A notícia da morte de Carlos Castro tem sido o motivo para várias palavras de apreço pelo trabalho do cronista social nos jornais online e nas redes sociais, mas também para várias manifestações de homofobia.
“Os artistas estão de luto…que a tua estrela ilumine nossos caminhos…Obrigada Carlos Castro pela tua coerência e grandeza para comigo”, escreveu Ana Malhoa no Facebook. O estilista Nuno Gama mostrou-se também “chocado…..abreijos meu querido e até á eternidade…”, podia ler-se na mesma rede social.
As caixas de comentários dos jornais online têm sido ao longo do dia palco de comentários homofóbicos que, passando algum tempo, são apagados pelos editores, após denúncia dos utilizadores. No Público online, por exemplo, um leitor denominado Espectro chamava Carlos Castro de “pedófilo” e explicava o porquê: “Não choro uma lágrima pela morte desse sujeito. Choro sim pela vida destruída do jovem (tinha 21 anos e provavelmente já andaria com o Castro desde a adolescência), que atraído pela vida faustosa e pelas luzes do viciado e medíocre jeteset português se dispôs a ter relações sexuais com essa múmia disforme e viciada. Provavelmente a morte do Castro vai salvar a vida de outros jovens, como o Renato, de caírem nas mãos desse monstro moral”.
No Twitter, o autor de textos de humor João Quadros gracejou com a situação: “Já encontraram um dos testículos de Carlos Castro só falta o outro, o abafador”. Mais surpreendente é o grupo de fãs de Renato Seabra, suspeito de assassinar o jornalista, criado hoje no Facebook, onde conta com quase 300 fãs. Aí pode ler-se comentários como: “Ao que parece eles tinham acabado, o Renato deu-lhe o corte!”. Outro utilizador vai mais longe nos comentários homofóbicos: “Todos os casais rabetas deviam seguir o exemplo”, pode ler-se.
8 Comentários
Anónimo
Não vale a pena comentar a tragédia: está consumada. São duas vidas que se perdem.
Sempre conheci o Carlos Castro como sendo uma pessoa simpática. E é essa a memória que vou guardar dele.
Anónimo
estou de acordo contigo só é triste que a outra vida que se perde continua viva
Eu
Conheci o Carlos Castro uma vez, no Moda Lisboa, mas já que falam que o rapaz era novo, e bla bla bla, eu também o sou, e este GRANDE SENHOR, nunca me faltou ao respeito nem insinuou algo. Era sempre cordial nas suas conversas e no facebook.
Acho que quem escreve o que escreve… deveria passar pelo mesmo! Não desejo mal a ninguem, mas Deus é grande.
Beijos Carlos. Hoje e sempre.
Utka
PORTUGAL NO SEU MELHOR 😉
Anónimo
O Ignorância e os Preconceitos deste povo são infinitos. É triste que numa situação destas haja pessoas a falarem da sexualidade do Senhor. Quanto ao Renato, quem somos nós pra falar daquilo que não conhecemos?! Deixem o rapaz dizer de sua justiça.
Anónimo
Não está em causa a orientação sexual, mas fim o direito à vida e foi esse direito que foi retirado a um ser humano.
Daniel
gostaria de ver a comunidade LGBT organizar uma marcha silenciosa de solideriedade para com a familia e amigos da vitima e como manifestacao e repudio pelos comentarios homofóbicos espalhados em comentários de jornais online, paginas de facebook, blogs etc!
carlos costa
sim gostava e ia