a ver

Isilda Pegado: “Temos de pensar acima de tudo nos direitos das crianças”

Depois de debater o casamento entre pessoas do mesmo sexo e da lei de identidade de género, o programa “Você na TV” da TVI voltou a abordar mais uma das leis que os signatários da petição “Defender o Futuro” pretendem ver reavaliadas ou revogadas. No programa da TVI da última quinta-feira, foi a vez do tema ser a procriação medicamente assistida.

Isilda Pegado e Abel Matos Santos, defensores da petição de um lado, e do outro, Helena Pinto, do Bloco de Esquerda, foram os intervenientes do debate moderado por Manuel Luís Goucha.

Isilda Pegado defende que não deve haver cidadãos “de primeira e de segunda” e questionou “qual é o cidadão que deseja não ter pai?” ao abrigo desta lei.

A deputada Helena Pinto refere dados do Conselho Nacional de Ética: no último ano nasceram 2000 crianças por métodos de procriação medicamente assistida.

O psicólogo Abel Matos Santos argumenta que dar o direito de dar a uma mulher de ter um filho recorrendo à PMA sem pensar na consequências para as crianças é “puro egoísmo”.

Recorde-se que em Janeiro de 2012, as mulheres solteiras e casais homossexuais continuaram fora da PMA, dado que as propostas do BE e de um grupo de deputados do PS foram chumbadas no Parlamento.

Vê ou revê a parte do programa sobre o tema abaixo. Os créditos do vídeo são da página Traveca Like’s 2:

 

 

Já segues o dezanove no Facebook?

11 Comentários

  • João Delgado

    Ouvi dizer que desde que exista uma relação de sangue existe uma família.
    Como me sinto muito sozinho decidi ser doador de sangue
    Assim vou passar a ter muitas famílias…

  • Ana Garrett

    Este homem desrespeita e envergonha a classe profissional à qual eu pertenço! Lamentável!

  • nelson camacho

    Estou totalmente de acordo João Delgado mas quanto a mim, tenho um problema como estou à beira dos 78 anos de idade, já não posso ser doador de sangue, no entanto como tenho muitos espermatozóides para dar, talvez seja o mesmo que sangue e então terei ainda mais família espalhada pelo mundo já que viajo bastante . Porque não mandam esse senhora calar-se?

  • nelson camacho

    Creio que ainda venho a tempo de criticar esta senhora Pegado. Afinal o problema dela são os direitos à criança que não pode viver sem um pai. Nunca ouvi tanta parvoíce . Quando eu tinha dois anos o meu pai abandonou a casa e sempre fui criado pela minha mãe que derivado ao grande amor que tinha pelo meu pai, nunca conheceu outro homem. Vivi e fui criados como um milhar de pessoas, sem pai e essa situação nunca nos afectou . Somos filhos e filhas de pais descartados. Também há outras situações em que os pais morrem antes da sonsa puberdade e não têm o exemplo por perto da figura do pai. Tomando as palavras do Rei de Espanha em determinada altura ” Porquê non te calhas?”

  • Simone

    Não podemos marginalizar todos aqueles que não se insiram no modelo dito “tradicional” de família. Essa questão está há muito ultrapassada. Cada um deve decidir e escolher a forma familiar que lhe proporcione maior felicidade.
    As crianças de famílias monoparentais só terão uma razão para terem uma infância e crescimento difíceis e conturbados – o preconceito social que, como vimos neste debate, ainda é perpetuado. Porque se a criança for educada num meio social em que não exista qualquer tipo de marginalização em relação às famílias “não-tradicionais” e aos seus filhos, ela tem tudo para ser feliz no seio da sua família, seja ela qual for. Basta que seja criada com tudo a que tem direito, com estabilidade, e com entrega por parte de quem cuida delas.

  • Hernâni

    Eu, como futuro profissional de saúde, jamais reencaminharei os meus doentes para este psicólogo.
    Só pelas suas palavras proferidos em discursos, a Ordem dos Psicólogos deveria tomar uma posição em relação a este indivíduo.
    Lamento haver pessoas com formação académica superior com uma mentalidade tão retrógrada e insensível.

  • Marquesa de Faro

    Em boa verdade estamos num país onde ao longo de séculos centenas de milhar ou milhões de crianças foram criadas sem pai, porque partiam nas naus e caravelas para as colónias do antigo Império, ou em décadas recentes, como emigrantes para diversos pontos do planeta.

  • Álvaro Maurício

    Só para esclarecer, sou completamente contra a posição dessa senhora Dona Isilda… nem a posso ouvir… e terei os mesmos argumentos que muito os que já comentaram… mas verdade seja dita, o Sr. Goucha não é um bom moderador… frequentemente noto a sua parcialidade, o que é normal, mas para o debate que é, deixa um pouco a desejar… o debate deve ser justo e igual e de certa forma o Sr. Goucha “ataca” aí o lado da petição…
    Repito, percebo que o faça e ele tem bons argumentos, mas não lhe compete esse papel…

  • Anónimo

    Compete, ai isso é que compete, e faz ele muito bem, para que sejamos ainda melhor esclarecidos!
    Cinja-se ao tema que é bem mais importante.

  • Álvaro Maurício

    Se fosse você a ser entrevistado, ou a participar num debate, seja qual fosse a sua posição, certamente não iria gostar que a pessoa que supostamente deveria moderar a conversa, favorecesse a parte oposta.

    E não tenho de me cingir ao tema, se achar que a minha opinião sobre o tema já foi bem defendida por outros comentadores e mesmo assim tiver vontade de comentar sobre aspetos que eu acho relevantes quando se está a discutir um assunto desta importância.