O primeiro-ministro timorense Rui Maria de Araújo condenou a discriminação e violência de que são alvo os membros da comunidade LGBT, inclusive dentro das suas famílias. A mensagem foi proferida neste 28 de Junho, Dia do Orgulho LGBTI, e coincidiu com uma marcha que percorreu as ruas de Díli com o lema “Cria um ambiente seguro para a comunidade LGBT”.
“Alguns dos jovens ainda vivem em situações de violência, muitas vezes de pessoas próximas. A violência é crime. A discriminação é crime. As crianças e os jovens também são uma riqueza de Timor-Leste e a violência afeta o futuro da saúde física e mental do país”, declarou, segundo a agência Lusa.
O governante considerou inaceitável que se discrimine ou desrespeite as pessoas com base na sua orientação sexual ou identidade de género. “Peço a todos que se aceitem, que se respeitem mutuamente. Os princípios do país democrático é de que todos devem viver em liberdade, com dignidade e respeito mútuo. Podemos, juntos, declarou uma nação inclusiva em que todos participem no processo de desenvolvimento”, disse.
Várias organizações de Timor-Leste, englobadas na rede jovem Hatutan, promovem ao longo desta semana várias actividades para combater a discriminação e a violência de que são alvos membros da comunidade LGBT.
Vê aqui mais fotos da Marcha de Díli.
Notícia actualizada a 15 de Julho com o vídeo do primeiro-ministro timorense Rui Maria de Araújo.
8 Comentários
Anónimo
As duas décadas e meia de domínio Islâmico Indonésio deixaram marcas profundas.
Anónimo
Ah sim, porque Portugal tratava a comunidade LGBT de forma exemplar durante o Estado Novo (not!). Mas parece que para xenófobos como você é sempre mais fácil culpar os muçulmanos. O Uganda e a Rússia também devem ser países muçulmanos, não? Ou Angola onde a homossexualidade é ilegal.
Anónimo
Voce sabe que indonesia esta a caminhar de passos largos para ser a nova Arabia Saudita certo? As escolas Wahhabi indocrinaram bem o povo. Se nao acredita, pesquise no google e vai ver que as coisas vao de mal a pior com o extremismo islamico e a xenefobia.
E obvio que timor leste vai sofrer e muito com estes a bateram-lhe a porta «.
Anónimo
Timor-Leste é independente. A Indonésia já não lhes pode fazer mal.
O fundamentalismo islâmico na Indonésia é predominante na província de Aceh. No resto do país as mulheres podem mostrar o cabelo.
A homofobia na Indonésia é grave, mas também o é em países “cristãos” como a Rússia.
“Pesquise no Google” é uma péssima sugestão uma vez que o Google diz às pessoas não a verdade mas sim o que estas querem ouvir. Muito à semelhança do Facebook.
Anónimo
O comentário “29.06.2017 14:562 só foi descarregado aqui para lançar a confusão e pelos vistos cumpriu o seu papel.
O que é indesmentível é que a homofobia que existe em Timor é o resultado da ocupação muçulmana da Indonésia. O resto é areia para os olhos do povo.
Os Indonésios consideravam e ainda consideram os Timorenses inferiores.
Anónimo
O comentário 05.07.2017 07:36 só foi descarregado aqui para lançar a confusão e pelos vistos cumpriu o seu papel.
Antes da ocupação indonésia, Timor pertencia a Portugal.
O que é indesmentível é que a homofobia que existe em África é o resultado do colonialismo britânico. O resto é areia para os olhos do povo.
Os europeus consideravam e ainda consideram os africanos inferiores.
Pedro
Somos todos tão entendidos na matéria… Pergunto-me que experiência terão os comentadores em relação à comunidade LGBT em TL?!
Meus senhores, a única influência é a católica apostólica romana! Ao contrário da Indonésia, em que abunda a “gay scene” turística, por comparação ao que acontece na Tailândia, em Timor-Leste é a Igreja Católica que determina os costumes do povo… A homossexualidade é uma prática comum, mas que decorre num submundo maioritariamente elitista.
Anónimo
Concordo com a maior parte do comentário mas comparar a Indonésia com a Tailândia em direitos LGBT é descabido. A Indonésia tem uma província, Aceh, em que a Sharia se aplica. Na Tailândia existem leis anti-discriminação. Na Indonésia não.