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Relações LGBTI e Bullying Homo/Bi/Trans/Interfóbico: As ideias de uma conversa informal em Coimbra

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Realizou-se no dia 6 de Junho uma conversa informal sobre as Relações LGBTI e Bullying Homo/Bi/Trans/Interfóbico, promovida pela rede ex aequo e Núcleo de Estudantes de Biologia - Associação Académica de Coimbra. Apresentamos agora as principais conclusões.

Esta conversa foi dirigida e apresentada por Daniel Seabra, psicólogo ligado ao Núcleo LGBTI+ de Coimbra da rede ex aequo (Associação de jovens LGBTI e apoiantes com idades entre os 16 e 30 anos em Portugal). Durante a conversa, Daniel Seabra apresentou a rede ex aequo e os seus vários projectos. Apresentou igualmente o conceito e tipos de bullying. Depois desta apresentação da associação e da introdução ao tema através do conceito de bullying, a conversa focou a questão do bullying ao nível da homo/bi/trans/interfobia, apresentando vários dados ligados às pessoas LGBTI vítimas de bullying e as suas consequências nesta população que acabam por ser mais gravosas do que na população em geral devido à discriminação que estas pessoas sofrem em virtude da sua orientação sexual e identidade de género que as coloca numa situação mais vulnerável.

A conversa terminou com ideias do que podemos fazer para alterar esta situação. Algumas das principais ideias apresentadas por Daniel Seabra nesta conversa foram:

 O bullying consiste num ato de violência contínua que acontece entre pessoas com características comuns (grupos de pares) e é um comportamento violento, agressivo e humilhante que se manifesta através de um desequilíbrio de poder, em que o agressor usa o seu poder para causar dano à vítima;

 A homo/bi/trans/interfobia além de afectar a população LGBTI+ também afecta as pessoas heterossexuais e cisgénero quando estas não se enquadram, aos olhos do agressor, nas características e papéis de género normativos;

 Ao nível dos dados, grande parte das situações deste tipo de bullying ocorreram nas escolas e 42% das pessoas afirmaram que já foram vítimas de bullying homo/bifóbico. Outros dados mostram que em 80% dos casos o agressor não sofreu qualquer represália; 36,8% dos estudantes sentem-se inseguros devido à sua orientação sexual e 27,9% sentem-se inseguros devido à sua expressão de género; outros dados mostram que os rapazes aparecem como as principais vítimas e agressores e a violência psicológica é a mais comum;

 Ao nível das consequências, o bullying homofóbico tem consequências mais gravosas, devido à sua natureza e ao facto das vítimas apresentarem maiores níveis de depressão, ansiedade e sintomas psicopatológicos. Além disso, uma das principais consequências deste bullying nas vítimas LGBTI+ é o risco mais elevado de suicídio;

 Por fim, constatou-se que há uma grande incapacidade de reacção dos docentes em responder a episódios de bullying homo/bi/transfóbico (57,93% dos professores já assistiram a este tipo de bullying e 73% dos professores não se sentem capazes de intervir e reagir nestas situações).

Tatiana Portela

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