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Medicamento que previne infecções pelo VIH lança polémica nos EUA

Os oficiais federais de saúde dos EUA recomendaram, esta semana, que, os indivíduos em risco de contágio pelo VIH tomem Truvada (um medicamento retroviral que inibe a replicação do vírus do VIH) de modo a prevenir possíveis infecções.

Adicionalmente, várias seguradoras já cobrem os custos com a prescrição deste novo medicamento cuja confiança tem vindo paulatinamente a aumentar no seio da comunidade médica e farmacêutica. Contudo, tal confiança não é partilhada por uma boa parte dos profissionais de saúde. Por exemplo, o centro de controlo de doenças (CDC) recomenda o Truvada, mas em conjunto com o uso do preservativo.

Infelizmente, os números da sida nos EUA nos últimos dez anos não alteraram significativamente e, assim, os responsáveis do CDC receiam que as pessoas passem a tomar esta nova droga em detrimento do uso do preservativo. De facto, constatou-se, segundo o último inquérito elaborado pelo CDC que o uso do preservativo baixou aproximadamente 20% entre 2005 e 2011. Para além disto, existe também o receio do aumento da incidência de outras doenças sexualmente transmissíveis tais como a sífilis e a gonorreia.

A par dos receios existentes e do elevado custo deste medicamento, existem ainda os efeitos secundários que podem ser ligeiros, tais como enxaquecas, dores de estômago, ou, em casos mais raros, danos no rim e no fígado.

A utilização desta droga conta com pouco mais que um ano. Por isso, os dados provenientes dos pacientes que previnem infeções pelo VIH através da toma do Truvada serão importantes para esclarecer a seguinte questão: Terá este medicamento, em termos práticos, uma eficácia de 99% na prevenção de infecções pelo VIH (como defendem os especialistas nesta patologia) ou terá esta propaganda em vista o favorecimento dos lucros por parte da indústria farmacêutica?

 

César Monteiro