA, para além de muitos agentes e operadores que foram lá para conhecer e fazer contactos. Muito importante para nós é também mencionar o número de congressistas que participou pela primeira vez também neste evento para além da presença da mídia que também se mostrou muito interessada.
 

Um destaque especial naturalmente para a ENIT Itália que esteve connosco, IGLTA, a trabalhar nos últimos seis anos, pelo menos, para esta convenção que deveria ter ocorrido em 2020 e foi adiada devido à pandemia. A ENIT acolheu a IGLTA como parceira de negócios de turismo, crescimento e desenvolvimento e assim trazer resultados para o seu próprio país.
 
Para quem não está familiarizado como apresentarias o trabalho que a IGLTA tem vindo a desenvolver em prol do Turismo LGBT e da inclusão dos viajantes LGBTI no mundo? 
A IGLTA tem como principal fundamento trazer conhecimento e experiências positivas para os turistas LGBT, no sentido de proporcionar experiências seguras, de sermos nós próprios, respeitados e termos os nossos direitos e sermos quem somos livremente. Essa é a ponte maior que a IGLTA pode entregar quando reúne empresas aéreas, hotelarias, destinos, operadores, DMC, toda esta grande massa de empresas que trabalha em prol do turismo LGBT para receber bem os turistas LGBT, mas não só, todo o ser humano que está ali. Essa é a parte mais bacana da nossa associação. Desde que trouxe a IGLTA para o Brasil em 1997 eu pensei nisso. Se dermos visibilidade para o consumidor este é um passo para a empregabilidade. E foi o que aconteceu. Veja o exemplo da rede ACCOR, Carrefour, Banco Santander, Banco ITAÚ, todos eles a tentar oferecer empregos para pessoas LGBT. 
 

Como funciona a IGLTA, por exemplo, para quem quer aderir?
A IGLTA funciona com base em membros associados. O nosso idioma base é inglês, mas o nosso site tem um tradutor para que todas as pessoas possam receber a mensagem no seu idioma o que é muito importante. Oferecemos esta plataforma de contacto com o mercado LGBT tanto no que diz respeito ao B2B, como, por exemplo, este network enorme que vivemos em Milão com empresas de diferentes funções e serviços que se integraram. Cada membro tem uma taxa anual que varia em função da localização, de acordo com o tipo de empresa, número de funcionários, etc. Está tudo no nosso site em www.iglta.org Aqui vão encontrar todas as informações. A nossa proposta passa semrpe por unir todas as pessoas.Temos um evento mensal chamado IGLTA Connect e depois temos mais eventos onde actualizamos informações e em breve teremos um site reformulado com mais informações e de como usar o site. Todos os membros terão acesso a um sistema de partilha de informação, textos, fotos, etc. e de como apresentar e promover o seu mercado.  
 
 
Entrevista de Paulo Monteiro