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Fica a par desta selecção da Anabela Risso:

 

“O Poço da Solidão” de Radclyffe Hall

"The Well of Loneliness" foi publicado originalmente em 1928. É conhecido por ser uma das primeiras obras a abordar abertamente o amor entre duas mulheres. Causou controvérsia na sociedade da época, tendo sido inclusive proibido em diversos países. No entanto, o efeito foi exactamente o contrário ao pretendido e "The Well of Loneliness" acabou por ter um sucesso enorme e tornar-se um livro de marca na luta pela liberdade.

A história gira em volta de Stephen e da sua vida amorosa, especialmente da sua relação com Mary Llewellyn. É uma obra sobre identidade, solidão, sofrimento e estigma, mas também de grande coragem.

 

“Teresa e Isabel” de Violette Leduc

O livro "Teresa e Isabel"  era para ser, inicialmente, a primeira parte de um romance chamado Ravages, mas o dito romance foi considerado impublicável e censurado. Nesta história, publicada pela primeira vez em 1948 após diversas rejeições, as personagens vivem num colégio interno feminino e o amor que as une é avassalador e fugaz. 

Actualmente "Teresa e Isabel" pode parecer-nos uma obra crua e curta, mas há que ter em conta as circunstâncias da sua escrita. Em primeiro lugar, ele deveria ser apenas uma parte de um todo. E em segundo, a obra fez na sociedade de então exactamente aquilo a que se propôs: chamar a atenção, abrir mentes, desmistificar. 

 

“Carmilla” de Sheridan Le Fanu

Quando se fala em histórias de vampiros a nossa memória corre automaticamente para o Drácula de Bram Stoker, mas a verdade é que ele não foi o primeiro. "Carmilla", no qual reza a lenda que o próprio Bram Stoker se inspirou, foi publicado em 1872. O primeiro vampiro da história da literatura é, portanto, uma mulher. Resta-nos acrescentar que Sheridan Le Fanu estava longe de ser um apoiante da causa LGBTQIA+. Ele incorpora em "Carmilla" tudo o que é mau e demoníaco. Pretendia dessa forma mostrar a sua própria opinião sobre o lesbianismo. Ironicamente, o livro acabou por se tornar não só num marco da literatura mas também num marco da literatura LGBTQIA+. Sabe mais aqui.

 

“O Bom Crioulo” de Adolfo Caminha

Publicado originalmente em 1985, O Bom Crioulo foi, também ele, um livro recebido com escândalo e choque. Nele conhecemos Amaro (o bom crioulo) e Aleixo, assim como a história de amor em que se envolvem. Um triângulo amoroso que envolve ainda uma ex-prostituta portuguesa e que teve uma recente edição pela Guerra e Paz.

 

“Os Profetas” de Robert Jones, Jr.

Bastante mais recente temos o livro "Os Profetas" de Robert Jones Jr. Nesta obra, traduzida em mais de 22 países, mas que ainda assim não foi devidamente falada por cá, conhecemos Samuel e Isaías, dois escravos numa plantação no sul profundo dos EUA e o amor que nasce entre eles.  Um livro duro e comovente, delicado e impressionante.

 

Anabela Risso

 

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