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Aviso do cardeal-patriarca: Seminários não são para homossexuais

O cardeal-patriarca de Lisboa, Manuel Clemente, defende que é desaconselhável aceitar nos seminários, e por isso também no sacerdócio, homens que sejam homossexuais.

“Tem havido sucessivos documentos da parte da congregação para a clero no sentido de desaconselhar, para não dizer proibir, que um jovem que manifeste uma orientação homossexual ingresse no seminário porque isso será melindroso. É completamente desaconselhável”, disse, citado pela Lusa, durante a conferência de imprensa de apresentação das conclusões da 193.ª Assembleia Plenária da Conferência Episcopal Portuguesa, que decorreu em Fátima. “Mas se a pessoa tiver uma orientação forte nesse sentido é melhor não criar a ocasião”, destacou. Na mesma intervenção o cardeal-patriarca destacou que o celibato do padres é para ser cumprido, quer sejam heterossexuais, quer sejam homossexuais.

A Conferência Episcopal, que teve lugar em Fátima, discutiu um documento orientador para o ingresso dos jovens nos seminários. 

 

O que diz o Vaticano

O Decreto Geral Executivo aprovado pelo Papa Francisco em Dezembro de 2016 é claro nesta matéria. Aí pode ler-se, a propósito da orientação sexual dos seminaristas, que “no caso de se tratar de tendências homossexuais que sejam apenas expressão de um problema transitório como, por exemplo, o de uma adolescência ainda não completada, elas devem estar claramente superadas, pelo menos três anos antes da ordenação diaconal”. O documento refere que o seminarista é chamado a manifestar aos formadores – ao bispo, ao reitor, ao director espiritual e aos outros educadores – “eventuais dúvidas ou dificuldades neste âmbito”. “Se um candidato pratica a homossexualidade ou apresenta tendências homossexuais profundamente radicadas, o seu director espiritual, bem como o seu confessor, têm o dever, em consciência, de o dissuadir de prosseguir para a ordenação”.

O mesmo Decreto Geral destaca que “seria gravemente desonesto que um candidato ocultasse a própria homossexualidade para aceder, não obstante tudo, à ordenação. Um procedimento tão inautêntico não corresponde ao espírito de verdade, de lealdade e de disponibilidade que deve caracterizar a personalidade daquele que se sente chamado a servir Cristo e a sua Igreja no ministério sacerdotal”.

5 Comentários

  • João Delgado

    A questão que eu coloco é: Como é que isto pode ser legal no nosso pais.
    No temos temos uma constituição que proíbe claramente qualquer instituição, seja ela qual for, qualquer tipo de descriminação com base na orientação sexual, portanto a Igreja católica só tem que cumprir com a lei e com a constituição, tal como qualquer outra instituição. A Igreja católica não pode ser uma excepção, não pode estar a cima da lei, por ser uma instituição religiosa, até que a liberdade religiosa não pode servir para se poder descriminar ou para estar a contornar a lei e a constituição portuguesa.

  • Anónimo

    Cristo nunca se referiu alguma vez contra a homossexualidade. Ele próprio deveria ser homossexual, pois nunca se casou e só vivia rodeado de homens.

  • Anónimo

    Não sei se Jesus era homossexual, mas não me esqueço que há um ano e meio muita gente ficou ofendida quando membros de um partido político constataram que Jesus tinha dois pais.

  • Amigo

    Celibato é Utopia: Raros Homens e Mulheres (Padres ou Freiras) que sejam efetivamente castos, apenas aqueles predestinados (que há)! Conheci um deles que chegou a pedir afastamento definitivo ao Clero e obteve o temporário. Fui visitá-lo e uma conversa franca tivemos: disse a ele que mais que a minha voz (de locutor) que ele queria elogiar, mas homem percebe quando o cara é muito carinhoso tem feminilidade implicita. Me alisou o rosto e ao beijar a palma da mão dele, disse quanto carinho! Nos abraçamos afetuosos!