A telenovela do horário nobre da SIC mostrou esta quarta-feira os desenvolvimentos da história entre Ricardo (Tiago Teotónio Pereira) e Henrique (Tiago Aldeia). Ambos são apanhados na cama pela vilã da novela, Francisca (Inês Castel-Branco) que chantageia o primo por causa da sua orientação sexual.
O episódio 105 da novela “Amor Maior” abordou as dificuldades por que passam alguns jovens homossexuais quando despertam para a sua sexualidade. No episódio em causa Ricardo chega ao hostel a cair de bêbado e Henrique tenta ajudá-lo. Ricardo sente-se intimidado e rejeita-o quando este lhe relembra que estiveram juntos e lhe diz que será melhor assumir a sua orientação sexual. Mais à frente ambos acabam por se envolver depois de um pedido de desculpas de Ricardo. A cena de amor entre ambos acaba por ser interrompida por Francisca que estava a tentar assaltar o quarto do primo. Perante a surpresa de os encontrar nus na cama, Francisca decide chantagear o primo por causa da sua orientação sexual. Na novela, Francisca interpreta o papel de uma psiquiatra disposta literalmente a tudo para conseguir os seus objectivos. Ricardo fica abalado com a situação e perante o jogo de chantagem acaba por maltratar novamente Henrique. Este aconselha-o a aceitar a realidade e a assumir que é gay e sai magoado dali. Mais à frente na novela, Ricardo procura o pai Vicente (Rogério Samora) para terem uma conversa.
Assiste aqui a um excerto do episódio:
Mais sobre este episódio aqui.
Bastidores das cenas. Créditos do vídeo: Zuca Truca
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3 Comentários
Anónimo
Mais um desenvolvimento martelado na história para seduzir e cativar um target.
É como a inclusão de temática LGBT na publicidade. Nada é inocente.
Anónimo
É melhor do que nada.
Francisco
Continua-se no registo “o drama/a tragédia da saída do armário e o estigma associado” (usado como argumento para chantagear o homossexual, o que só reforça o estigma e o medo), em vez de termos, por exemplo, o retrato da vida de um casal homossexual assumido. Mas creio que a insistência neste registo reflete, apenas, o estádio evolutivo em que se encontra a sociedade portuguesa.