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Comentários homofóbicos e violentos continuam nas caixas de comentários dos jornais

A notícia publicada pelo Diário de Notícias sobre o facto de Diogo Infante e Rui Calapez terem sido nomeados Casal do Ano tem gerado vários comentários homofóbicos e que incitam à violência.

 

“Poderiam dizer ‘Anal do ano’, ou ‘Casal do ânus’ mas nunca ‘Casal do ano’, tenho dito” e “Casal do ano ? Desde quando,dois paneleirotes, são um casal? Um casal e um homem e uma mulher. O resto são aberrações da natureza e devem ser tratados como tal” estão entre os comentários que podem ser lidos. As ofensas não acabam aqui. Encontram-se ainda mensagens como “Picha para dentro da boca picha para dentro do nalguedo viva a picha gay viva as pichas de Portugal que cheiram todas a peixe podre” e “A panasqueirada até delira a ler artigos destes! Já sugeri uma secção gay no DN”.

Os comentários no site do DN são publicados sem edição prévia e descritos como sendo da “exclusiva responsabilidade dos seus autores”. É possível denunciar os comentários, de forma a que sejam eliminados pelos responsáveis do jornal, no entanto, as mensagens homofóbicas continuam online.

A questão dos comentários homofóbicos dos sites dos jornais tinha já sido levantada a propósito da morte de Carlos Castro. Na altura, a Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) decidiu condenar o JN, o DN, o Jornal i e o Público por “terem ultrapassado os limites que devem ser respeitados pelos órgãos de comunicação social em todos os conteúdos que transmitem”. O Conselho Regulador da ERC entendeu que alguns dos comentários nos quatro jornais visados “ultrapassam não só a urbanidade”, como também “os limites que enquadram o livre exercício de direito de expressão e opinião”.

Um Comentário

  • Filipa Costa

    É absurdo tamanha falta de carácter e compreensão nos portugueses. É ainda mais absurdo que pouco se faça, pelo Estado Português, algo para melhorar as condições de vida dos LGTB’s em Portugal. Não se consegue simplesmente abrir as mentes e colocar lá informação dentro, mas não será possível, aos poucos, mudar-se mentalidades? Com campanhas televisivas, informação em horário nobre? Pouco se faz quanto a isso, chega-se à conclusão que em Portugal será impossível de se assumir e de viver em conjunto com uma pessoa do mesmo sexo. Falaria de um ‘exílio’ e uma emigração cada vez maior de LBTB’s e a maioria deles, jovens, porque não dá para viver em Portugal juntamente com uma pessoa do mesmo sexo, pois a intolerância parece ser regra base para tudo o que é diferente.