Assembleia da República, Rui Maria Pêgo, “E se fosse consigo?” e TAP entre os distinguidos pela ILGA Portugal
A edição 2017 dos Prémios Arco-Íris, organizados pela associação ILGA Portugal, distingue a Assembleia da República pelo fim da discriminação no acesso à PMA, o apresentador Rui Maria Pêgo, o programa televisivo e o videoclipe “E se fosse consigo?”, a TAP e a empresa de cosmética Lush, a jornalista Catarina Marques Rodrigues (ex-Observador) e o filme “Jogo de Damas” de Patrícia Sequeira. A cerimónia pública está agendada para dia 14 de Janeiro.
“Em Abril de 2016 o Parlamento decidiu finalmente alargar a PMA a todas as mulheres, promovendo também os seus direitos sexuais e reprodutivos. Depois da igualdade no acesso à adopção e co-adopção, cumpriu-se finalmente a igualdade no acesso à parentalidade”. A ILGA justifica assim a distinção à Assembleia da República.
O prémio a Rui Maria Pêgo é dado por este se juntar “à lista crescente de figuras públicas que contribuem para a visibilidade da causa LGBT em Portugal, tornando-se em mais uma importante referência junto das tantas pessoas que ainda não conseguiram sair do armário do medo, da invisibilidade e do silêncio” e porque o apresentador nos mostrou “que é tempo de resistir e de nos afirmarmos ainda com mais força”.
Já o programa da SIC e o videoclipe “E se fosse consigo” são referidos como um momento “em que a ficção dá voz aos silêncios da realidade” e “uma lógica de serviço público que se quer mais presente na televisão e na música portuguesa: a da representatividade, da visibilidade”.
‘A vida no Colégio Militar: “Parece um Big Brother” confere mais um galardão à jornalista Catarina Marques Rodrigues que veio denunciar a discriminação em função da orientação sexual vivida no Colégio Militar. A reportagem levou a demissões na instituição militar, a uma postura inédita do Ministro da Defesa e “abriu espaço para que ex-alunos e alunas pudessem falar abertamente sobre a violência que sentiram nesta e noutras instituições de ensino, cuja responsabilidade é também a de proibir a discriminação e garantir a inclusão de todas as pessoas instituição” refere a ILGA.
“Jogos de Damas”, “um filme de mulheres e sobre mulheres”, de Patrícia Sequeira, recebe o galardão por “lembrar que a orientação sexual continua a estar bem no centro dos conflitos familiares e a ser motivo para medos e silêncios dentro das relações de amizade” e pelo seu “activismo subjacente”.
A companhia aérea nacional foi premiada pela postura “exemplar” contra a homofobia online num caso noticiado aqui pelo dezanove.
E a empresa de cosmética Lush foi premiada por lançar a campanha “TRANSformando o Mundo” que apelava a “Limpar Preconceitos” em relação às pessoas trans e por fazer formação juntos dos seus colaboradores para que estes estivessem mais aptos a lidar com a igualdade das pessoas LGBT. Recorde-se que esta empresa doou a totalidade dos lucros do Charity Pot, um produto de cosmética, a favor da própria ILGA Portugal.
A TAP e a Lush são consideradas pela ILGA "boas excepções" de empresas com responsabilidade social e que se preocupam com a discriminação das pessoas LGBT em Portugal.
Os prémios serão entregues dia 14 de Janeiro a partir das 21h30 no Estúdio Time Out, em Lisboa. Actuam no evento Rita Redshoes, Carlos Costa, o coro CoLeGaS, Moullinex, MCDJ e Candy Fur. A entrada é livre até às 23h e “só a discriminação fica à porta” sublinha a organização.
Depois da polémica criada em torno de Ricardo Araújo Pereira, a ILGA Portugal fez saber esta sexta-feira que será a apresentadora de televisão, jornalista e feminista Rita Ferro Rodrigues que apresentará os Prémios Arco-Íris 2016.
Notícia actualizada a 6 de Janeiro com referência à apresentadora do evento.
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