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EuroPride conta com apoio de 175 mil euros da Câmara de Lisboa

A menos de três semanas do evento, o executivo de Carlos Moedas aprovou um apoio para a realização do EuroPride, organizado pela Associação Variações, que se realiza na capital entre 14 e 22 de Junho.

A proposta foi apresentada no passado dia 28 de Maio e foi aprovada apenas com os votos da coligação PSD/CDS-PP que governa a Câmara de Lisboa. Abstiveram-se os vereadores do PS e do PCP, enquanto que Livre, Bloco de Esquerda e Cidadãos por Lisboa votaram contra o apoio proposto, subscrito por Carlos Moedas, que tem o pelouro da Cultura, e por Diogo Moura (CDS-PP), que assume os assuntos da Economia e Inovação.

Os partidos da oposição justificaram a sua posição aludindo às polémicas e ao ambiente de suspeição que tem envolvido o evento. O PS criticou, entre outros pontos, a falta de inclusão dos colectivos LGBTI+ da cidade no evento. PCP invocou ainda a desistência de várias entidades que se tinham associado ao evento, como a ILGA, a AMPLOS ou a rede ex aequo, «invocando divergências e dúvidas quanto à idoneidade da entidade actualmente responsável» pela organização, referindo-se à Variações. 

Tanto o Livre como o Bloco foram mais directos em apontar o dedo à Variações e a Diogo Vieira da Silva, seu ex-dirigente, «que está a ser investigado por desvio de dinheiro, abuso de confiança e burla da própria Variações». Estas alegadas irregularidades motivaram uma auditoria por parte do Turismo de Portugal, que entre 2019 e 2023 transferiu para a Variações cerca de 500 mil euros para actividades de promoção de Portugal como destino turístico inclusivo.

Entretanto, enquanto se aguarda a divulgação da programação completa do EuroPride, que este ano será integrado calendário das Festas da Cidade de Lisboa, são já conhecidos alguns dos nomes que participação no evento, bem como os espaços em que irão actuar.

Pedro Leitão

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