Omar Mateen. Este homem de 29 anos (nas fotos) é o autor do massacre na discoteca Pulse, em Orlando, que vitimou 50 pessoas. É o maior ataque nos Estados Unidos desde o 11 de Setembro. Omar Mateen era natural de Fort Pierce, também na Florida e que fica a 200 quilómetros a sul de Orlando.
“Sabemos que ele tinha sido alvo de investigação no passado. Ele não estava no centro das investigações, mas era suspeito de ter ligações com radicais islâmicos e simpatias pela ideologia radical islâmica”, disse uma fonte à CNN. Os pais têm origem afegã e já vieram a público dizer que a religião não estará na base do crime. A família assegura que Mateen não era religioso, mas confirmam era homofóbico e violento. A ex-mulher, por exemplo, tinha sido vítima de violencia doméstica.
O pai de Mateen, Mir Seddique, disse à imprensa que, recentemente, o autor do massacre tinha ficado furioso, depois de ter visto dois homossexuais a beijarem-se numa rua de Miami. Omar Mateen morreu durante o ataque à discoteca.
A história do Pulse. O bar Pulse abriu portas em 2004, pelas mãos de Barbara Poma e Ron Legler. O bar pretendia ser uma homenagem ao irmão de Poma, John, que morreu de sida. O nome do espaço, aliás, remetia para o batimento do coração de John. Os sócios pretendiam que o Pulse fosse um veículo para apoiar a comunidade LGBT. Entidades como Equal at UCF, Make A Wish, Zebra Coalition, Equality Florida, Out4Immigration, Miracle of Love, Hope and Help, Come Out With Pride e Gay Games Orlando 2018 tiveram o apoio financeiro do Pulse. Orlando pretende receber os Gay Games de 2018.
As palavras de Obama. O presidente dos Estados Unidos numa comunicação ao país pediu aos americanos que não se esquecessem de que “um ataque a qualquer americano, independentemente de raça, etnia, religião ou orientação sexual, é um ataque contra todos nós. Embora ainda seja cedo, sabemos o suficiente para dizer que este foi um acto de terror e um acto de ódio”. Obama também criticou ainda o actual sistema de acesso a armas no país. “O massacre lembra-nos como é fácil para uma pessoa conseguir uma arma que lhe permita atirar contra outros numa escola, num teatro, numa igreja ou numa discoteca”, apontou.
Estado Islâmico reivindicou o ataque. Num comunicado divulgado pela agência que divulga as actividade do Estado Islâmico, é avançado que Omar Mateen seria “um combatente” do Daesh. “O ataque armado que visou um clube para homossexuais na cidade de Orlando, no estado norte-americano da Florida, deixando mais de 100 mortos e feridos, foi perpetrado por um combatente do Estado Islâmico”, afirmou a agência.
Pedidos para doar sangue. No pico da assistência aos feridos, o hospital de Orlando pediu aos habitantes da cidade para doarem sangue. Segundo a organização OneBlood os tipos de sangue mais procurados seriam o O-, O+ e Plasma AB. No entanto, os homossexuais, à semelhança do que acontece em vários países, estavam impedidos de doar sangue.
10 Comentários
Carlos
Ouviu-se dizer hoje que um veiculo com um individuo com armas se dirigia para uma parada gay! Receio uma perseguição…Espero estar a ser tonto!
Senhor Anónimo
Não me preocupa o hospital pedir doação de sangue e plasma, quando os receptores, teoricamente, não os podem doar. É um não assunto e é mesquinho, até porque, se tivermos em conta o caso Português, dos 11 milhões, só 135 mil doam sangue e mesmo assim, as reservas são, em média, de 10 dias.
O que me preocupa é não haver um movimento mundial igual ao do Charlie Hebdo pelos 12 mortos ou ao de Bruxelas com 32, quando Orlando já passa dos 50.
Meia dúzia de horas depois, o Facebook já estava invadido por “Je suis Charlie” e hoje vejo nada.
Pelos vistos, há um ranking mundial do valor da vida e os homossexuais estão no mesmo nível de indiferença que África ou o Médio Oriente.
Francisco
«Queres amar a vida e não te deixam. Tens de respirar o ódio, o insulto, o bafo azedo do vexame e isso faz-te mal. Emanações de um pântano de febres, de esgotos a céu aberto com o seu fedor de vómito. Um dos tormentos do inferno medievo era esse, o fedor – a essência da podridão. E o que te fazem respirar de uma flor, do aroma de existires? Porque é que o ódio é assim fundamental para os teus parceiros em humanidade existirem? Têm uma estrutura diferente de serem, Deus fabricou-os num momento de mau génio.» Vergílio Ferreira
Anónimo
Pode ser isso mas também indiferença a acontecimentos que acontecem com alguma regularidade.
Um tiroteio nos EUA já não surpreende, a regularidade torna os acontecimentos “normais”…
Claro que haverá algumas cabeças que pensam “só 50 paneleiros, deviam ter sido todos!”.
manuel
Na euronews dizia que um amigo homossexual do atirador admitiu que ele tenha chegado a assistir shows de drag queens. Ora esta declaração foi muito mal feita pois foi despejada assim sem contexto direto pois o que se pode concluir com esta afirmação é que o atirador não fosse homofóbico.
Eu de longe acredito na euronews mas simplesmente estou a juntar notícias de canais tão credenciados e acreditados como os da fonte desta notícia do dezanove.
Eu sinceramente acho que não estão a dar tanta solidariedade pois nos EUA acontecem tantos atentados que os ignoram, se fosse em Portugal ou em França já seria diferente por algum motivo o comentador acima enunciou o caso charlie, simplesmente este foi maior e houve mais solidariedade mas não ao ponto dos outros. É um bocado com o que acontece com a Síria ou Iraque, estão cheios de atentados de grandes dimensões com imensos mortos mas ninguém se lembra de colocar a bandeira do iraque como fundo da sua imagem de facebook. (apesar de reconhecer que estes países não são tão bem vistos pelos utilizadores do facebook, eu sublinho muito esta rede social pois ela atualmente é muito influente estando em «todas» pois de facto se por exemplo acontecer uma grande coisa em Marrocos também ninguém irá agir muito solidariamente e poderiam exemplificar com o facto da distância ser uma razão mas os EUA ficam mais longe da Europa e quando houve o atentado de 2001 toda a Europa ficou muito chocada)
Conclusão: a solidariedade depende se «gostamos» ou não desse país e da normalidade do tipo de ocorrência.
Sr. Algarvio
Fortes indícios de homossexualidade recalcada:
http://www.theguardian.com/us-news/2016/j un/14/orlando-shooter-omar-mateen-was-a-r egular-at-nightclub
Sr. Algarvio
Era gay armariado e egodistónico!
http://www.dailymail.co.uk/news/article-3 639961/Orlando-terrorist-went-gay-club-P ulse-dozen-times-got-drunk-belligerent-t alked-wife-kid-massacring-49-people-ther e.html
Anónimo
As notícias sobre se os pais da besta eram homofóbicos ou não e sobre se o gajo era um gay enrustido (porque lá está, homofobia é coisa de gays enrustidos e heteros homofóbicos não existem #SóQueNão) ou não começam a contradizer-se. Já para não falar no straightsplaining praticado por grande parte da comunicação social, como foi o caso da Sky News que não deixou um jornalista homossexual por eles convidado falar.
Anónimo
Ah sim, porque os assassinos premeditados nunca visitam o local onde planeiam cometer o crime para o analisar nem nada do género…
Anónimo
Daily Mail, essa fonte de notícias de confiança!