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Prémios dezanove: Os melhores e os piores de 2023

Prémios dezanove: Os melhores e os piores de 2023

Escolhemos os melhores e os piores do ano de 2023. Quem protagonizou as histórias e os acontecimentos marcaram os Direitos LGBTIQA+ em Portugal e no mundo? Ao longo do último ano foram publicadas centenas de artigos, posts e comentários no nosso site e nas redes sociais. A actualidade da comunidade LGBTIQA+ está aqui diariamente. Estas são as nossas escolhas da 14ª edição dos Prémios do site dezanove.pt:

 

 

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Portugal criminaliza "terapias de conversão". Foi uma luta de anos e várias vezes anunciada, mas incompreensivelmente não colocada em prática de imediato. Portugal toma assim a dianteira numa matéria que deixou marcas profundas a quem sofreu na pele as torturas físicas e psicológicas denunciadas ao longo dos anos também aqui pelo dezanove.pt. A proposta teve os votos favoráveis do PS, BE, IL, PCP, PAN, LIVRE e contra do PSD e do CHEGA.

 

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Um ataque a um cidadão português sem precedentes na Turquia. Apenas por "aparentar ser gay", foi detido e esteve preso 19 dias sujeito a vários horrores e condições sub-humanas. Um caso flagrante em que se exigia actuação imediata das autoridades portuguesas e pressão das associações de defesa dos direitos LGBTI portuguesas. Onde estiveram? E se fosse contigo?

 
 

eduarda alice santos

A histórica activista de defesa das pessoas trans em Portugal faleceu no início do ano de 2023 devido a complicações de saúde. Eduarda Alice Santos fundou com Lara Crespo o Grupo Transexual Portugal (GTP) e esteve presente em marchas do orgulho LGBTI+ e nos momentos decisivos e de discussão das leis de identidade de género no aprovadas no nosso país. Deixa a luta pelos Direitos LGBTI+ mais pobre.

 

duarte costa e ana carvalho volt

Jovens  com uma visão progressista, europeísta e ambientalmente equilibrada estiveram presentes em várias marchas do Orgulho LGBTI+ de Norte a Sul do país. Os co-presidentes do VOLT têm uma agenda pela defesa das pessoas LGBTI+ e fazem questão de o afirmar empoderando e educando toda uma nova geração.

 

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Ao longo de um mês e meio, em vários espaços de Lisboa a Faro, foi possível assistir a interpretações brilhantes e únicas de Gaya de Medeiros, Jo Bernardo, a palestras e até ao novo filme "Orlando" de Paul B. Preciado. Um evento que apontou o foco às invisibilidades dos dias de hoje, num esforço de colocar no centro do palco quem normalmente não tem esse lugar, ou habita as margens. Um evento que nos encheu o peito de ar e de força para continuar!
 
 

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Mais um ano em que tomou a dianteira na protecção, aconselhamento e apoio dos homens que tem sexo com homens. Os técnicos de saúde deste espaço situado no Príncipe Real, em Lisboa, foram diligentes nas campanhas de vacinação contra o mpox salvando população HSH dos efeitos nefastos que mais uma infecção poderia trazer à comunidade LGBTI+.

 

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Quando vimos este anúncio ficamos com o coração cheio de esperança. Muitos de nós revimo-nos naquelas personagens que conhecemos de tão perto. Porque estas pessoas somos nós que tememos a rejeição, mas também somos nós que conseguimos descobrir a magia do Amor. Uma mensagem para que não deixemos de viver a nossa liberdade e os nossos sonhos. Enquanto é tempo. 

 

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"Estamos onde queremos estar, mas onde nunca sonhámos que fosse possível chegar. A partir daqui, ninguém nos pára!" disseram quando completaram 5 anos de um bookgram que a todos apaixona pelas suas sugestões LGBTI+ friendly. Uma paixão pela leitura que apreciamos, mas sobretudo um exemplo de visibilidade e amor tão necessário nos dias que correm. 

 
 

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Uma marca que tira a palavra tabu do quotidiano de todas as pessoas através de uma vasta panóplia de brinquedos sexuais manuais e que recorrem à tecnologia com o fim último de provocar prazer e relaxamento. Sem criar barreiras por orientação sexual ou expressão a Satisfyer permite uma experiência sexual satisfatória, colocando as pessoas em primeiro lugar.

