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Portugal: Adopção de crianças por casais do mesmo sexo aprovada (com vídeos)

adopção gay Portugal.jpg

Foi um dia de emoções fortes no Parlamento. Depois de quatro vezes chumbada, os projectos de lei sobre a adopção de crianças por casais do mesmo sexo foram aprovados esta sexta-feira com os votos dos partidos de Esquerda, do PAN e ainda com os votos de 19 deputados do PSD, que usufruíram de liberdade de voto, conforme tinha anunciado no dia anterior Teresa Leal Coelho do mesmo partido. Entre os 19 deputados à Direita que votaram favoravelmente este projecto de lei encontram-se Teresa Leal Coelho, Paula Teixeira da Cruz e Berta Cabral. Vários deputados aplaudiram de pé os resultados da votação.

"Não há forma mais nobre de iniciar uma legislatura do que concretizar direitos fundamentais. Hoje, convocamos o Parlamento a ficar do lado correto da História. São famílias que estão nos nossos prédios, nas nossas ruas, no Norte e no Sul, no campo e na cidade. São pessoas, somos nós", declarou a socialista Isabel Moreira.

“Este projecto garante igualmente o respeito pelo superior interesse das crianças, porque garante a todas as crianças o direito à sua família. O que corresponde ao direito de milhares de crianças que vivem no nosso país inseridas em famílias homossexuais a quem neste momento a [actual] lei diz que a sua família não vale, a sua família é uma farsa.” disse Sandra Cunha do Bloco de Esquerda. Do mesmo partido, e sobre esta matéria, uma publicação da deputada bloquista Mariana Mortágua tornou-se viral ao atingir em poucas horas mais de 4000 mil gostos.

Mariana Mortágua.jpg

À Direita, mas contra a aprovação destes projectos, destacam-se as declarações do deputado do CDS Filipe Anacoreta Correia. Segundo o deputado centrista  "não são os direitos das crianças nem o superior interesse das crianças"  que estão em causa. O mesmo deputado defendeu o modelo familiar heterossexual declarando que "nasce-se biologicamente do masculino e do feminino" e acrescentou "É essa a dimensão que reclamamos para a vida social, para as empresas”.  

Andreia Neto do PSD referiu que “o centro da discussão só pode ser o superior interesse da criança” […] “e não quaisquer outros interesses por mais legítimos que possam parecer.”

 

O que se segue? As iniciativas destes partidos (PS, Bloco de Esquerda, Partido Ecologista Os Verdes e do PAN) serão agora analisadas pela Comissão de Direitos e Garantias com o objectivo de redigir um projecto de lei único que depois será votado novamente no Parlamento. Sendo certa esta aprovação no Parlamento, segue para promulgação do Presidente da República.

 

Vê aqui aqui alguns dos discursos do dia:

 

Paulo Monteiro

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