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Clube Safo também não participará no EuroPride Lisboa 2025 e explica o porquê

Num comunicado emitido esta semana a mais antiga associação de mulheres lésbicas de Portugal explica as razões para não participar no EuroPride 2025.

No dia 2 de Maio, o Clube Safo (CS) foi convidado a participar no EuroPride Lisboa 2025, com pouco mais de um mês para o evento. Em resposta, a associação decidiu tornar público seu posicionamento crítico e recusar o convite.

O Clube Safo afirma que sempre foi contra a realização do EuroPride em Lisboa, alegando que o evento prioriza interesses comerciais e turísticos em vez de apoiar os movimentos LGBTQIAP+ locais, especialmente o movimento lésbico. O CS critica a falta de diálogo com organizações portuguesas, a exclusão de associações históricas da Marcha do Orgulho e a apropriação de espaços e recursos fundamentais para a sustentabilidade do activismo local, como o Arraial Pride.

Além disso, no mesmo texto, a associação denuncia práticas de pinkwashing relacionadas com o evento europeu que decorre esta semana em Lisboa e expressa solidariedade a causas como o anti-racismo, o feminismo interseccional e o apoio à Palestina.

O comunicado difundido nas redes sociais encerra reafirmando o compromisso do Clube Safo com os Direitos Humanos e assinala que, à semelhança de mais de 60 organizações em Portugal, subscreveu o manifesto “No Pride in Genocide”.

Com este posicionamento para além da Variações, organizadora do evento, nenhuma outra associação de defesa dos direitos das pessoas LGBTQIA+ em Portugal participará no Europride.

Os afastamentos da ILGA Portugal, da rede ex aequo, da AMPLOS e da Opus Diversidades foram sendo tornados públicos ao longo dos últimos meses.

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