 

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Um balanço final do ano transacto trágico-cómico pela mão dos Teatro Praga. Um fartote de rir (para não chorar), com tantos artistas queer que queremos e admiramos que pudemos ver em Lisboa e no Porto sempre com casa cheia. Um espectáculo que deveria ser (re)transmitido em canal aberto!

 
 

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Depois de ter recebido mais de 20 prémios em festivais de cinema internacionais, o filme de Ary Zara, embora estreado em 2022, só obteve maior projecção no nosso país em 2023 por ter entrado na corrida aos Óscares e contado com a produção executiva de Elliot Page. O realizador Ary Zara e todo o elenco, onde encontramos a brilhante Gaya de Medeiros, estão de Parabéns!

 
 

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Bruno Nogueira passou uma semana com quatro pessoas LGBTI+. Juntos tentaram perceber se é possível rir das diversidades. Em horário nobre da SIC, um humorista falou de forma séria dando visibilidade a pessoas que sofrem dos preconceitos da sociedade, mostrando que a liberdade individual é o que importa, mas que muitas vezes o caminho destas pessoas é feito de dor e angústia.

 

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De forma inédita, este foi o primeiro livro infantil escrito no sistema ELU em Portugal. Lúcia Vicente aborda desta vez a diversidade de género, familiar, racial, religiosa, entre outras, através de histórias-poemas escritas em linguagem inclusiva. O livro pretende contribuir para a normalização do sistema gramatical neutro na língua portuguesa, e inclui, no final, um "Manual de apoio para educar pessoas conscientes, empáticas e respeitadoras das individualidades e das diversidades». Uma nota a lamentar: Tal como o arco-íris que brilha ofusca as mentes cinzentas, a apresentação do livro foi manchada por quem nos ameaça a liberdade de ser.

 

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Muitas vezes é na adversidade que se encontra a força. O ignóbil ataque à primeira exposição de temática LGBTI+ realizada na cidade por ocasião do primeiro evento pride na cidade demonstrou a força de quem o organizou e o porquê de ser tão necessária. Com as obras exibidas pretendia-se mostrar «a dualidade que é comportar amor quando se recebe ódio em troca», aludindo, claro, à situação de opressão diária em que vivem as pessoas LGBTQIA+. O acto ali ocorrido é disso a mais viva demonstração depois da absoluta destruição das obras expostas. «A luta contra a [LGBTIfobia] e todas as formas de discurso de ócio é urgente, válida, e começa agora! 

 

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Sem medos Mimi Cat brilhou em Portugal e lá fora na Eurovisão e deixou todas as pessoas com a palpitação cardíaca no ouvido. Mimi Cat é uma aliada da comunidade LGBTI+ e marcou presença em várias festas temáticas durante o festival e também depois, como por exemplo, a convite da discoteca Trumps.

 
 

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Assertivo, sintético e actual, Manuel Oliveira faz da sua página uma fonte de saber e de educação. Muito Obrigado pelo teu activismo, Manuel! Somos fãs!

 

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Desde Junho de 2021, a Livraria Aberta, no Porto, tem sido um espaço de referência da comunidade LGTBQIA+ da cidade. No país, é a única que se identifica como "livraria queer" e nas suas estantes encontramos literatura sobre todos os temas que se encontram "à margem". Mas esta livraria também acolhe exposições, conversas, lançamentos de livros e "aulas " sobre referências LGBTQ na literatura. A Livraria Aberta veio mostrar que a comunidade também se constrói em torno dos livros.

 
 

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A Rainha da Pop voltou a mostrar que ama Lisboa e que os seus 40 anos de carreira foram determinantes para a revolução dos Direitos Humanos e das pessoas LGBTI+ em todo o planeta. Cada tema um hino, cada música um alento.

 

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Embora realizada em Portugal a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) marcou o mundo pelas palavras proferidas pelo Papa Francisco: inclusão e aceitação plena de todas as pessoas: "Todos, todos, todos!" A JMJ não ficou porém isenta de vários ataques de ódio que inundaram as redes sociais e também de agressões físicas por parte de fanáticos e extremistas que distorceram as palavras do Papa.

 
 

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Reportagem "Pioneiros LGBT da Clandestinidade à Igualdade". "Alguns tiveram de evitar a polícia para ter encontros sexuais. Outros saíram do armário na epidemia da sida. Todos enfrentaram repúdio. Oito pioneiros contam a sua história no movimento LGBT+". Um trabalho notável de Ana Cristina Pereira (texto), Teresa Miranda (vídeo), Miguel Manso (fotografia) e Alexandre Santos (web design).

