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A relação de uma mãe com o filho actor de porno gay (com trailer)

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“Até que o porno nos separe” é o nome do documentário sobre  Fostter Riviera – o primeiro actor português de pornografia gay - e a relação da sua mãe com esta descoberta. Depois da estreia internacional no Festival Internacional de Cinema de Buenos Aires, em Abril, chega agora a Portugal.

Produzido pela "Até ao Fim do Mundo" e realizado por Jorge Pelicano, o documentário tem estreia nacional marcada para dia 30 de Novembro às 21h45 no Teatro Académico Gil Vicente, em Coimbra, no âmbito da XXIV Edição dos Caminhos do Cinema Português.

Eulália, uma mãe de 65 anos, católica e conservadora, descobriu através da internet que o seu filho, emigrante na Alemanha, se tornou no primeiro actor porno gay português premiado internacionalmente: Fostter Riviera. Com um computador e o Facebook como única forma de comunicação com  o filho, Eulália começa uma longa jornada emocional de tentativa de aproximação ao filho, que a levará a interpretar de forma diferente suas expectativas como mãe e os valores com que foi criada.

““Até que o porno nos separe” surgiu de uma vontade de explorar o tema da pornografia através de uma perspetiva que sempre me intrigou: o lado familiar dos actores e actrizes que integram este universo e, em concreto, perceber o impacto que as escolhas dos filhos podem ter na vida dos pais. Tive conhecimento da história da Eulália, uma mãe de 65 anos residente num bairro nos arredores do Porto, e que descobriu através da internet que o seu filho, emigrado na Alemanha, era um reconhecido ator porno gay. A exposição da vida do filho nas redes sociais, espelha muito daquilo que se passa actualmente na sociedade, o que também me fascinou” comenta Jorge Pelicano.

O carácter e perfil da Eulália são muito fortes, para além de uma série de elementos que tornavam a sua história improvável. Conservadora e religiosa, a reacção desta mãe ao descobrir a orientação sexual e a profissão do filho foi de revolta, caindo num desgosto profundo. É este o relato feito do documentário, sendo que a obra também analisa a caminhada de Eulália, depois dessa fase, quando deu início a uma jornada emocional para se aproximar e compreender o seu filho. Essa evolução ficou registada em mensagens que ambos, mãe e filho, trocaram através do Facebook desde de 2013. Uma história não linear, que percorre o passado e o presente duma relação inconstante, entre uma mãe e o filho. Essencialmente, uma história que aborda um tema transversal: até onde pode ir o amor incondicional de uma mãe pelo filho?

Hoje Eulália é uma presença constante nas marchas do orgulho LGBTI no Norte do país. Membro da associação de apoio AMPLOS – Associação de Mães e Pais pela Liberdade de Orientação Sexual e Identidade de Género, Eulália é uma figura que se destaca em qualquer evento pela sua garra e discurso. Podemos ver abaixo o discurso da mãe Eulália na primeira Marcha do Orgulho LGBT realizada em Vila Real de Trás-os-Montes:  

Já Fostter Riviera continua a sua carreira de actor porno no estrangeiro sendo presença regular em sites da especialidade. Recorda aqui a entrevista que o dezanove.pt lhe fez em exclusivo em 2014: “Os Portugueses gostam de fazer sexo de meias brancas” e “Toda a gente gosta de pilas grandes”.