O colectivo Braga Fora do Armário não apoia a candidatura à realização em Portugal do EuroPride em 2022.
“Não temos nada contra eventos que dêem visibilidade. Há espaço e as pessoas identificam-se, mas o problema é a forma como tem sido feito e o que conhecemos lá de fora. Para onde o EuroPride entrou, uma das coisas que aconteceu foi deixar de existir movimento LGBT independente da forma que existia”, declarou à Rádio Universitária do Minho, Pedro Godinho, membro do colectivo bracarense. Para o mesmo responsável, “querem pôr este evento no mapa como um evento turístico, mas as marchas não podem ser eventos turísticos com tanto que ainda há para fazer. Têm de ser momentos de reivindicação e de luta, por isso o Braga Fora do Armário não vai apoiar”.
A candidatura tem sido liderada pela Variações – Associação de Comércio e Turismo LGBTI de Portugal, contando com o apoio da associação ILGA Portugal. Em Setembro será conhecido o vencedor da candidatura ao EuroPride, numa corrida onde também estão Barcelona, Belgrado, Dublin e Maspalomas.
Recorde-se que a Marcha pelos Direitos LGBTI de Braga decorre este Sábado, 8 de Junho.
Um Comentário
Anónimo
Faz lembrar quando os políticos não queriam votar o casamento entre pessoas do mesmo sexo, com o argumento de que havia outras coisas a fazer no país.
É giro usar o argumento que tanto nos custou.
Estes jovens pensaram aproveitar a celebração “turística” para alertar para o que entendem estar mal? O que é isso de o movimento LGBTI deixar de ser independente?
De facto, antes de querermos mudar a sociedade, temos que olhar para dentro e para o que nos divide…