 

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A actriz trans ficou conhecida pelo grito de revolta que deu ao invadir a peça "Tudo sobre a minha Mãe" no Teatro S. Luiz. "Transfake!", gritou irrompendo em palco e exigindo lugares de visibilidade para as actrizes trans em peças em que existam papéis trans e que estes não sejam entregues a pessoas não trans. A acção concertada com outros activistas colocou o tema da precariedade laboral das pessoas trans na agenda mediática alertando para a ostracização desta minoria. A própria produção da peça reorganizou o elenco para acolher este apelo. De seguida, Keyla foi alvo de uma campanha de ódio e ameaças que a levou a ficar incontável por temer pela sua segurança. Keyla foi depois uma das protagonistas da Marcha pela Visibilidade Trans em Lisboa contando na primeira pessoa as suas reivindicações urgentes. Já quase no final do ano soube-se que devido a complicações decorridas de uma intervenção cirúrgica na Tailândia, Keyla ficou em estado extremamente grave, só tendo regressado a Portugal devido a uma campanha de crowdfunding. Encontra-se hoje livre de perigo, mas a precisar de acompanhamento permanente. Axé, Keyla!

 

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Determinada na política como na vida, não quis ver a sua orientação sexual ser alvo de ataque ou arma de arremesso por se tornar líder do Bloco de Esquerda. Frontal como sempre afirmou em Junho: “Sei que este tipo de pressão e perseguição política vai continuar e até subir de tom. Seja porque sou mulher, seja porque sou de esquerda, seja porque sou uma mulher lésbica, seja porque sou filha de um resistente antifascista, seja porque, aparentemente, tenho o dom de incomodar algumas pessoas com muito poder. Sei que infelizmente, para algumas pessoas, vale tudo na política”.

 
 

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Marina é a prova que podemos concretizar os nossos sonhos e triunfar. Depois de conquistar o primeiro lugar no Concurso Miss Portugal, obteve um dos melhores lugares na classificação do concurso Miss Universo. Um feito assinalável que incomodou muita gente voltou a mobilizar extremistas (e muitos boots) nas redes sociais. A campanha de ódio transfóbico de que foi alvo Marina Machete é também a prova que o fascismo está à espreita e que as leis progressistas do nosso país não acompanham a educação da sociedade portuguesa.

 
 

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Guimarães, Luneta dos Quartéis, discoteca Titanic Sur le Mer, espaço Maus Hábitos, junto à Ponte Vasco da Gama, a Kiki Pais de Sousa, ataques às marchas de São João da Madeira e de Leiria e à exposição do Évora Pride foram apenas alguns exemplos dos muitos que noticiamos em 2023 no site e/ou denunciamos nas nossas redes sociais e que deixam flagrante a inacção de quem nos deve proteger face a um clima de ódio crescente. Ficar alheado não é opção. "Quem adormece em democracia acorda em ditadura". 
 
Apropriação "hostil" do Porto Pride - Veio a público apenas em 2023 que a marca Porto Pride, usada durante anos para celebrar o Orgulho LGBTI+ no Porto, foi comprada pelo (agora) ex-Presidente da associação Variações para este passar a organizar o festival na cidade. De fora ficaram o fundador da marca, João Paulo do site PortugalGay, e os movimentos de defesa LGBTI da cidade. A festa de 2023 contou com o vasto apoio da CM do Porto, que por sua vez negou dar palco e condições à organização da Marcha do Orgulho LGBTI da cidade que decorria precisamente no mesmo dia. Um braço de ferro entre CM Porto e Movimentos da Marcha do Orgulho LGBTI do Porto que não se compreende tendo em conta o histórico e trabalho notório e necessário desenvolvido por estas organizações.
 
Mas há mais e também a Norte: acusações entre colectivos sobre a organização da marcha do Orgulho LGBTI de Guimarães. O colectivo Humanamente e os Colectivos vimaranenses não se entenderam sobre a organização da Marcha de Guimarães. Acusações de aproveitamento político, silenciamento e exclusão mancham a credibilidade daqueles que devem ser um farol para os que procuram estes organismos.
 
 
Foram estas as nossas escolhas!

 

 
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