Depois de dois anos de pandemia a  ILGA Portugal informa que a partir de 21 de Maio lançará as inscrições para angariar pessoas voluntárias, bares, foodtrucks/comida de rua, actividades associativas e ainda para uma zona de comércio e mostra e venda de arte.

No entanto, a associação alerta que a realização da 23ª edição do Arraial Lisboa Pride "não será simples nem livre de contratempos ou frustrações": À data de hoje, urge dizer que, apesar de a pandemia ter fragilizado o trabalho da Associação a um nível sem precedentes, as condições em que vamos realizar o Arraial Lisboa Pride não são inéditas. Nos últimos anos pré-pandemia vimo-lo, com muito orgulho, crescer exponencialmente, acolher mais pessoas, ocupar mais espaço, fazer muito mais barulho. Este crescimento foi positivo e vital, mas não isento de grande desgaste. As costumeiras 12 horas de festa escondem um trabalho monumental e maioritariamente voluntário de dezenas de pessoas, muitas vezes feito à custa de uma ginástica complicada entre a vontade de fazer acontecer e o tão necessário equilíbrio da saúde física, mental e familiar.

É necessário que se perceba que a ILGA Portugal organiza aquele que é o maior evento comunitário LGBTI+ do país sem meios para o fazer. Somos uma organização sem fins lucrativos que, como tantas outras organizações sem fins lucrativos, desenvolve o seu trabalho de forma sistematicamente subfinanciada, com recurso a apoios e patrocínios pontuais e a muito, muito engenho. Todos os anos, os momentos que passamos na Praça do Comércio são gestos de magia aflitiva que não sabemos se vamos conseguir replicar no ano seguinte".

Num post divulgado esta noite nas redes sociais a associação deixa claro que "a ILGA Portugal é uma associação, não é uma promotora de eventos. O Arraial Lisboa Pride não é um festival nem nunca foi. É um momento comunitário e de visibilidade. Não tem o objectivo de gerar lucro".

O anúncio público da data do evento surge a cerca de um mês do Arraial e a organização avança que estão previstos concertos com artistas residentes em Portugal, a participação de associações, colectivos, bares, comércio local e artistas num "Arraial Lisboa Pride mais pequeno, mas mais próximo".