A resposta da discoteca Trumps a uma jornalista do semanário Sol transformou-se num sucesso viral. A história, divulgada há apenas duas horas na página oficial do Facebook do Trumps, já foi partilhada mais de 200 vezes nesta rede social e foi replicada em vários blogues.
O Trumps recebeu a seguinte mensagem da jornalista Rita Osório: “Boa noite, Sou jornalista do Semanário Sol e estou a fazer um artigo sobre a morte da Donna Summer. Gostaria, se possível, que me explicassem porque é que ela é considerada um ícone gay e de saber em que medida a música dela influenciou a vossa discoteca. Aguardo resposta. Obrigada.” Resposta do Trumps: “Pergunte ao seu director que é a pessoa que melhor sabe analisar o fenómeno gay no mundo inteiro a começar na Fnac do Chiado.” Recorde-se que José António Saraiva escreveu uma crónica intitulada “Homossexuais Contestatários”, que tinha como ponto de partida um encontro num elevador da Fnac com “um rapaz dos seus 16 ou 17 anos”. “Pelo modo como coloca os pés no chão, cruza as mãos uma sobre a outra e inclina ligeiramente a cabeça, percebo que é gay”, relatava o director do semanário.
10 Comentários
Nuno Serras
a resposta foi bastante indelicada para uma jornalista que não tem responsabilidade sobre as opiniões do seu chefe e apenas está a fazer o seu trabalho. boicotar assim a imprensa não só é contra o direito fundamental de informar e ser informado como também não é medida que combata eficazmente a ignorância em geral. em vez de uma retaliaçãozinha pública que aumenta ainda mais o fosso entre uns e outros ficava melhor uma resposta esclarecedora e colaborante que superasse o acontecimento anterior.
Pedro
Boicotar um pasquim é fazer um favor ao jornalismo.
Sarina
Eu deixei de ler o Sol após ler o artigo. O que está em causa não é a jornalista, mas o facto do director do Sol ser quem é.
Eu mesmo
Quando confrontados com as opiniões de quem levanta a questão de que a jornalista estava a fazer o seu trabalho e que não tem que responder pela opinião do seu diretor, acrescentam que o Trumps foi inquirido institucionalmente, por outra instituição, o jornal Sol, sendo que «os autores materiais da pergunta e da resposta são completamente irrelevantes», afirmam.
«Entendemos que era uma provocação – depois do artigo de opinião, do Diretor da instituição SOL – ser-nos colocada esta questão e respondemos com grande prudência e decoro». «O alarido que tal publicação provocou, só se deve ao artigo de opinião publicado pelo SOL e não à resposta do TRUMPS, que não se vislumbra como pudesse merecer tanto comentário e reação só por si mesma», acrescentam.
rita
As pessoas tambem têm o direito a não responder. Os chefes são responsaveis pelos seus colaboradores. Alias , o Sol em conjunto com outros jornais da praça sao homofobicos. Ate os jornalistas , que nao são serios nem isentos nas suas reportagens ou noticias.
Nuno
Gostei da resposta, que mania de se meterem onde não sao chamados estes jornalistas!
Somos gays, mas um gay não e um doente, e 1 ser humano so que o amor q tem para dar e somente ou homensd ou muçheres
beijoa a todos!
Marcio Ribeiro
Ao Nuno Serra, não me parece de forma alguma que a resposta à jornalista, que sobretudo deveria ter tido bom senso, e mesmo a Wikipedia poderia ter-lhe dado a resposta desejada. Se se interpreta a resposta do Trumps como escárnio, também há de se considerar que se trata de uma forma de comunicar, com graça, humor e certa picada, quando ela é merecida, como é o caso.
Isto em nada diminui a nós, homossexuais. Ao contrário, fortalece-nos. E recordo que é este pessoal, que não tem medo de se manifestar, que nos dias de Arraial Pride ou em outras manifestações não tem medo de dar a cara em plena luz do dia, e não tem de esperar a noite cheia para mostrar seu rostinho. São eles que actuam, que fazem e acontecem para que pessoas que não conseguem se soltar de seus próprios e internos preconceitos, tenham um lugar ao sol.
João
Interrogo-me que jornalista será esta? Não fez o trabalho de casa? Não lê? Pergunta aos responsáveis de uma discoteca qual a importância de Donna Summer? Que raio de reportagem sairá deste tipo de perguntas? Enfim, jornalismo portugês.
Tomás
Ah, como é bom estar no meio de uma discussão substancial, carregada de opiniões e argumentos, e ver de repente uma mensagem de amor ali perdida, a relembrar que não somos doentes, para nos alegrar o dia!
Miguel
Hilariante