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CES recebe 1,4 milhões para estudar discriminação LGBTQ

O Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra vai receber 1,4 milhões de euros de fundos europeus para estudar discriminação enfrentada por pessoas lésbicas, gay, bissexuais, transgénero e queer (LGBTQ).

De acordo com a agência Lusa, o estudo envolve ainda o Departamento de Sociologia da Universidade de Surrey (Inglaterra), a Universidade de Strathclyde (Escócia) e a Alice Salomon University de Berlim (Alemanha).
“Iremos investigar processos de discriminação múltipla que pessoas lésbicas, gay, bissexuais, transgénero e queer (LGBTQ) enfrentam em Portugal, Inglaterra, Escócia e Alemanha”, explicou à Lusa a investigadora e activista Ana Cristina Santos, que irá liderar a equipa portuguesa do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra.
O estudo abordará três momentos de transição da vida: da escola para o primeiro emprego, a progressão de carreira na meia-idade, e a entrada na reforma. O estudo, o primeiro na Europa com esta dimensão, irá ainda analisar o modo como a sexualidade, a identidade e expressão de género, a classe social, o estatuto de cidadania e a origem étnica afectam as desigualdades de pessoas LGBTQ ao longo da vida.

 

Foto: Facebook de Ana Cristina Santos

 

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Um Comentário

  • Nuno Fernandez

    Excelentes investigações. Ao ler esta noticia vem-me à memória as palavras de um amigo (que já esteve num colectivo lgbt ) e me disse dessa forma: “Nunca te tornes voluntário duma associação LGBT, porque muitas dessas associações discriminam” Essas palavras continuam sempre na minha memória. Na altura em que esse amigo meu me falou isso, tinha-me tornado sócio de um colectivo lgbt de Coimbra (NTP) meses antes (só durou um ano) Com o tempo fui-me apercebendo que as palavras desse amigo realmente tinham realmente grande sentido, o que contribuiu de alguma forma para o meu afastamento tanto da associação como das marchas contra a homofobia (não devo ser o único)
    Esse colectivo de Coimbra é constituído (quase) maioritariamente por investigadores do CES da equipa da Ana Cristina Santos (Centro de Estudos Sociais) e durante um ano que estive lá tive a sensação de ser posto de lado (o patinho feio) por não fazer parte do CES. (fazem muita diferenciação entre os que e não pertencem à equipa de investigação e se não tens uma carteira avantajada como a deles, és uma carta fora do baralho).
    Não tenho saudades nenhumas de ter pertencido a esse coletivo LGBT (que é mais académico do que outra coisa) que incentivam também à segregação pelos motivos anteriormente já referidos.

    A responsável da equipa poderia também começar por investigar a discriminação que ela própria pratica. O que lhe adianta andar toda eufórica com cartazes na marcha contra a homofobia de Coimbra e outras cidades, quando é a pior.

    É tudo muito bonito quem está de fora e não percebe o interior da coisa